Trabalho de formação da america latina
Por: Silene De Alvarenga Souza • 30/8/2016 • Seminário • 1.844 Palavras (8 Páginas) • 334 Visualizações
Formação Histórica da América Latina
Professor: Elias David Morales Martinez
Resumo: Filme - Frida (2002)
Grupo:
Matheus Andrade
Silene Alvarenga
Thiago Zanesco
Contexto Histórico:
O filme se passa essencialmente no México, com algumas passagens pelos Estados Unidos na primeira metade do século XX, uma época tumultuada politicamente, com países da América Latina em conflitos quanto aos seus governos, sendo apoiado e influenciado pelos EUA, e seu sistema capitalista e de investimentos de cpital, ou resistindo a essa relação.
Enquanto isso na Rússia ocorre uma disputa pelo poder no país após a morte de Lênin, entre Trotsky e Stalin, com o lado stalinista possuindo saindo vitorioso e perseguindo qualquer um que se opusesse ao seu governo.
O México vinha do Porfiriato, um longo período de governo e domínio de Pofírio Diaz, o qual pretendia abrir relações com os norte-americanos. O governo Diaz terminou após sua renúncia e exílio, assumindo seu lugar, Francisco Madero.
Como exemplo da influência norte-americana na política dos países latinos, está a presença de embaixadores americanos no México, na morte, 2 anos depois de chegar à presidência, de Madero, e a tomada de posto por Vitoriano Huerta.
Constantes revoluções e conflitos pela presidência ocorreram em território mexicano nos anos que se sucederam até que EUA e México se aproximaram novamente e a paz aos poucos foi se instaurando no país no governo de Elías Calles.
Resenha do Filme
O filme conta a história de uma das mais importantes figuras históricas do México, a artista Magdalena Carmen Frida Kahlo y Calderón. No início do longa, ele nos mostra o que nos é uma peça chave para entender uma grande parcela da obra da artista: o acidente que, lesionando o útero de Frida, a impede de ter filhos.
No decorrer do filme, nota-se que a história gira, principalmente, em torno do relacionamento de Frida com Diego Rivera, importante artista da época, representante do movimento artístico muralista e filiado ao PCM (Partido Comunista Mexicano).
O filme não dá muito enfoque ao posicionamento político de Frida, limitando suas participações em reuniões do PCM somente como acompanhante de seu marido. Porém, sabe-se que a artista fora militante do PCM sua vida toda.
Nos anos de 1930 a 1933, Frida passa a maior parte do tempo em Nova Iorque e Detroit, acompanhando Diego Rivera em suas exposições. Porém, tal passagem não é muito explorada pelo filme, já que o mesmo retrata tal período focando-se nas relações extraconjugais de Frida e Diego. Tal passagem pelo país, proporcionou a artista inspiração para uma de suas principais obras, “Autorretrato na fronteira entre México e Estados Unidos”, a qual demonstra de maneira categórica, diferenças culturais entre o México e os industrializados EUA.
Diego e Frida tinham um relacionamento aberto. O filme nos mostra que, a única exigência que Frida fazia a Rivera, é que ele desse a ela sua lealdade, e não necessariamente sua fidelidade. Já Diego, aceitava os relacionamentos extraconjugais da esposa somente com mulheres. O casal termina o casamento, quando Frida descobre que o marido lhe falta com a exigida lealdade, ao manter um relacionamento com sua irmã mais nova, Cristina.
No ano de 1937, o México recebe um dos grandes participantes da Revolução Russa – León Trotsky. O mesmo se hospeda na residência de Frida, com quem mantém um breve caso. Tal retratação nos mostra claramente o grande envolvimento que a artista tinha para com o partido. Após entrar em conflito com Diego, tanto por questões políticas, quanto por seu envolvimento com Frida (Diego, mesmo separado de Frida, ainda tinha ciúmes de sua ex esposa), Trotsky muda-se para o bairro do Coyoacán, na Cidade do México. Após sobreviver a um ataque no dia 24 de maio de 1940, no qual sua casa fora fuzilada, nitidamente a mando de Stalin, overdose tenha sido um suicídio, dizia: “Espero que minha partida seja feliz, e espero nunca mais regressar – Frida”.
Ideia Principal:
O filme retrata a vida da pintora mexicana Frida Kahlo, passando por seu lado artístico até sua relação, com o também pintor, Diego Rivera, com quem teve a oportunidade de expandir suas pinturas e trabalho e se envolver com o Partido Comunista Mexicano.
Ideias Secundárias:
Por trás da biografia de Frida, o longa nos mostra a influência do contexto histórico da época, não apenas em sua vida, mas na sociedade de uma maneira geral.
O exemplo disso, vemos como questões de divergência política afeta outras relações, como na cena onde Rivera discute com Nelson Rockfeller sobre a pintura feita no mural do Rockfeller Center, onde na obra de “O Homem na Encruzilhada” aparecida o retrato de Lenin, importante figura comunista (ideologia política contrária ao capitalismo e aos EUA). Mesmo com ameaças de ter seu trabalho interrompido, Diego se recusa a alterar a obra alegando ser contra seus ideais. No fim, o mural foi destruído pela família Rockfeller.
O filme mostra também a situação política na URSS, com a perseguição de Stalin aos opositores de seu governo, como Leon Trotsky, que acaba buscando exílio político na casa de Frida, ate seu assassinato em 1940.
Contextualização:
Texto 1: LATIN AMERICA: WHAT DOES IT MEAN?
Nesse texto, logo de inicio existe uma preocupação com a identidade latina, perante os EUA, como algo pejorativo, assim como por exemplo a forma que os negros são chamados nos EUA, nigger, no entanto durante o filme é muito claro nas obras de Frida, características que transbordam essa identidade através das cores, paisagens e as pessoas retratadas, em várias cenas onde aparece os quadros, esqueletos que fazem parte do folclore mexicano são retratados, já em seu casamento as roupas que Frida vestiu, é um exemplo, ao invés de usar um vestido branco cheio de rendas, como usado na Europa, ela prefere uma roupa típica, mostrando claramente à identidade mexicana, roupas que ela prefere
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