O ENCONTRO SEMESTRAL RESENHA HERMENÊUTICA

ENCONTRO SEMESTRAL - RESENHA HERMENÊUTICA

 

EPÍSTOLAS: Questões hermenêuticas. In: FEE, Gordon D.; STUART, Douglas K.. Entendes o que lês?: um guia para entender a Bíblia com auxílio da exegese e da hermenêutica. 3 ed. revisada e ampliada São Paulo: Vida Nova, f. 168, 2011. 336 p. cap. 3, p. 67-85.

 

Luã Abdala Quintanilha Issa

FABAPAR

Esta obra tem como objetivo elucidar os pontos principais que se deve observar e aplicar ao se interpretar as escrituras sagradas, os autores irão apresentar e simplificar essa tarefa com uma linguagem de fácil compreensão e passando pelos diversos gêneros literários que pode ser encontrado na bíblia. Nesse capítulo os autores vão apresentar as problemáticas e questões de importância sobre as epistolas, mostrando assim os aspectos interpretativos que nós cristãos necessitamos aplicar ao ler, estudar, interpretar as mesmas, apresentando não só a problemática, mas sim diretrizes que irão guiar de forma efetiva a resolução dos pontos citados.

O capítulo é iniciado trazendo ao leitor a conscientização da mudança que é necessária na sua linha de raciocínio e lógica ao interpretar as epistolas bíblicas, mostrando que ao contrário do que a grande maioria pensa, as epistolas não são tão simples de serem interpretadas, os autores trazem um ponto que deve ser observado com muita atenção, porém sem considerar uma verdade absoluta, eles abordam sobre o que realmente é uma epistola e o que é uma carta, baseado nos aspectos das cartas utilizadas na época citada. Nas partes seguintes os autores irão mostrar as diretrizes para se realizar a interpretação e contextualização correta deste gênero analisado.

A partir do que foi mencionado anteriormente, e com uma análise dos textos utilizados como exemplo pelos autores, venho a concordar com as diretrizes que foram propostas, fazendo um adendo que não podemos descartar a leitura simplificada que as cartas trazem aos que estão iniciando sua jornada na leitura mais aprofundada, pois a leitura das epístolas são de fácil identificação para o leitor, muitos se aprofundam em seu crescimento espiritual ao ler Romanos por exemplo, afinal as epístolas carregam sim uma teologia prática e bem pontuada por seu autor, afinal ele crê naquilo que escreveu e orientou na sua escrita, assim como elucida os William W. Klein, Craig L. Blomberg e Robert L. Hubbard Jr ao falar: “De um certo ponto de vista, então, a tarefa do intérprete é mais fácil em meio a elas do que em todas as outras partes da Escritura, porque se supõe que os autores das epístolas acreditavam nas doutrinas que eles promulgavam e obedeciam as instruções que eles promoviam.” (Klein, William W.; Blomberg, Craig L; Jr, Robert L. Hubbard, 1993, p. 674), dando continuidade a leitura veremos que os autores citados também esclarecem sobre a necessidade de ter este olhar cuidadoso e através das diretrizes apresentadas, separarmos o que era problemática especifica para o destinatário, e o que é principio eterno para nos cristãos, “O intérprete tem que reconstruir estas "situações" e propósitos da forma mais precisa possível para separar os princípios eternos das aplicações específicas para esta situação.” (Klein, William W.; Blomberg, Craig L; Jr, Robert L. Hubbard, 1993, p. 674)