A União Europeia Estado-Nação
Por: ffkeklmd • 28/6/2021 • Ensaio • 292 Palavras (2 Páginas) • 162 Visualizações
Para os realistas, o Estado-Nação é a figura central do Sistema Internacional e, devido à sua condição anárquica, rejeita outros autores, tal como é o caso das Organizações Internacionais. “Os atores fundamentais do sistema são os detentores do poder, ou seja, os Estados. Devido à ausência de um governo internacional, os estados vivem numa luta constante pelo poder. Esta busca pelo poder começa, em primeira instância, pela própria sobrevivência dos estados.”[1]. Deste modo, podemos dizer que os realistas são negativistas quanto ao sucesso das relações de cooperação entre as unidades do sistema.
Voltando a Morgenthau, “Logo nos primeiros parágrafos de A Política entre as Nações, Hans Morgenthau coloca como divisor de águas entre as correntes do pensamento político moderno, e em consequência das relações internacionais, os diferentes conceitos de natureza humana: a conceção liberal, provinda de Locke e Kant; e a realista, provinda de Hobbes, (...).”[2].
Para compreender melhor a importância de Morgenthau, é essencial compreender em que consiste a teoria realista que, tal como o liberalismo, veio dar origem a teorias contemporâneas. Deste modo, o realismo foi desenvolvido consoante as obras de Maquiavel e Hobbes, apesar de só na década de 40 passar a ter o “estatuto” de teoria. Segundo o realismo, existem três características principais das relações internacionais: a condição anárquica da política internacional, o poder como fator determinante na estrutura do sistema internacional e, os estados, como principais detentores do poder e atores fundamentais do sistema internacional. Para além disso, introduziu importantes preposições teóricas na disciplina, bem como: a teoria da balança de poder que teve o seu corolário com Waltz, a teoria da balança da ameaça e a teoria do dilema de segurança, assim como a consequente offense-defense theory.
[1] (Mendes, 2019, p. 96)
[2] (Serrano Ferreira, 2010, p. 27)
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