TrabalhosGratuitos.com - Trabalhos, Monografias, Artigos, Exames, Resumos de livros, Dissertações
Pesquisar

Marcopolo - Case de Internacionalização na China

Por:   •  3/12/2017  •  Trabalho acadêmico  •  3.202 Palavras (13 Páginas)  •  463 Visualizações

Página 1 de 13
  1. Introdução Contexto Operacional Marcopolo

Atualmente a Marcopolo é uma sociedade anônima de capital aberto, sediada em Caxias do Sul, Rio Grande do Sul, fundada em 06 de agosto de 1949, e tem como principal objeto a fabricação de ônibus, carrocerias para ônibus e componentes. A linha de produtos abrange uma ampla variedade de modelos, composta pelos grupos de ônibus rodoviários, urbanos e micros, além da família Volare (ônibus completo, com chassi e carroceria). A fabricação de ônibus é realizada em dezessete unidades fabris, sendo cinco localizadas no Brasil (três unidades em Caxias do Sul – RS, uma em Duque de Caxias – RJ e uma em São Mateus – ES), e doze no exterior, sendo uma na África do Sul, três na Austrália, uma na China, uma no México, duas na Argentina, uma na Colômbia, uma no Egito e duas na Índia. A Marcopolo detém ainda 40,0% de participação na empresa Spheros (climatização e ar-condicionado), 30,0% na WSul (espumas para assentos), 65,0% na Apolo (soluções em plásticos) e 10,8% na empresa canadense New Flyer Industries. A Marcopolo também detém o controle integral do Banco Moneo S.A., constituído para dar suporte ao financiamento dos produtos da Companhia.

Nosso estudo de caso trata-se do processo de internacionalização da Marcopolo em 2005, com o senário de distancia psíquica de mercado, no caso China.  Marcopolo foi o líder no mercado nacional com 47% participação e também líder[a] mundial com aproximadamente 7% do mercado. No mercado nacional desenvolveu vantagens competitivas, tais como: conhecimento das especificidades do mercado brasileiro; produtos customizados para melhor desempenho em estradas e rodovias precárias com pouca manutenção; gerando barreira para futuros competidores. Tinha forte exportação com 45% da produção destinada a mais de 80 países, nesse contexto a alta direção da empresa colocou como estratégico e imperativo entrar no mercado chinês, devido o mesmo ser emergente e concentrar a metade da população mundial, com predominância de classes que utilizam ônibus, é reconhecido à dificuldade de entrada no mercado chinês, devido ao mesmo ser fechado e complexo. Marcopolo já tinha em andamento o contrato de licenciamento realizado em 2000 com a Iveco-CBC, sendo necessário definir o caminho estratégico a seguir, os passos iniciais e desafios para entrada neste mercado e o processo de decisão se continuava a licenciar ou investiria diretamente na China.

Historia Marcopolo

1949 - Fundação, nasceu em Caxias do Sul – RS com o nome de Nicola & Cia. Ltda. 

1952 - Produção das primeiras carrocerias de aço.

1957 - O aumento da produção tornou necessária a transferência da empresa para o Bairro Planalto.

1960 - primeira exportação para uma empresa de transporte do Uruguai.

1968 - Lançamento do ônibus Marcopolo no VI Salão do Automóvel em São Paulo.

1971 - O sucesso do ônibus Marcopolo fez com que a Nicola adotasse o nome do modelo em sua razão social. Assinado o 1º Contrato de Transferência de Tecnologia com a Ensamblaje Superior de C.A. da Venezuela, para fornecimento de carrocerias em CKD (Completely Knocked Down, onde a carroceria é desmontada e enviada em kits) para serem montadas na Venezuela. A Marcopolo tornou-se a primeira empresa da indústria automobilística brasileira a vender tecnologia no segmento de ônibus.

1978 - Começou a operar na bolsa de valores de São Paulo.

1981 - Inauguração da Unidade Ana Rech.

1986 - Criou uma fábrica de componentes de fibra de vidro denominada MVC Componentes Plásticos Ltda.

1992 - Mudou novamente o nome para "Marcopolo S.A”.

2005 - Três unidades de produção de ônibus no Brasil, a controlada MVC Componentes Plásticos tinha cinco plantas, quatro no Brasil e uma no México, Marcopolo exportava para todos os continentes, e tinha fábricas e escritórios comerciais no exterior.

  1. Internacionalização - Primeiro passo Exportação

As exportações faziam e fazem parte da estratégia da Marcopolo desde 1960, aumentado escala de produção e diminuindo o risco das oscilações do mercado interno. Em 1964 o governo estimulou as exportações e foi criado um consorcio de empresas em Caxias do Sul de forma a aproveitar esta oportunidade. As carrocerias Marcopolo teve alta aceitação, por ter preços mais baixos se comparados com os competidores da Europa (Mão de Obra e fretes mais barato, possibilidade de entregar o veiculo rodando com o custo somente do motorista) e serem construídos com conhecimento para estradas e rodovias precárias com mal estado de conservação. Devido à proximidade do mercado da América do Sul, Marcopolo acumulava outras vantagens, como representantes de vendas local (representantes era exclusivo não sendo permitido competição de linhas, única exceção era o Chile), com baixas comissões e serviço de pós venda realizado direto por eles. Os primeiros mercados de exportação foi Paraguai, Chile, Peru, Bolívia, Equador e Venezuela. Para estes mercados pelo paradigma eclético, a localização não seria uma vantagem atendida, sendo a exportação o melhor caminho. Já para a Colômbia devido à proteção do mercado, faz[b] sentido o investimento direto no país. Do ponto de vista do modelo de Uppsala a exportação e o contato com os representantes e após com os clientes via serviços de pós venda, é um ótimo inicio para aprendizado, minimiza riscos e é uma ótima entrada para conhecer o mercado e suas minucias.

A empresa usou de feiras e concursos internacionais para prospectar e fortalecer a marca Marcopolo, entrou no mercado americano em 1988 através de um representante exclusivo. Em 1992 abriu uma Joint venture no México, com fabricante local de chassis. 2 anos depois em meio a crise no México, passou a exportar do México para o  USA até o termino da joint venture, quando se encerrou as exportações. Em 2005 com o NAFTA surgiu uma oportunidade de aliança com a DaimlerChrysler, onde foi retomado as exportações para o mercado americano. Também exportou para países africanos, na forma CKD, primeiro para Angola e Moçambique (países com língua portuguesa), depois Nigéria e África do Sul, Marcopolo tinha a seu favor (para os 2 primeiros países além da língua portuguesa) preços mais competitivos que a Europa e produtos mais adaptados as condições locais de estradas e rodovias.

  1. O Amadurecimento para a Internacionalização

Marcopolo inicia uma segunda fase da internacionalização, busca conhecimento com os Japoneses, em suas visitas aprende sobre técnicas de produção, tecnologias, procedimentos e filosofia. Cria o Sistema Marcopolo de Produção, onde implanta uma serie de técnicas e métodos de como produzir com qualidade, com produtividade e com um clima saudável.  

Abre um escritório de vendas no USA e ganha conhecimento do mercado, através do DOT (American Department of Transportation) passa a ter acesso aos padrões, requerimentos e parâmetros da indústria automotiva americana, que serve como base para vários países.

...

Baixar como (para membros premium)  txt (21.2 Kb)   pdf (122.8 Kb)   docx (20.2 Kb)  
Continuar por mais 12 páginas »
Disponível apenas no TrabalhosGratuitos.com