A Luta Pelo Poder: A Política Do Status Quo

RESUMO DESCRITIVO

A LUTA PELO PODER: A POLÍTICA DO STATUS QUO

DISCENTES:  Cleiton Santos Pereira

Sania Maria Da Silva Pereira

A política interna e a política internacional nada mais são do que duas manifestações diferentes do mesmo fenômeno: a luta pelo poder, diferem em dois aspectos, em cada uma delas, prevalecem diferentes condições morais, políticas e sociais. Toda a história nos mostra que as nações ativas em política internacional se encontram em um processo contínuo ligado à guerra. Toda atividade política, seja nacional ou internacional, revela três padrões básicos, isto, é todos os fenômenos políticos podem ser reduzidos a um dentre três tipos básicos. A esses três padrões típicos de política correspondem três políticas internacionais típicas. O conceito de “Status Quo” deriva de locução latina status quo ante bellum, expressão diplomática que engloba as usuais cláusulas dos tratados de paz que dispõem sobre a evacuação do território de tropas inimigas e sua restauração à soberania do período anterior às hostilidades. A política do status quo visa à manutenção da distribuição do poder que existe em um momento particular na história, a política do status quo, no que diz respeito à política externa, desempenha a mesma função que uma política conservadora cumpre nos negócios internos de um país.

 O principal propósito dos tratados de paz consiste em formular em termos legais a mudança no jogo do poder acarretada pela vitória e derrota na guerra recém-terminada, bem como em garantir a estabilidade da nova distribuição do poder por meios de dispositivos legais. A relação entre a política de defesa de 1815, codifica no Tratado de Paris, e a Santa Aliança é semelhante à relação entre a política a favor do status quo de 1918, espelhada nos tratados de 1919, e a Liga das Nações. A Liga das Nações teve como seu mais importante objetivo manter a paz mediante a preservação do status quo de 1918, como formulado nos tratados de paz de 1919. Em consequência, a luta a favor e contra o status quo, que se prolongou pelo período entre as duas guerras mundiais, foi travada sobretudo na defesa ou na oposição dos dispositivos territoriais do Tratado de Versalhes e sua garantia nos termos do artigo 10 do Pacto da Ligas. A manifestação da política de status quo que teve a maior importância para os Estados Unidos e que se transformou na pedra angular de suas relações externas foi a Doutrina Monroe, essa Doutrina estabelece os dois princípios essenciais de qualquer política de status quo, ela estipulou o respeito, por parte dos Estados Unidos, à distribuição de poder então prevalecendo no Hemisfério Ocidental. A política de status quo tem por objetivo a manutenção da distribuição do poder tal como ela existe em um momento particular da história. Isso não significa que a política de status quo seja necessariamente oposta a qualquer mudança que seja. Contudo, pequenos ajustes, de alcance limitado na distribuição do poder, em que deixam intactas as relativas posições de poder das nações em causa, são perfeitamente compatíveis com a política de status quo.

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