Acidente Construção Civil
Por: Jessica Lino • 3/12/2018 • Projeto de pesquisa • 1.689 Palavras (7 Páginas) • 267 Visualizações
INTRODUÇÃO
A construção civil é uma das atividades de maior relevância econômica no Brasil. Todas as cidades no país possuem obras, na tentativa de garantir investimentos e melhorias para os moradores.
Com o grande numero de pessoas envolvidas nessa multiplicação de construções, o número de acidentes na construção civil aumentou e colocam em risco a saúde e integridade física dos trabalhadores.
A pressa, a utilização de materiais inferiores, a imprudência e a falta de planejamento transformam o ambiente da construção civil em uma constante plataforma de riscos e acidentes de trabalho. Alguns fatores como falta de mão de obra e qualificação, treinamentos ou a não utilização de equipamentos de segurança contribuem ainda mais, para o aumento das ameaças à equipe.
Dentre as principais causas de acidentes na construção civil, destacaremos agora um acidente dentre outros acontecidos no país na preparação das obras onde o Brasil seria sede da copa do mundo, a falta de planejamento acarretou em um grande atraso nas obras, com isso gerando um grande risco de acidentes.
Um dos vários acidentes ocorridos está o que aconteceu na arena Corinthians, que seria palco da abertura do mundial em 12 de Junho de 2014, onde um guindaste caiu sobre parte do estádio, levando a óbito dois operários. Somente após o acidente questões sobre segurança e horas extras de trabalhadores foram levantadas.
ACIDENTE
Em 24 de Novembro de 2013 por volta das 12:50, o guindaste que realizava um trabalho ao lado de fora do estádio Itaquerão tombou e atingiu parte da estrutura das arquibancadas e um caminhão que estava parado no local, deixando mortos dois operários que estavam no local. Após investigações o laudo emitido pelo Instituto de Pesquisas de São Paulo (IPT) sobre o acidente apontou que a causa seria uma ruptura de um duto de 1,20 m de diâmetro e que no momento do desastre estava erguendo uma peça de 420 toneladas quando o solo afundou e houve sobrecarga de peso na parte esquerda do guindaste. Na sequência, ocorreu uma inclinação maior que o suportado pelo equipamento, que acabou causando a queda. Morreram dois funcionários terceirizados da Odebrecht (empresa encarregada pelas obras).
DESCRIÇÃO DO EQUIPAMENTO USADO QUE OCASIONOU O ACIDENTE
O guindaste sobre esteiras LR 11350 fixa marcos na classe de guindastes acima de 1000 toneladas. Ele oferece destacadas capacidades de carga ao longo de toda faixa operacional. O princípio de construção possibilita o transporte econômico e simples dos componentes do guindaste e rápidos tempos de montagem. O motor diesel, a hidráulica, a elétrica e a cabina do guindaste são transportados como unidade completa. Com diversos sistemas de lança, o LR 11350 também é utilizável de forma flexível com ou sem sistema Derrick. Elevados padrões de segurança e conforto de operação complementam seu espectro de capacidades.
Capacidade máxima de carga no alcance | 1.350 t num raio de 12 m |
Momento máx. de carga | 22.748 tm |
Lança principal | 30 m - 150 m |
Jib treliçado | 12 m - 114 m |
Lança Derrick | 42 m |
Plataforma giratória / Lastro central | 340 t/30 t |
Lastro Derrick | 660 t |
Potência do motor | 641 kW |
Velocidade de trânsito | 0 - 1,08 km/h |
Contrapeso total | 990 t |
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AS NORMAS TECNICAS PARA A OPERAÇÃO SEGURA DE GUINDASTE
A Indústria da construção civil sofre com o numero elevado de acidente com guindastes, os quais quase sempre incidem em altos custos relacionados às vidas e danos à propriedade. Infelizmente, estes acidentes são o reflexo de más decisões tomadas por gerentes ou operadores de guindastes, E o que pode ser feito para eliminar as más decisões que levam a estes trágicos, caros e evitáveis acidentes? Muitos simplesmente culpam o operador depois que um acidente acontece, mas ele é apenas a ponta do iceberg, pois as grandes causas estão imersas nos processos de gestão das empresas. As responsabilidades nas operações com guindaste podem estar nas operações com o guindaste, podem estar no operador do guindaste, no cliente e na diretoria operacional/gerenciamento do proprietário do guindaste.
No caso da diretoria ou gerência operacional do proprietário do equipamento, a sua responsabilidade é assegurar que seus empregados (no caso os operadores e demais envolvidos na operação) estejam em uma condição física e mental perfeitas, bem como atualizados nas novas tecnologias encontradas nos guindastes modernos. É sua responsabilidade também entre outras: Fornecer acessórios em perfeito estado que devem ser certificados. Isto é obtido, quando a empresa locadora do guindaste possui um sistema de gerenciamento da qualidade implantado, porque no decorrer da tarefa não adianta ter parte de algo, necessita-se ter um todo.
Uma empresa que tenha realmente implantado um sistema de gerenciamento da qualidade, vai assegurar tudo isso e algo a mais.
Outro problema seria o cliente, o qual por não possuir um departamento de gerenciamento da qualidade compra qualquer coisa, tendo muitas vezes como único sentido, o preço. Como não trabalha com qualidade, não tem gente treinada nem preparada na obra para solicitar os serviços e cobrar ações corretas e seguras dos operadores. Pelo contrário, usam o jargão: eu sou o cliente, eu estou pagando, faça o que eu mando! Se for juntados os dois casos em que se tem o operador despreparado e este local de trabalho, pode acontecer um acidente.
Importante dizer que o operador, muitas vezes, é o menos culpado: por despreparo, ignorância técnica, medo de perder o emprego, pressão ou até mesmo arrogância são motivos pelos quais acidentes são causados por eles. Afinal ele é a ponta do iceberg, o comando está na sua mão. O fato é que há acidentes demais na construção em geral, muitos deles poderiam ser evitados se más decisões fossem evitadas. Pessoas e empresas responsáveis pelo uso de guindastes têm que ter conhecimento do equipamento e isto pode ser pela contratação de uma consultoria especializada ou por treinamento.
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