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Análise do conto: O Espelhado - autor Machado de Assis

Por:   •  12/4/2018  •  Trabalho acadêmico  •  1.197 Palavras (5 Páginas)  •  354 Visualizações

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PARANÁ

UNIDADE PARANÁGUA

LICENCIATURA EM LETRAS- PORTUGUÊS

Nome: Leticia Yuri Kodaira Costa

Disciplina: Teoria da Literatura

Docente: Prof. Dr. Dário Ferreira Sousa Neto

Data: 05/09/2017

1° Ano de Letras Português

Análise do conto "O Espelho" do autor Machado de Assis

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        "O Espelho", é um conto escrito por Machado de Assis, onde originalmente foi publicado na Gazeta de Notícias no ano de 1882 e no mesmo ano no livro Papéis Avulsos. Nesse conto Machado de Assis deixa de lado a fase de escrever romances e busca entender o pensamento e as motivações humanas, por isso o conto tem o subtítulo de "Esboço de uma nova teoria da alma humana"

        O enredo do conto irá tratar da história de Jacobina, um homem que não discutia nunca, como dito logo no início do conto e o argumento que ele usava para justificar o ato de não discutir era que a discussão era a forma mais polida do instinto batalhados que há no homem, e por isso evitava. Porém, em uma noite onde quatro amigos de Jacobina estão conversando sobre coisas metafísicas, é pedida a opinião de Jacobina sobre o assunto, ele muda de assunto  e narra um ocorrido em sua vida. Jacobina diz que cada criatura tem duas almas, uma irá olhar de dentro para fora e a outra de fora para dentro, diz também, que a alma exterior pode ser de um espírito até muitos homens, pode ser objetos também como um livro, um tambor, um botão de uma camisa, e essa alma também transmitirá a vida e completará o homem.

        Jacobina irá narrar um fato que ocorreu quando tinha vinte e cinco anos de idade, e era um homem pobre, e fora nomeado alferes da Guarda Nacional. E devido a nomeação passou a ser elogiado, mimado, bajulado etc., por seus amigos e familiares, que passaram a chamá-lo apenas de "alferes", e não mais de "Joãozinho" como era chamado antes do fato.

        Certo dia, Jacobina é convidado a passar um mês no casa de sua tia Marcolina (viúva e que morava em um sítio longe e solitário) que havia ficado muito contente com a nomeação do sobrinho. Jacobina aceitou o convite e foi recebido com muita cortesia pela tia, pelo cunhado de sua tia,  e pelos escravos. A todo momento era chamado de "Senhor alferes", era cuidado, recebia elogios e até um presente que ganhou de sua tia, um espelho, uma obra rica e magnífica, que foi posto no quarto em que estava dormindo.

        Jacobina já não era mais o mesmo, passou a se ver apenas como alferes, o novo carga tomou conta da própria imagem que Jacobina tinha de si, e começa a ver a vida como se ela dependesse apenas de seu cargo e tudo relacionado ao "Joãozinho" perde o sentido, "o alferes eliminou o homem".

        Em um momento, sua tia Marcolina é levada a deixar o sítio sob os cuidados de Jacobina, pois uma de suas filhas estava á beira da morte. Então Jacobina fica apenas com os escravos em sua companhia, que mais tarde resolvem fugir, sentenciando Jacobina a passar semanas sozinho, onde ele entra em conflito consigo, pois não há mais mimos, elogios, apenas solidão, e os únicos momentos que eram bons , era quando estava dormindo, pois a sua alma exterior sumia e deixava atuar a alma interior, assim ele sonhava com mais títulos.

        O título de alferes fez esquecer quem ele realmente era. Então ao se olhar no espelho Jacobina não vê sua aparência nítida, era como se ele visse uma sombra, ele teve medo, angústia. Logo depois ele se lembra de vestir sua farda, que havia levado a pedido de sua tia, e para sua surpresa, ele enxergou uma imagem clara e nítida de si mesmo.

        O conto tem início  em terceira pessoa onde narra-se a conversa de um grupo de amigos como no trecho: " Quatro amigos debatiam, uma noite, várias questões de alta transcendência, sem que a disparidade dos votos trouxesse a menor alteração aos espíritos". Porém, quando Jacobina passa a contar a ocorrido co conto passa a ser narrado na primeira pessoa: " Tinha vinte e cinso anos, era pobre, e acabava de ser nomeado alferes da Guarda Nacional" , e em alguns momentos era interrompido pelas perguntas de seus amigos.

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