A RESENHA ÉTICA E RESPONSABILIDADE SOCIAL
Por: 040.964.549-40 • 20/6/2020 • Resenha • 1.350 Palavras (6 Páginas) • 329 Visualizações
RESENHA IBF
Nome: JULIANA ACOSTA DO PRADO - COD 308437
Curso: NEUROPSICOLOGIA E PROBLEMAS DE APRENDIZAGEM.
Disciplina: ÉTICA E RESPONSABILIDADE SOCIAL E PROFISSIONAL.
TÍTULO: ÉTICA E RESPONSABILIDADE SOCIAL
Descrição da Obra: Trata-se de Resenha e análise crítica do texto: Ética e Responsabilidade social, a autoria do professor Mestre Oswaldo Oliveira Santos Junior, no qual ele aborda aplicações teóricas, conceitos e histórico concernentes à responsabilidade social empresarial e a relação com a ética social.
Introdução: O alvo norteador deste trabalho é a elaboração de uma resenha e análise crítica sobre o texto: Ética e Responsabilidade social, do professor Oswaldo Oliveira Santos Junior.
A análise se desenvolverá sob a ótica subjetiva levando-se em consideração os aspectos abordados no texto em processo com o que foi apresentado nas vídeo aulas, de forma que respeitando as consistência
as da pesquisa apresentada pelo o professor, possa-se a chegar a uma conclusão que apontam aspectos positivos e negativos.
O autor aborda, no texto, os aspectos centrais concernentes à discussão sobre a Responsabilidade Social Empresarial e sua interface com a ética. Apresenta e discorre sobre conceitos elementares da ética e sua configuração filosófica e histórica, bem como os pressupostos da responsabilidade social empresarial, procurando situá-la no marco histórico nos anos 1990, momento em que a sociedade brasileira experimentava os avanços políticos de cunho neoliberais. Mais uma característica deste texto é sua abordagem e análise da sociedade capitalista e as contradições oriundas deste sistema em sua relação com os pressupostos da ética e da responsabilidade social empresarial.
Análise da obra:
Ética, como definição pode ser considerada a parte da Filosofia que estuda princípios ideais e valores morais da conduta humana, já a moralidade condecora-se de acordo com as regras morais do grupo social em que se vive. O professor Oswaldo preleciona que a preocupação com os valores morais e os princípios éticos deve ser uma constante para que se estabeleçam critérios e parâmetros adequados ás atividades empresariais. Preliminarmente, o autor conceitua a Responsabilidade Social e Empresarial (SER) como uma modalidade de atuação das empresas que se apresentam como comprometidas com o fortalecimento econômico e social do país e situa este movimento, no Brasil, no contexto do avanço das políticas neoliberais dos anos 1990.
Contemporaneamente, as organizações deveriam focar, não apenas, em suas relações legais e econômicas, e principalmente no desenvolvimento de suas responsabilidades éticas, morais e sociais. Em uma abordagem histórica, extrai-se do texto uma demonstração clara de que as grandes transformações sociais acontecidas na humanidade, apenas foram possíveis diante da ação de grupos comprometidos com valores éticos e motivados pela utopia da justiça social, grupos estes, que continuam atuando e propagando seu conhecimento de forma responsável e criativa, fazendo a diferença na sociedade de hoje. A variedade de vertentes e possibilidades de interpretação que este conceito de SER pode induzir é ampla, interpretações estas, muitas vezes contraditórias e ambíguas, pois se por uma lado nos leva ao incentivo de uma prática corporativa ética e socialmente responsável, de outro vértice, vemos sua aplicação como estratégia de mercado, objetivando agregar benefícios ás organizações que dela se utilizam, tornando-a uma moeda que soma valor e prestígio às empresas e instituições que se valem deste emblemático título. A Responsabilidade Social que se deve buscar é aquela que se apresenta como uma ferramenta de transformação plena e correção das desigualdades sociais, verdadeiras rupturas com práticas repetitivas que expropriam as riquezas matérias e imateriais do ser humano. Nesse sentido, sabe-se que as empresas não possuem valores éticos e humanos, em razão da sua condição de pessoa jurídica, esses valores vem das pessoas que as dirigem, o que nos leva a perceber, em muitas empresas a aplicação de valores éticos opostos aos que se deseja para alcançar uma sociedade justa e igualitária e é aqui que entra o verdadeiro papel da ética enquanto ciência, não como um conjunto pré-estabelecido de regras para convivência em sociedade, mas como toda a busca visando tornar o espaço e a convivência humana possíveis, ou seja, um mundo como lugar para todas as pessoas, indistintamente. Isto deverá ser construído pela sociedade em permanente diálogo. Sem diálogo não existe a possibilidade da vida ética, pois exige uma reflexão partilhada e não imposta. Voltando-se o foco para a questão filosófica que cerca a existência ou não de uma ética empresarial, percebemos que para essa existência seja válida temos que considera-la fruto das ações das pessoas que compõem uma determinada organização, seus conceitos, vivenciais e valores nortearão suas tomadas de decisão e estas, por sua vez se refletirão de forma construtiva ou não na sociedade em que se encontram inseridas. Importante salientar, que estes valores de cada sociedade, não são de forma alguma, absolutos ou padronizados, mas variáveis conforme a cultura e o momento histórico e político de cada sociedade, senão, vejamos há aquelas para as quais o que se almeja são valores de justiça e verdade, em outras, o valor está no dinheiro e lucro, para outras, ainda, na justiça social. O fato é que, em razão de tal diversidade de pensamentos e posicionamentos, os valores muitas vezes entram em crise na sociedade, até por que, são compartilhados e construídos ao longo do tempo em instituições que formam a base de cada sociedade, família, escola e religião, para exemplificar. Assim, se faz necessário que estes valores sejam reafirmados e fortalecidos constantemente sob pena de serem abandonados e substituídos por outros menos adequados. No momento em que se verifica a presença de uma crise de valores, a sociedade em questão, precisa refletir e retomar os pressupostos da ética, quer seja, da busca para tornar o espaço e a convivência humana possível, ou seja, um mundo como lugar para todas as pessoas. Neste sentido, a ética busca realizar plenamente a convivência entre os seres humanos. É importante que se diga, uma correlação bastante estreita entre práticas sociais, morais, éticas e cidadania. O conceito de cidadania compreende, o exercícios pleno de três níveis de direitos civis, políticos e sociais, sem que se análise os processos históricos das lutas populares que culminaram no alargamento dos direitos dos indivíduos e na ampliação da consciência do direito de ter direito. Há que se aponta ainda, o entrelaço permanente entre a ética pessoal e profissional, que por sua unicidade, vez que a construção ética em cada indivíduo é a resultante de seus valores e ações e estes se estendem e se aplicam no dia a dia de cada um, despiciendo se falar em uma ética profissional, visto que a ética engloba todas as ações e relações do ser humano. Entretanto, o exercício de uma conduta ética nas relações corporativas implica no agir com foco na responsabilidade profissional, de forma a se conciliar os conflitos gerados pela ação social da empresa com os desejos das pessoas a ela ligadas direta e indiretamente.
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