Brincadeiras anos 70

CONTEXTO HISTÓRICO

Correspondida entre os anos 1970 e 1979, durante a década de 70 aconteceu a crise do petróleo que levou o Brasil, os EUA, a Suécia e o Reio Unido à recessão, a preocupação com o meio ambiente sem encontrava em fase embrionária e houve também um crescimento das revoluções comportamentais.

No aspecto político, colônias portuguesas na África ganhavam independência, acontece a Revolução dos Cravos em Portugal, encerraram-se as corridas espacial e armamentista, guerras civis foram instaladas na Angola e em Moçambique, Rodésia e Namíbia lutavam por liberdade, termina a Guerra do Vietnã e em vários estados democráticos esse período foi marcado por lutas, violência e terrorismo de esquerda e direita.

A economia dos anos 70 foi marcada pela recessão do petróleo, ascensão do Brasil à 9ª economia mundial mas sofre com a crise do petróleo, a economia da União Soviética chega a seu auge e há a queda do Xá do Irã, preocupando o Ocidente.

A “década da discoteca” não leva esse nome sem motivo, afinal foi nela que surgiu a dance music e o movimento punk. As pessoas ouviam ABBA, Bee Gees, Cher, The Jackson 5, Queen, Kiss, The Rolling Stones, The Police, ZZ Top, Black Sabbath, Elton John, David Bowie, John Lennon, Pink Floyd, Ray Charles, The Doors, Bob Marley, Whitney Houston, Ramones, AC/DC, Iggy Pop, The Who, Aerosmith, Michael Jackson, Diana Ross, Alice Cooper entre outros artistas internacionais. No Brasil, era o auge de Caetano Veloso, Lulu Santos, Chico Buarque, Clara Nunes, Elis Regina, Beto Guedes, Erasmo Carlos, Djavan, Edu Lobo, Gal Costa, A Cor do Som, Gilberto Gil, Secos e Molhados, Rita Lee, Raul Seixas, Tim Maia, Roberto Carlos, Tom Jobin, Novos Baianos, Mutantes, Nara Leão e afins.

As televisões exibiam novelas como A Viagem, Simplesmente Maria, Selva de Pedra, Bel-Ami, O Rebu, Gabriela, Anjo Mau, Escrava Isaura. Os cinemas tinham em cartaz Laranja Mecânica, Carrie – A Estranha, Chinatown, O Exorcista, Guerra nas Estrelas, The Rocky Horror, O Poderoso Chefão, entre outros.

Na época, você poderia encontrar pessoas na rua vestindo jeans boca de sino com diversas aplicações, camurças com franjas, saias e calças de cintura baixa, saias longas estilo cigana, botas de camurça, estilo hippie, colares de contas miçangas, bijuterias étnicas africanas, roupas artesanais e seus cabelos iam de moicano a Black Power.  

AS BRINCADEIRAS DA ÉPOCA

Andar de bicicleta, stop, bilboquê, carrinho de rolimã, amarelinha, salada mista, ioiô, queimada, polícia e ladrão, passa anel, pique alto, pique esconde, pique bandeira, alerta, garrafão, pipa, bolinha de gude, etc. São algumas das várias brincadeiras praticadas nos anos 70.

Pique-pega: Escolhe-se um participante para ser o "pegador". O pegador deve dar um tempo para os outros participantes se afastarem e depois correr atrás deles, até pegar um encostando a mão nas costas. Quando pegar alguém, esse alguém se tornará o novo pegador e assim a brincadeira continua, até cansar. Vale lembrar que deve ser estabelecido um limite, por exemplo, numa quadra o limite pode ser a quadra de futsal, quem ultrapassar o limite passará a ser o pegador mesmo que tenha conseguido fugir! Essa é a brincadeira que mais possui variações, na intenção de dificultar e/ou divertir mais. É uma das poucas brincadeiras que permanece até hoje. Variações: também é chamado de pega-pega.

Queimada: Dois participantes tiram par ou ímpar e escolhem dois times com número igual de pessoas. Uma linha é desenhada no chão separando um campo do outro e outra linha é desenhada no final de cada campo para marcar o lugar do cemitério. As equipes se revezam, jogando a bola a partir da linha divisória para tentar queimar alguém do time adversário. Todos os jogadores têm que desviar da bola ou segurá-la e quem for queimado vai para o cemitério. Ganha o time que mandar o outro time inteiro para o cemitério primeiro.

Pique bandeira: Os participantes são divididos em duas equipes com mesmo número de pessoas. Cada um fica com um lado da quadra. Na linha de fundo de cada lado é colocada uma bandeira (simbolizada por algum objeto portável). O objetivo é roubar a bandeira adversária e proteger a sua, atravessando o campo adversário e correndo sem ser pego. Os jogadores presos no campo adversário só poderão ser libertados através do toque de um de seus companheiros de time. Enquanto parte do time se dedica à conquista da bandeira do outro, o resto fica incumbido de proteger a sua própria bandeira, evitando que os adversários cheguem até ela, e de vigiar os presos (colados), para que seus colegas não os libertem (descolarem). O jogo acaba quando um dos times conseguir trazer para seu campo a bandeira do adversário.

Variações: Também é chamado de rouba-bandeira.

Vivo Morto: A criança escolhida para comandar a brincadeira fica de frente para as demais, todas em pé. É ela que vai dizer se os outros participantes devem ficar em posição de vivo (em pé) ou de morto (agachado). Ao gritar "morto", todas as outras crianças devem abaixar imediatamente, e ao falar "vivo", elas devem se levantar. Quem errar sai. Aquele que conduz pode dizer a mesma palavra duas ou mais vezes seguidas e depois mudar repentinamente, para enganar o resto da turma. A