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FICHAMENTO ACADÊMICO O PRÍNCIPE, NICOLAU MAQUIAVEL: DEDICATÓRIA E CAPÍTULO 17

Por:   •  31/1/2021  •  Pesquisas Acadêmicas  •  522 Palavras (3 Páginas)  •  339 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS

PAULA CAROLINE CALDEIRA VIDAL

FICHAMENTO ACADÊMICO

O PRÍNCIPE, NICOLAU MAQUIAVEL: DEDICATÓRIA E CAPÍTULO 17

BELO HORIZONTE

2020

MAQUIAVEL, Nicolau. Carta de Nicolau Maquiavel ao Magnífico Lourenço de Médici. In: O Príncipe. São Paulo: Companhia das Letras, 2010, p. 45 – 46

DEDICATÓRIA - CARTA DE NICOLAU MAQUIAVEL AO MAGNÍFICO LOURENÇO DE MÉDICI

Nicolau Maquiavel inicia sua obra com uma dedicatória ao governante regente de Florença, Lourenço de Médici, com a finalidade de oferecer ao novo Príncipe suas experiências adquiridas em todos os anos de trabalho voltados à política.

Em um texto objetivo, o autor direciona sua obra para o novo governante, e pretende oferecer de presente a sua maior e mais estimada preciosidade: o conhecimento. Dessa forma, Nicolau Maquiavel propõe transcrever suas experiências, e não estabelecer regras, de forma simplificada e sem muitas ornarias textuais, colocando-se em posição de governado que conhece as particularidades de um governo. Mas, além de querer conquistar o novo governante, Maquiavel também pretendia sair da situação infortuna a qual estava submetido e recuperar seu cargo na política florentina.

MAQUIAVEL, Nicolau. Da crueldade e da piedade; e se é melhor ser amado que temido. In: O Príncipe. São Paulo: Companhia das Letras, 2010, p 101-103

CAPÍTULO 17 – DA CRUELDADE E DA PIEDADE; E SE É MELHOR SER AMADO QUE TEMIDO.

Por meio do capítulo XVII de “O Príncipe”, Nicolau Maquiavel traz reflexões sobre dualidades que um governante, em algum momento, será submetido: crueldade ou piedade; amor ou temor. Para Maquiavel, a piedade quando aplicada de forma correta é preferível à crueldade, da mesma forma que, entre ser temido ou amado, é melhor ser temido.

O autor argumenta que a piedade é uma qualidade essencial, porém perigosa se for aplicada da maneira errada. Para defender sua tese, Maquiavel cita César Bórgia, um antigo Príncipe: Bórgia era visto como cruel, no entanto, sua crueldade fez com que seus governados fossem unidos e leias, produzindo tempos de paz na região da Romenha. Não obstante, um Príncipe com piedade excessiva trará desordem à cidade, cuja desordem resultará em crimes como assassinatos e roubos. Portanto, o autor dirá que um Príncipe precisa ser cauteloso e prudente, evitando confiança e desconfiança em demasia.

Ademais, entre ser temido ou amado, Maquiavel dirá que é mais seguro ser temido quando não for possível ser ambos, uma vez que os homens são geralmente “ingratos, volúveis, simuladores, tementes do perigo, ambiciosos de ganho [...]”¹ assim, se um governante confiar inteiramente nesses homens, seu governo estará condenado ao fracasso, visto que a amizade pode ser traída facilmente, no entanto, o medo do castigo faz com que o temor seja duradouro.

Para concluir, Maquiavel tomará como exemplo as ações de Aníbal, um general e estadista cartaniguês, que conseguiu manter um exército forte e unido porque sua fama de cruel atreladas às suas outras qualidades o tornou venerado. Em oposição deste, o autor cita Cipião, também general e estadista, que teve seu exército voltado contra si por piedade em demasia. Deste modo, para Maquiavel, um Príncipe bem-sucedido é aquele que é sábio para alocar sua piedade quando lhe for conveniente e fugir ao ódio quando não conquistar o amor.

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