O Crime do Padre Amaro
Por: IzabelaMonteiro • 28/8/2015 • Resenha • 775 Palavras (4 Páginas) • 504 Visualizações
O Crime do Padre Amaro
Eça de Queirós
Resumo
Amaro fica órfão de mãe ainda criança, passando a morar com a senhora Marquesa de Alegro, ultima patroa de sua mãe e suas duas filhas, onde viviam sobre uma grande preponderância católica e presença constante do padre Liest. Após a morte da senhora Marquesa, Amaro sente-se obrigado a cumprir o desejo da senhora, desejo este em que amaro se tornaria padre quando crescesse. Para isso, seu tio coloca-o para frequentar aulas de latim. Sem nenhuma vocação, planejava fugas e passava a noite delirando por mulheres.
Ao formar-se, Amaro volta a Lisboa onde o conde, marido de Luisa, uma das filhas da finada Marquesa, arruma-o uma paroquia em Leira, aonde Amaro vai pra lá afim exercer como sacerdote. Em contato com Cônego Dias, conseguiu alugar um quarto na casa de Dona Joaneira e sua filha Amélia, lá suas noites eram agradáveis com os padres Natario e Brito e alguns beatas.
Amélia era umas das mais famosas raparigas em Leira. Quando adolescente, se apaixonou por Agostinho, que logo se fez casado para a tristeza da moça. Já morando em Leira, João Eduardo se apaixona por Amélia, no começo demostrava interessada, mas depois não passa de um pretendente insistente.
Depois de um tempo, Amaro e Amélia despertam uma paixão um no outro. Diante disso, João Eduardo enciumado e secretamente trabalhando como jornalista publicou um artigo julgando as atitudes dos padres com quem convivia no alojamento de D. Joaneira, após a publicação padre Brito foi transferido e boatos sobre a honestidade de Amélia com um padre sedutor começaram a surgir.
Padre Natário inconformado, não descansaria enquanto não descobrisse quem era o autor do artigo e arruinasse a vida de tal cavalheiro. João Eduardo, considerado um herói dentro do Jornal e fingindo não saber de nada, pede a mão de Amélia em casamento, afirmando acreditar na honra da moça.
Amélia ainda chocada com tamanho escândalo, não pensa duas vezes e aceita o pedido. Amaro inconformado com a espontânea frieza da moça passa a não mais frequentar a casa da mesma. Após um curto período, Padre Natário descobre que João Eduardo era o verdadeiro autor da publicação. Amaro fica sabendo e decide acabar com o casamento, afirmando que o rapaz não só fora o responsável por “sujar” a honra da moça, como também ela viveria um inferno casando-se com um pagão como ele.
João Eduardo buscou vingança, mas acabou aliviando-se em um desabafo com um amigo próximo. Amaro e Amélia voltam ao antigo relacionamento. Tudo ia se bem até a moça engravidar, logo a primeira coisa que se passa pela cabeça de Amaro era casar a moça com João Eduardo, que inicialmente não gostou da ideia até outra surgir, aonde ela iria com a irmã de Conêgo para Ricoça, cidade calma, para conceber a criança que depois seria entregue a uma ama e a moribunda a serviria de auxílio, afinal queria agradar o Senhor em seus últimos dias.
Eis que chegou a hora do parto, Doutor Goudinho que já desconfiava da gravidez, faz o parto da moça. Nasce um menino e Amaro leva-o para entregá-lo a ama, Carlota, no entanto ela carregava a fama de que matava as crianças que lhe eram entregues, mas Amaro entregou o filho a ela, porém deixou claro que o queria vivo. Na mesma noite do nascimento, Amélia teve convulsões e Goudinho lutou durante toda a noite para mantê-la viva, não resistindo às consequências, morre.
Após receber a noticia que Amélia tinha morrido, decide levar o seu filho para outra ama, sendo tarde demais, pois chegando lá, seu filho estava morto. Diante da situação, Amaro volta a paroquia e escreve ao Cônego sobre a morte de ambos, partindo logo após para Lisboa, aonde iria assumir uma nova paroquia. Tempos depois, Amaro e Cônego se encontram em Lisboa e juntos conversam sobre a excelência de Portugal juntamente com o conde que arranjara a Amaro a paróquia de Leira.
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