Resenha Sobre Saúde Cuidado
Por: keila208 • 30/12/2021 • Resenha • 564 Palavras (3 Páginas) • 162 Visualizações
Nome: Raquel Sthefany Gonçalves de Oliveira
Curso: Graduação em Odontologia turma 93
Disciplina: Saúde Coletiva
Data: 13/12/2021
Resenha crítica: Processo saúde- doença
A constituição federal de 1988 declara que a saúde é um direito de todos e um dever do Estado. Entretanto, apesar de esse ser um direito garantido por lei, percebe-se que há uma lacuna no que tange a garantia desse bem. Segundo o artigo de Carlos Eduardo Colpo Batistella graduado em Odontologia e especialização em Saúde Pública, “A saúde não é objeto que se possa delimitar”, consoante, a ideia de um conceito “ampliado” de saúde, torna-se consenso entre os profissionais de Saúde Coletiva. O artigo de Carlos Batistella discorre sobre a linhagem histórica e como a abordagem saúde-doença vem sendo alterada e ampliada ao longo dos anos. Ademais, tais fatores se ressignificaram mediante ao conhecimento disponível em cada época. Durante o período paleolíticos as enfermidades que não podiam ser explicadas pelo resultado direto das atividades corriqueiras, eram explicadas pela ação de demônios e espíritos. Nesse viés, o pensamento mágico-religioso é o responsável inicial da prática médica onde os sacerdotes incas, xamãs, pajés, benzedeiras e curandeiras são os protagonistas no tocante a cura e erradicação do mal. Além disso, a visão mágico-religiosa ainda é muito viva na contemporaneidade uma vez que, ela percebida no uso de chás, recurso às rezas, benzedeiras, simpatias e ritos. Próximo as concepções mágico-religiosas, acendeu-se o apogeu da civilização grega, rompendo com superstições e contribuindo para uma visão mais racional no que tange a saúde e doença. Hipócrates contribuiu também para uma abordagem mais racional da medicina atribuindo como fatores responsáveis pela endemicidade local, o clima, o solo, a água, o modo de vida e nutrição. Desse modo, é nítido que o processo saúde-doença vem evoluindo e está em constante mudança.
Outrossim, a antropóloga Esther Jean Langdon em coparticipação com o cientista social Flávio Braune Wiik desenvolveu um artigo cujo objetivo foi expor uma reflexão sobre como a cultura interfere diretamente no comportamento dos indivíduos no tocante as noções e condutas análogas aos procedimentos de saúde e doença. Além disso, a introdução do artigo detalha assertivamente o conceito de cultura, apresentando que cada esfera cultural terá uma forma diferente de lidar com saúde e doença, a saber, as diferenças não são denominadas biologicamente, mas de forma sociocultural. É imprescindível destacar o cuidado dos autores ao nortear o texto salientando a importância do método etnográfico, colocando em evidência também, a imersão do pesquisador no campo sociocultural de cada grupo, em conjunto ao afastamento necessário, a fim de se evitar uma conduta etnocêntrica. Do mesmo modo, é nítido que o conceito de cultura é amplo e validar o que é ou não cultura é algo complexo, o artigo mostra que, quanto o que comer tanto o que não comer são determinados pela cultura, aponta também a diferença cultural no que tange o horário de refeições dos norte-americanos e brasileiros, sendo a refeição principal desses ao meio-dia e daqueles antes de dormir.
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