Fundamentos Sociológicos: Modernidade
Por: mirelleyumi • 1/4/2018 • Resenha • 649 Palavras (3 Páginas) • 198 Visualizações
Fundamentos Sociológicos
Modernidade
O mundo passou por diversas mudanças ao longo dos anos, tanto no âmbito social, político, econômico quanto religioso. Um exemplo disso foi o fim da era medieval para o começo da modernidade, ou seja, a passagem de um período de tempo para outro. A modernidade se configurou na Europa, em meio aos ideais Iluministas e foi marcada pela Revolução Francesa. O estabelecimento da razão como forma de construção do conhecimento, valorização da ciência e o rompimento do pensamento eclesiástico foram o começo da construção do pensamento moderno, esse reconfigurou as organizações tradicionais do período medieval.
Segundo Marchall Berman “A experiência ambiental da modernidade anula todas as fronteiras geográficas e raciais, de classe e nacionalidade, de religião e ideologia: nesse sentido, pode-se dizer que a modernidade une a espécie humana. Porém é uma unidade paradoxal, uma unidade de desunidade: ela nos despeja a todos num turbilhão de permanente desintegração e mudança, de luta e contradição, de ambiguidade e angustia.”. A modernidade foi dividida em três fases, a primeira marcada por Rousseau, segunda por Marx e Nietzsche e a última por Weber e Focault. Podemos afirmar que a modernidade representou profundas mudanças sociais, políticas e econômicas, assim como ambiguidades e contrastes, mas também, de forma positiva, avanços importantes para a sociedade.
O turbilhão da vida moderna se deu devido ao conjunto de diversas mudanças que aconteceram nesse período. A ciência teve um grande avanço, principalmente a física e os estudos sobre o universo, a tecnologia se desenvolveu e criou novos ambientes, por exemplo as fabricas, e com isso gerou novas lutas de classe e constituição do poder corporativo. Houve uma explosão demográfica e crescimento urbano, ao mesmo tempo que o poder político foi reformado, os Estados estavam mais poderosos e centralizados.
Nesse contexto, surgiram os engenhos a vapor, fabricas, ferrovias e zonas industrializadas, as quais deram origem a novas relações sociais e de trabalho. Com surgimento do capitalismo, as indústrias tinham como objetivo a maior produção de bens possível, para assim, gerar lucro. Muitas pessoas saíram da zona rural para as novas cidades visando o trabalho operário e melhores condições de vida, porem se depararam com grandes dificuldades.
O filme Daens: um grito de justiça de Stijn Coninx, produzido na Bélgica em 1994, retrata a vida da sociedade de uma pequena cidade chamada Aalast no contexto da modernidade. O enredo gira em torno das fabricas e seus operários, podemos observar a vida urbana, o surgimento de novas tecnologias, avanços dos meios de comunicação e surgimento de um centro urbano. A nova organização social consistia em burgueses detentores dos meios de produção e operários como força de trabalho explorada, resultando no enriquecimento dos patrões e empobrecimento do proletário, o que ainda acontece nos dias de hoje. Como consequência, eclodiram lutas de classes em busca de direitos.
Dentro das fábricas, a prioridade era a produção, independente do bem estar de seus operários, eles portanto, sofriam grandes dificuldades e abusos dos seus superiores. Longas horas de trabalho, salários baixos, uso da mão de obra das mulheres e crianças, trabalho manual repetitivo e muitos acidentes com as maquinas eram a verdadeira situação dos proletariados. Fora das fabricas, os trabalhadores também conviviam com diversos problemas como a fome, falta de saneamento, doenças, desemprego, prostituição e alcoolismo, ou seja, a miséria propriamente dita.
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