INTERMEDIAÇÃO DE TREINAMENTO DO JOGADOR
Projeto de pesquisa: INTERMEDIAÇÃO DE TREINAMENTO DO JOGADOR. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: suelenw • 3/11/2014 • Projeto de pesquisa • 4.533 Palavras (19 Páginas) • 213 Visualizações
A MEDIAÇÃO NA FORMAÇÃO DO LEITOR
Ana Paula Peres RAIMUNDO (PG-UEM)
ISBN: 978-85-99680-05-6
REFERÊNCIA:
RAIMUNDO, Ana Paula Peres. A mediação na
formação do leitor. In: CELLI – COLÓQUIO DE
ESTUDOS LINGUÍSTICOS E LITERÁRIOS. 3,
2007, Maringá. Anais... Maringá, 2009, p. 107-117.
1. INTRODUÇÃO
Este trabalho foi pensado a partir das inquietações dos docentes sobre como
desenvolver com eficácia sua função de educador e conseguir despertar nos alunos a
consciência do que eles podem fazer de melhor por si e pela sociedade. Essa abordagem
desencadeou questionamentos quanto ao papel de mediador do professor no sentido de
melhor contribuir para essa conscientização. Estes pensamentos ampliados por pesquisa
bibliográfica, algumas informações e profundas reflexões apontaram como enfoque para
a realização deste trabalho, a valorização da prática da leitura como elemento básico
para promover o conhecimento, o saber, através de elementos de mediação. A escola
deveria ser um espaço de leitura em que, com a mediação do professor, os alunos
fizessem leituras diversas de textos científicos, jornalísticos, de propaganda, de ficção e
não-ficção, de poesia, e só assim poderia desenvolver uma leitura competente.
Quando questionamos o papel do educador que é também cidadão, vê-se que
facilitar o processo de leitura é uma questão pública. Todos têm o direito de ler e
principalmente entender o que se está lendo. Portanto é dever do Estado propiciar a
todos os cidadãos esta habilidade, favorecendo a informação, a comunicação e a
educação da sociedade brasileira. E quando se fala em facilitar o processo de leitura,
pensa-se em aplicar nas aulas de leitura uma metodologia capaz de despertar no aluno o
gosto pela leitura, o prazer de ler.
Esta pesquisa será basicamente uma revisão de literatura, buscando reunir neste
artigo aspectos importantes desse assunto, que se torna a cada dia tão atual e importante,
porque, como educadores, é preciso auxiliar na formação do indivíduo, o que acontece
principalmente através da sua interação com a sociedade. E a leitura será um dos
principais instrumentos que fará com que ele se torne apto a decifrar os signos do
mundo em que vive integrando-se ativa e harmoniosamente nesse universo.
Por outro lado, além da preocupação de mediar na formação de cidadãos leitores,
este trabalho acrescenta como objetivo o desenvolvimento do senso crítico que leva o
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aluno a refletir sobre o que lê, a penetrar a profundidade do texto, a utilizar seu
conhecimento de mundo e, principalmente, a tirar suas próprias conclusões para a
construção do seu conhecimento.
2. LEITURA: CONCEPÇÃO E IMPORTÂNCIA
Para iniciar a abordagem desse tema torna-se necessário realizar um estudo sobre
as concepções de leitura que permeiam o processo de fabricação de um leitor
consciente. Durante muito tempo a leitura esteve associada a uma concepção
estruturalista, em que era vista como mera decodificação de fonemas, ao mesmo tempo
em que a escrita era apenas a transcrição dos símbolos gráficos dos mesmos fonemas.
Por isso o que se escrevia deveria ter apenas um sentido, o que queria dizer o autor. Não
havia espaço para o dialogismo, um processo de interação, como proposto por Bakhtin
(1997)
Com o inicio dos estudos dialéticos, a leitura passa a ser vista como um suporte
propício para o dialogismo entre autor e leitor, revelando uma nova visão extremamente
rica, abrindo espaço para a subjetividade para a expansão da criatividade, incentivando a
leitura coletiva e, consequentemente, a interação entre os homens.
A escrita tem importância para a sociedade ao ser representante esquemático da
língua, mas ela não carrega tantos significados como a leitura, que é
preponderantemente um trabalho de ressignificação e não um trabalho de pura
decodificação. Ao escrever pensa-se em um significado já definido de acordo com o que
se quer com o texto; diferentemente ao ler, o sujeito leitor traz para este ato sua própria
existência e dá significados novos ao que foi lido. Quanto mais experiências viver o
leitor e quanto mais gêneros lingüísticos ele conhecer, mais poderá usufruir da leitura.
Está correta Lajolo, quando diz:
Ler não é decifrar, como num jogo de adivinhações, o sentido de um
texto. É a partir do texto, ser capaz de atribuir-lhe significação,
conseguir relacioná-lo a todos os outros textos significativos para cada
um, reconhecer nele o tipo de leitura que o autor pretendia e, dono da
própria vontade, entregar-se
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