Resenha Crítica - Introdução ao Lazer Lazer e Turismo: um ensaio epistemológico conjugado (Bernardo Lazary Cheibub)

Resenha Crítica - Introdução ao Lazer, Capítulo 2 (Vitor Andrade de Melo e Edmundo de Drummond Alves Junior); Lazer e Turismo:um ensaio epistemológico conjugado (Bernardo Lazary Cheibub)

O artigo de Cheibub se caracteriza como uma revisão de Literatura da dissertação “Lazer, Experiência Turística, Mediação e Cidadania: Um Estudo Sobre o Projeto Turismo Jovem Cidadão (Sesc-RJ)”. O texto de Melo e Alves Junior, no entanto, consiste em um capítulo do livro “Introdução ao Lazer”. Tanto o texto de Cheibub quanto o texto de Melo e Alves Júnior apresentam um vocabulário claro e coeso, facilitando a compreensão das obras.

Cheibub traz citações de diversos autores, sobre turismo, lazer e a relação entre eles, destacando a integração turismo com o lazer, por que, “para que o turismo seja considerado outra coisa que não uma forma de lazer, ele precisaria se transmutar, se afastando de suas especificidades originais”(CHEIBUB, 2010, p.14).

Já Melo e Alves Júnior (2003, p. 23) destacam que “devemos encarar esse fenômeno social, percebendo que somente no campo da cultura é possível encontrar uma definição mais precisa, que nos permita trabalhar com intencionalidade e clareza”. Sendo assim, ambos os autores têm seus estudos voltados para o lazer, mas cada um com panoramas diferentes.

No texto de Melo e Alves Junior as atividades de lazer passam a ser caracterizadas pela harmonização de 3 ideias, sendo definidas como atividades culturais realizadas no tempo livre das obrigações que tem como objetivo a busca pelo prazer. Cheibub, além de explorar essa temática, se aprofunda e questiona o emprego do lazer não só na busca pelo prazer, mas também como ferramenta de ensino e na recuperação do trabalho. Os autores implementam também os conceitos de pseudoludicidade no trabalho, produtivização do lazer e semi lazer.

Por fim, vale ressaltar que ambos os autores trazem diversas definições de lazer e o caracterizam como um fenômeno moderno, além de concordarem que o tempo e o espaço são imprescindíveis para a conceitualização do mesmo. Porém, Cheibub (2010) enfatiza que a conceitualização de lazer é eivada de imprecisões. Destaca-se também que, mesmo envolto por uma imagem pejorativa, o lazer é essencial para a boa qualidade de vida.

Referências:

CHEIBUB, B. L. Lazer e Turismo: um ensaio epistemológico conjugado. In: XI ENTBL, UFF, Niterói, 2010. p. 81-101.

MELO, V. A.; ALVES JÚNIOR, E.D. Lazer: conceitos básicos. In: MELO, V. A.; ALVES JÚNIOR, E. D. (Orgs.). Introdução ao lazer. Barueri/SP: Manole, 2003. p. 23-37.