A Criança participante do psicodiagnóstico infantil

A criança participante do psicodiagnóstico infantil.  Cap 8

A princípio, a abordagem fenomenológica-existencial é apropriada como proposta básica para o desenvolvimento dos pais em grupo.

Quando o trabalho é desenvolvido em grupo, o atendimento é mais eficaz, uma vez que os pais reconheçam as experiências próprias, dos filhos e também dos demais pais presentes no grupo. O atendimento grupal também, permite que em um espaço delimitado, as solicitações das

demandas são respondidas de forma mais eficaz.

Existem dois posicionamentos de aproximação distintos. Um deles considera a prática desnecessária, não utiliza. Rogers diz que nenhuma dessas descobertas tem valor real se não for devidamente reconhecida pelo próprio cliente. A segunda postura é a de alguns psicólogos fenomenológico-existenciais que, interessados em repensar o processo psicodiagnóstico, procuram também desenvolver procedimentos que estejam de acordo com a orientação que adotam.

Conhecer a vida psicológica da pessoa é o objetivo principal dos psicólogos que utilizam este modelo de psicodiagnóstico. Estes princípios básicos referem-se a compreensão do homem como ser-no-mundo, capaz de sofrer e promover mudanças em suas relações. A estratégia clínica procura

privilegiar a experiência vivida, acima dos constructos teóricos com o objetivo de reconhecer os sentidos dessas experiências. É essencial que desenvolve-se a confiança mútua entre os participantes, suficiente para possibilitar uma comunicação pelo diálogo.

Partilhar experiência semelhantes permite que se compreenda a situação em que cliente e psicólogo, membros constituintes da relação, participem com a sua subjetividade, na busca da obra da compreensão.

A aproximação propõe que as intervenções sejam colaborativas, considerando as perspectivas de todos os participantes, que podem ser avaliadas, reconhecidas por meio do retorno contínuo as experiências. Facilita assim as mudanças positivas, uma vez que o homem é compreendido, neste dado enfoque, como um ser-no-mundo com sua obra. Fisher sugere que o psicólogo convide o paciente a crescer através da reflexão, ação e comunicação. O psicodiagnóstico infantil grupal com a participação do grupo de pais segue o modelo proposto por Ancona-Lopez. A autora considera esse procedimento importante, pois a queixa sobre as crianças sempre envolve uma queixa dos pais.

São estes que estão encontrando dificuldades em lidar com o comportamento dos filhos, de relacionar-se com eles, procuram então um psicólogo.  O grupo é formado a partir da solicitação do cliente ; hora e local são informados. Após isso, os pais são convidados para a triagem inicial, cujo objetivo é conhecer quais os motivos que o levaram a procurar o serviço de psicologia. Esse conhecimento ajuda a definir qual a

modalidade de atendimento e a conduta mais adequada (individual ou grupal).

Os pais das crianças de ambos os sexos, possuem queixas semelhantes, são informados a respeito das condições e de como é o processo do trabalho em grupo.

Os pais comparecem as primeiras entrevistas grupais, e procuram conhecer e explorar o que cada um traz de queixa sobre seu filho. Somente na quarta sessão que entrou em contato com a criança, já tendo uma ideia formada através dos relatos dos pais e das informações enviadas pelos

profissionais.

Uma sala é preparada para a hora lúdica, com caixa aberta colocada no chão ou sobre uma mesa, com brinquedos, jogos e material gráfico.. Inicialmente procurou estabelecer um bom contato com cada criança, verbalmente com linguagem de fácil entendimento. Converso sobre os objetivos do grupo, o  que vamos fazer juntas, estabeleço os elementos do contrato e por fim, discuto a respeito das condições de participação..

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