Corpos Dóceis - Vigiar e Punir - Michel Foucalt
Por: 230498 • 27/5/2017 • Projeto de pesquisa • 1.712 Palavras (7 Páginas) • 758 Visualizações
Introdução:
O projeto “Conhecimento, Política e poder, um estudo sobre o governo dos corpos” tratou a respeito de dois livros de Michel Foucault, onde foi determinado para que os participantes, em duplas, versassem com referência a algo que mais lhe prendeu a atenção, ou apresentar uma visão geral sobre o grupo de estudo.
Logo, devo dizer que este artigo científico tratará sobre o livro “Vigiar e Punir”, mais especificamente o capítulo I, referente a terceira parte do mesmo. A qual tem sua atenção totalmente voltada para o estudo da disciplina, como ela é aplicada e manipulada na sociedade, o que podemos dizer não se alterou muito de alguns séculos até os dias de hoje.
Já no início, o capítulo I tem suas linhas redigidas para tratar sobre os copos dóceis. Isso inclui que um corpo tem que aceitar a se submeter a certa disciplina que lhe é imposta para se considerado um corpo útil. Caso contrário, que ocorre quando não se aceita a disciplina, ou seja, que não age conforme os padrões que são impostos, é considerado um corpo inútil, não teria nenhuma serventia.
Mas apesar do capítulo tratar como principal tema os copos dóceis, ele tem quatro subdivisões, que não estãoabordadas com profundidade, mas para Foucault são quatro mecanismos que disciplinam para formar um copo dócil. As mesmas tratam respectivamente sobre: a arte das distribuições, o controle da atividade, a organização das gêneses, a composição das forças.
Desenvolvimento:
No capítulo “Os Corpos Dóceis”, Michel Foucault faz uma introdução ao que hoje chamamos de disciplina dos corpos, fazendo menção a figura de um soldado perfeito que foi modelado pela sociedade apartir do tempo de sua evolução disciplinar, seja ela da mente, ou do corpo. Quando um corpo pode ser submetido a determinadas objeções ele acaba se tornando dócil, fazendo com que seus comportamentos e suas atitudes sejam de certa forma manipulada por algo ou alguém superior, tratando diretamente do esquadrinhamento dos seus comportamentos e suas ações, porém, esse acontecimento surge em épocas clássicas, à diferença e que no Séc. XVII obtiveram sucesso ao encontrar uma nova forma de se lidar com as imperfeições que o corpo está diariamente sendo submetido, fazendo obter melhores desempenhos em determinadas situações em que exijam mais esforço da capacidade humana. É obtido através de três etapas; A escala do controle, do objeto e da modalidade. Cada um tem a tendência de aperfeiçoar o corpo de forma detalhada e minuciosa fazendo com que o corpo se torne dócil e útil ao mesmo tempo, tornando-o alienado, fazendo com que o ser humano deixe de lado a sua vontade de querer e impondo de forma quase invisível o seu corpo a uma dominação. Foucault por outro lado ao definir o conceito de disciplina não iguala as diversas formas de submissão em que o corpo é tratado ao decorrer da evolução da sociedade, os conceitos “escravidão”, ”domesticidade” ou ”avassalidade”, são termos completamente diferentes ao se tratar da disciplina, o corpo ele é considerado uma arte ao qual une a utilidade e a obediência.
De acordo com Foucault (1997, p.165)
Não se trata de fazer aqui a história das diversas instituições disciplinares, no que podem ter cada uma de singular. Mas de localizar apenas uma série de técnicas essenciais que, de uma ou outra, se generalizaram mais facilmente. Técnicas sempre minuciosas, muitas das vezes íntimas, mas que têm sua importância: porque definem um certo modo de investimento político e detalhada do corpo, uma nova “microfísica” do poder; e porque não cessaram, desde o século XVII, de ganhar campos cada vez mais vastos, como se tendessem a cobrir o corpo social inteiro.
Assim Foucault define a disciplina como uma anatomia política de detalhes que é igual a um tipo de “mecânica de poder” fazendo com que o corpo seja submisso, não apenas para fazer o que queira, mas para que seja operado de acordo com suas técnicas, segundo a rapidez ao qual é determinada e sua melhor eficácia.
“Em qualquer sociedade o corpo está preso no interior de poderes muitos apertados, que lhe impõem limitações, proibições ou obrigações”. (FOUCAULT, 1997), partindo da análise do capítulo e de algumas citações que foram tragas, podemos observar a nossa sociedade nos dias atuais, afim de definir se realmente ainda vivemos presos e limitados ou se apenas fingimos estarmos libertos. Assim como a disciplina que foi alcançada nos postos de treinamentos dos soldados há séculos atrás, estamos submetidos a mesma disciplina em todo nosso cotidiano, seja no emprego ao qual determinado funcionário esta submetido à regras e normas que a empresa impõe, ou até mesmo aos estudantes que sãoobrigados a se comportar de forma adequada, caso contrário isso só lhe trará punições. Estes são alguns dos estereótipos que a sociedade trás consigo desde o inicio da era da mordenização, não podemos dizer sobre nossa sociedade atual sem ao menos comentar sobre a evolução que estamos passando e cada dia se torna algo repugnante. Somos sedados por aplicativos, sites, programas apresentados na televisão, aparelhos, redes sociais que permitem com que assediamos uns aos outros com comentários taxados como imbecis e disfarçados de opiniões, vivemos numa sociedade onde as mídias sociais a cada dia fingem promover intimidade entre as pessoas, mascarando assim toda uma sociedade hipócrita, definida pelo voto que damos uns aos outros, não apenas nas eleições que são consideradas fraudes em todo lugar, mas pelo consumo diário que somos sujeitos a exercer, fazendo com que nossas propriedades e o nosso dinheiro esteja acima de qualquer sonho ou desejo humano.
Considerações Finais – x
Tendo em vista os aspectos relacionados ao termo “disciplina” que foram observados e comparados aos nossos dias atuais, somos levados a acreditar que por mais que queiramos nos livrar de toda estratégia que o mercado industrial nos induz ao consumo, as bolhas sociais que são criadas de acordo com a mídia ou até mesmo os agentes evolutivos que acompanham a tecnologia, é necessário se ter um senso crítico que alterasse assim as suas escolhas futuras, fazendo com que o indivíduo haja por si só e por sua própria vontade que por mais que seja limitado com leis, ele possa assim buscar com mais eficácia a liberdade para tomadas de decisões e expressões.
O projeto de ensino que foi baseado em duas obras do autor Michel Foucault trouxe diversos
...