Introdução ao Livro de Ageu
Por: eryka2112 • 8/11/2018 • Projeto de pesquisa • 1.714 Palavras (7 Páginas) • 463 Visualizações
Introdução ao livro de Ageu
Autoria
Sobre o profeta Ageu, não temos informações biográficas, coisa alguma nos é informada sobre seu passado, família, genealogia e etc. Ele é conhecido somente através de seu livro e de duas referências a ele no livro de (Ed 5:1; 6:14). Nestas passagens, ele é visto trabalhando ao lado de Zacarias, no ministério de encorajar o povo a reconstruir o templo. O seu nome, deriva-se do termo hebraico que significa “festivo”, “minha festa” ou “nascido em dia de festa”, provavelmente porque seu nascimento coincidiu com uma das festas judaicas, o seu significado não tem nenhuma relação com sua mensagem. Ageu foi um dos profetas pós-exílicos, um contemporâneo de Zacarias e tinha as qualidades de um bom pastor.
Ageu voltou do exílio com os remanescentes do primeiro retorno, com Zorobabel, e ele, evidentemente, vivia em Jerusalém. Alguns acreditam que Ageu 2:3 indique seu nascimento em Judá antes do cativeiro de 586 a.C. e que, por isso, fosse um dos poucos que ainda podia lembrar de como era o Templo antes da destruição. Isto quer dizer que Ageu tinha cerca de 75 anos quando começou o seu curto ministério profético em 520 a.C.
Data
É possível determinarmos precisamente a data deste livro, porque as profecias teriam ocorrido durante o reinado de Dario I, que governou a Pérsia (522 a 486 a.C.) A primeira ocorreu no primeiro dia do sexto mês, no começo da atividade profética de Ageu, a saber, em agosto e setembro de 520 a.C. Então a sua quarta profecia sucedeu no nono dia do quarto mês, isto é, novembro e dezembro de 520 a.C., imediatamente depois que Zacarias deu início ao seu ministério. Quando os exilados retornaram da Babilônia, estabeleceram-se na área de Jerusalém, as profecias estão associadas ao lugar do templo arruinado, isso significa que na própria cidade de Jerusalém, ou algum lugar das proximidades, foi o lugar onde o livro foi escrito.
Propósito do Livro
O alvo era encorajar os desanimados repatriados a reconstruir o Templo, restabelecendo a autoridade civil e religiosa da nação, e reconhecendo a vida comunitária, após o padrão do estado judaico original. Israel não tinha por intuito ser apenas um ajuntamento de pessoas em um certo lugar, para então surgir um governante que organizasse as coisas. Antes, Israel deveria ser uma teocracia e uma fraternidade, com propósito e serviço espirituais. Não bastava os Israelitas serem libertados do cativeiro. A restauração geral de Israel, em todos os seus aspectos, era algo necessário. Deus os escolhera como um povo, e deles era exigido que correspondessem a essa responsabilidade.
Contexto Histórico
A atuação de Ageu se deu num momento preciso do ano de 520 a.C., isto é, dezoito anos depois que Ciro permitira os judeus regressarem à sua pátria e reconstruírem o Templo. O retorno à Jerusalém não foi tão glorioso como o previsto, pois a maioria dos exilados haviam estabelecido raízes em sua nova terra (Jr. 29:4-9), tornando-se prósperos comerciantes e muitos temendo as dificuldades da longa viagem de volta preferiram permanecer na Babilônia, onde seus filhos já estavam com mais de 50 anos, sendo até mesmo avós; essa nova geração não conhecia a terra dos seus ancestrais e não tinham o mesmo senso nacionalista de seus pais. Isso explica a razão do desânimo e falta de interesse na reconstrução do templo. Portanto, foi apenas um grupo de uns 50 mil que, sob a liderança de Zorobabel, voltou com o coração cheio de esperança, animados por uma chama religiosa e uma esperança viva, empreendeu a viagem de volta a Jerusalém.
Entretanto, passado o entusiasmo dos momentos iniciais, as dificuldades enfrentadas apagaram a chama religiosa e transformaram a esperança em apatia e desânimo. Nos primeiros anos do retorno, os Judeus tentaram reconstruir o templo, mas devido a seca, a péssima colheita, mencionada pelo profeta Joel, a oposição que enfrentaram principalmente dos vizinhos samaritanos, criou uma atmosfera de indiferença e marasmo, com isso o projeto da reedificação do Templo foi abandonado. Outro fator que influenciou na desistência da reconstrução foi o desânimo dos judeus frente as péssimas condições de vida sob o domínio persa. Já fazia quase 20 anos que o primeiro grupo de exilados retornara, e o Templo ainda permanecia em ruínas. É assim que Deus levanta Ageu com a mensagem de apelo á população para reconstruir o templo.
Aplicação prática do conteúdo do livro para os dias de hoje
O livro de Ageu chama atenção para os problemas mais comuns que as pessoas enfrentam nos dias de hoje. Ageu nos pede para:
1) Examinar nossas prioridades a fim de vermos se estamos mais interessados em nossos próprios prazeres do que em fazer a obra de Deus;
2) Rejeitar uma atitude derrotista quando nos deparamos com oposição ou situação desanimadora;
3) Confessar nossos fracassos e buscar viver uma vida pura diante de Deus;
4) Agir corajosamente por Deus porque temos a certeza que Ele está sempre conosco e está em pleno controle de nossas circunstâncias;
5) Descansar seguro nas mãos de Deus sabendo que Ele vai nos abençoar abundantemente quando o servimos fielmente.
Versículo-chave do livro de Ageu:
Ageu 2:9
“A glória desta última casa será maior do que a da primeira, diz o SENHOR dos Exércitos; e, neste lugar, darei a paz, diz o SENHOR dos Exércitos.”
Versículo-chave em outras versões bíblicas:
Ag. 2:9 (Bíblia Viva)
“A glória futura deste templo será maior que a glória do primeiro! Toda a prata e todo o ouro me pertencem! E vai ser neste lugar que darei a paz, diz o Senhor.”
Ag. 2:9 (Bíblia de estudo NVI)
“A glória deste novo templo será maior do que a do antigo, diz o Senhor dos Exércitos. E neste lugar estabelecerei a paz, declara o Senhor dos Exércitos.”
Ag. 2:9 (Bíblia de estudo Pentecostal)
“A glória desta última casa será maior do que a da primeira, diz o SENHOR dos Exércitos; e, neste lugar, darei a paz, diz o SENHOR dos Exércitos.”
Ag. 2:9
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