Análise da eficiência energética, ambiental e econômica entre lâmpadas de LED e convencionais

No artigo que escolhemos foram realizados testes de verificação do fluxo luminoso e eficiência energética, além de análise ambiental das lâmpadas domésticas e os resultados obtidos comprovaram o potencial da tecnologia LED em relação às demais.

Grande parte da energia elétrica do Brasil é proveniente de usinas hidrelétricas, as quais dependem de um recurso natural finito para geração de energia, tornando assim a redução do consumo energético algo muito importante para a preservação deste recurso.

Sabendo que o consumo com iluminação artificial é uma parte significante para o consumo total de energia de um país, percebe-se que a substituição de lâmpadas ineficientes por lâmpadas eficientes é uma boa maneira de reduzir o consumo de energia.

Quanto aos aspectos ambientais

O uso de Mercúrio em lâmpadas fluorescentes é essencial para que elas funcionem corretamente, mas sua concentração não deve exceder os 5 mg por lâmpada e as lâmpadas incandescentes e as LED’s não apresentam esta característica. Ainda assim, certa quantidade de Mercúrio é utilizada e isso pode representar um risco de contaminação ao ambiente.

Os piores casos ocorrem quando há acúmulo das lâmpadas fluorescentes quebradas. Nestes casos, o elemento liberado pode destruir a camada protetora de ozônio na atmosfera, contaminar corpos hídricos superficiais ou águas subterrâneas e acumular-se nos biomas.

O mercúrio pode afetar todos os grupos de organismos e Ecossistemas, sendo um risco eminente à saúde humana. Há relatos na literatura sobre casos de Alzheimer, Parkinson e mortalidade infantil relacionados à exposição à contaminação ambiental por mercúrio.

Outro problema é a reciclagem das lâmpadas fluorescentes, onde apenas 20% podem ser recicladas.

E por fim tem a questão já comentada do consumo e aproveitamento da energia. A lâmpada incandescente tem maior impacto ambiental comparado com as lâmpadas fluorescente e LED devido à baixa eficiência e a alta quantidade de energia requerida para produzir luz, o que aumenta as chances de desperdício de matéria no ambiente na forma de energia.

Enquanto uma lâmpada tradicional incandescente tem 60w, o equivalente em uma fluorescente seria de 15w ou 18w, já a de led necessita só de 8w.

Metodologia

O estudo foi dividido em duas fases. Na primeira fase, os testes foram iniciados no dia 11 de junho e finalizados em 14 de junho de 2012. A segunda fase ocorreu no dia 17 de agosto de 2012.

A escolha das lâmpadas a serem testadas foi realizada com base em sua equivalência de potência.

As lâmpadas foram ligadas a rede elétrica para medição do consumo energético de cada uma utilizando-se um medidor de consumo Intertek, o qual é capaz de medir: consumo em kWh, voltagem e amperagem.

Estabeleceu-se que, durante o período em que se realizaram as medi- ções, as lâmpadas permaneceram ligadas por um período de 24 horas seguidas, sem interrupções. Neste período os dados de medição foram coletados.

Figuras 1, 2, 3 e 4

Na segunda fase dos estudos, a eficiência das lâmpadas foi verifi- cada por meio do fluxo Luminoso.

Na primeira etapa da segunda fase do trabalho, foi testada a lâmpada incandescente e a mesma foi ligada à energia e fixada na tampa superior de uma caixa de madeira, utilizada para padronizar a área de dimensionamento da iluminância.

Um luxímetro foi posicionado sob a lâmpada a fim de medir o fluxo luminoso da mesma. Figura 5

Posteriormente, o luxímetro foi posicionado abaixo da lâmpada fluorescente, da mesma forma que o teste anterior. Figura 6

Por fim o teste também foi realizado com a lâmpada de LED. Figura 7

O dimensionamento do fluxo luminoso é rápido, e em instantes o resultado já aparece no visor o luxímetro.

Resultados e discussão

Ao final do período de avaliação, observou-se que a lâmpada de LED confirmou seu padrão de consumo, ou seja, foi mais econômica quando comparada com as lâmpadas incandescente e fluorescente. Observou-se que ela foi capaz de usar apenas 6,65% de kWh em relação à uma lâmpada incandescente, ou seja, uma economia de 93,35%, sendo que observou-se que a lâmpada LED utilizou 82% menos energia elétrica que uma lâmpada incandescente e 28,36% em relação à uma lâmpada fluorescente, resultando uma economia de 71,64% durante o período avaliado.