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A LIBRAS E SEU PAPEL NA INCLUSÃO DE CRIANÇAS/ADOLESCENTES SURDOS NA EDUCAÇÃO BÁSICA

Por:   •  8/10/2021  •  Monografia  •  4.928 Palavras (20 Páginas)  •  133 Visualizações

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A LIBRAS E SEU PAPEL NA INCLUSÃO DE CRIANÇAS/ADOLESCENTES SURDOS NA EDUCAÇÃO BÁSICA

Angélica Sguário1

Fernanda Malinoski Coelho da Rosa2

Resumo

A educação inclusiva é um processo contínuo que ocorre com a participação de todos os envolvidos no processo de educacional. É importante garantir sua presença na escola para equipe pedagógica possa conhecê-lo e assim buscar meios de garantir sua inclusão efetiva. Para que seja uma escola inclusiva, deve incluir a todos, sem discriminação, e a cada pessoa com suas diferenças e dificuldades e desse modo que todos possam ampliar seu potencial. A Língua de Sinais é a língua natural das comunidades surdas e a  utilizada pelas comunidades surdas brasileiras é a LIBRAS - Língua Brasileira de Sinais e acreditam que as Línguas de Sinais são somente um conjunto de gestos que interpretam as línguas orais. No nosso país as Secretarias Estaduais e Municipais de Educação possuem uma coordenação  específica para o ensino das pessoas com necessidades especiais,  desse modo surgiu as Classes Especiais e posteriormente as Salas de Recursos para surdos, com recursos públicos ou privados.

Palavras-chaves: Libras, ensino, inclusão e surdos.

1.Introdução

Vivemos em um mundo cheio de mudanças políticas, econômicas e socioculturais que refletem no âmbito educacional.

Sendo que a inclusão é movimento historicamente novo, não havendo consenso sobre se e como deve ocorrer e a discussão sobre a prática da educação inclusiva revela que o campo cheio de obstaulos, são muitas as questões e discussões sobre o assunto, em função da coexistência de diversos paradigmas na forma de conceber a educação de pessoas com necessidades especiais particularmente dos surdos. O tema da surdez envolve bastantes questões históricas e, com certeza há muito que estudar e contribuir para a educação do surdo e para a aceitação e preparação dos ouvintes para com os surdos. (BARBOSA; AMORIM, 2008).

Quando se fala sobre a discussão da escolarização de estudantes com surdez em escola de ensino básico e tem sido palco para várias reflexões, sabe-se que necessariamente a matrícular  pessoas com deficiência e adaptar as escolas fisicamente e que sejam atendidas nas suas necessidades. Segundo o autor Lacerda descreve os dados referentes ao desempenho de alunos com surdez “ as pesquisas realizadas no Brasil e no exterior indicam que um número significativo de sujeitos surdos que passaram por vários anos de escolarização apresenta competência para aspectos acadêmicos muito aquém do desempenho de alunos ouvintes, apesar de suas capacidades cognitivas iniciais serem semelhantes. (LACERDA, 2006, p.2)

         De acordo com o  Perlin (1998) existem definições para Identidade Surda, sendo elas; a Identidade Flutuante que surdo se espelha na representação hegemônica do ouvinte; a Identidade Inconformada o surdo não consegue captar a representação da identidade ouvinte, hegemônica, nem a dos surdos, se sentindo uma identidade subalterna; a Identidade de Transição o contato dos surdos com a comunidade surda é tardio, o que os faz passar da comunicação visual-oral; a Identidade Híbrida que é reconhecida nos surdos que nasceram ouvintes e se ensurdeceram e terão presentes as duas línguas numa dependência dos sinais e do pensamento na língua oral e a Identidade Surda na qual ser surdo é estar no mundo visual e desenvolver sua experiência na Língua de Sinais.

A Educação Inclusiva ganhou um espaço e uma força internacional, e alguns documentos como a Declaração de Salamanca (UNESCO, 1994), no qual o Brasil esta em um cenário novo e comprometeu-se em difundir e implementar seus objetivos. Esta propõe que “as crianças e jovens com necessidades educativas especiais devem ter acesso às escolas regulares, que a elas devem se adequar...”, pois tais escolas “constituem os meios mais capazes para combater as atitudes discriminatórias, construindo uma sociedade inclusiva e atingindo a educação para todos...” (CORDE, 1994, p. 8-9).

1.1.A linguagens de sinais

A Língua de Sinais é a língua natural das comunidades surdas e a  utilizada pelas comunidades surdas brasileiras é a LIBRAS - Língua Brasileira de Sinais e acreditam que as Línguas de Sinais são somente um conjunto de gestos que interpretam as línguas orais.

Como toda a língua possui regras morfológicas, sintáticas, semânticas e pragmáticas próprias para que   possam ocasionar desenvolvimento cognitivo da pessoa surda, alguns estudos têm demonstrado que a Línguas de Sinais é sistemas de  comunicação criado pelas comunidades surdas e aumentam seus vocabulários com novos sinais introduzidos pelas comunidades surdas de acordo com às mudanças culturais e tecnológicas, depedendo da necessidade um novo sinal irá surgir surge um e deve ser aceito pelos membros da comunidade. Todos os sinais para serem criados possuem parâmetros, como  a combinação de  movimentos com as mão com um determinado formato e lugar no corpo. (FELIPE, 2001)

Quando se fala no reconhecimento da libras na base do trabalho com esses indivíduos e existem dificuldades para o aprendizado. Existe a necessidade dos profissionais com formação adequada na escola regular, sendo assim é necessário garantir a educação bilíngüe, ocorrendo a transformação do monolíngue da escola.

Existem alguns parâmetros da Língua de Sinais como a Configuração das Mãos que são as formas das mãos; o Ponto de Articulação é o lugar onde incide a mão predominante configurada; o Movimento são os sinais podem ter um movimento ou não; a Orientação e Direcionalidade são os sinais têm uma direção com relação aos parâmetros  e a Expressão Facial e/ou Corporal são muitos sinais em sua configuração têm como traço diferenciador a expressão facial e/ou corporal e o alfabeto digital é utilizado nas Línguas de Sinais como material de apoio quando não se tem domíno de algum sinal ou nomes de pessoas, ruas, etc.

De acordo com o autor Felipe (2001) se faz uma pauta afirmando que cada Língua de Sinais possui sua própria gramática, assim facilita que surdos de países com Línguas de Sinais diferentes consigam comunicar-se com facilidade com os outros, sendo que esse fato não ocorre entre falantes de Línguas Orais, que precisam de um  maior tempo para se adaptar para conseguir um entendimento, as pessoas surdas possui uma capacidade de desenvolver e aproveitar gestos para      a comunicação e as expressões faciais e corporais das pessoas.

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