A Igreja Evangélica Brasileira
Por: Verônica Alinne • 26/6/2024 • Trabalho acadêmico • 662 Palavras (3 Páginas) • 76 Visualizações
A Igreja Evangélica brasileira tem se dividido em relação à participação no processo eleitoral e político do país. Parte dos nossos irmãos ainda mantém o pensamento (paradigma) de que a política não é uma atividade compatível com a postura e a fé cristã.
Há um fato muito interessante ocorrido na 75ª Convenção Internacional da Igreja do Evangelho Quadrangular em Palm Springs, no Estado da Califórnia, nos EUA, em 1998, o qual mostra a importância e a força da Igreja em relação ao governo. Em uma das sessões plenárias da Convenção os pastores discutiram a respeito de um documento declaratório onde a IEQ dos EUA se posicionava em relação a um assunto de governo.
Note bem, os governantes são eleitos para representar a sociedade, na qual a Igreja está inserida. São eleitos para tratar dos interesses do povo, portanto, a atitude da igreja americana não foi uma atitude simplesmente ousada, mas foi uma atitude consciente, responsável e de direito. No Brasil, não é diferente, temos os mesmos direitos, e nossas vozes podem se fazer ouvidas quando a Igreja entende que está dentro do contexto da nação e da sociedade. A Igreja Evangélica brasileira não pode mais ficar alienada às questões nacionais, precisa como Jesus ensinou: “Vigiar e Orar”.
Mesmo não sendo deste mundo, pois nossa natureza foi mudada pelo Senhor Jesus e a ele pertencemos – estamos vivendo neste mundo, com sistemas organizacionais necessários. Estamos no mundo pata testemunho e para fazer diferença, sendo sal e luz. Portanto, agir com responsabilidade frente à eleições é de suma importância para o cristão. A responsabilidade precisa navegar por águas mais profundas, ou seja, por todo um conjunto de fatores que envolvem a política e a eleição propriamente dita. Não participar de um processo político tão importante para a Nação, como é o caso das eleições, é agir irresponsavelmente, uma vez que podemos e devemos fazer com que o reino de Deus e a sua vontade sejam realidades no âmbito político e governamental. Portanto, nenhum crente deve ficar alheio à prática e participação política, deve participar cm responsabilidade.
O cristão precisa estar a par dos problemas sociais, não comercializar o seu voto, pois o voto é inegociável. Negociar o voto é corromper a consciência política e negar a maneira de ver a realidade social do meio em que se vive. É trair a Nação. É pecado.
A Família Quadrangular é conclamada para que se una nesta visão, a fim de promover a justiça social e o temor a Deus dentro dos meios governamentais, para que a sociedade sinta esses reflexos positivos e, assim, viver melhor. A Igreja tem uma missão no governo do mundo.
“O maior castigo para quem não gosta de política é ser governado pelos que gostam”. Arnold Toynbee, historiador inglês.
Alguém disse que “a igreja chega, mas chega tarde”. Diz a lenda entre as igrejas principalmente as evangélicas que política é pecado, com esse lema, vamo-nos alienando, nos isolando, não atendendo as expectativas das pessoas, não exercendo a tarefa profética da igreja, não se posicionando e não trazendo os valores do reino de Deus para o mundo contemporâneo. Política não é pecado, pecado é a corrupção, a desonestidade, a roubalheira e as ações contra o povo. Política é a arte de gerenciar povos.
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