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As Políticas educacionais tiveram nas últimas décadas

Por:   •  16/10/2015  •  Artigo  •  668 Palavras (3 Páginas)  •  150 Visualizações

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As políticas educacionais tiveram nas últimas décadas, o objetivo de expansão da escolarização básica. Essas políticas revelaram um movimento contraditório, uma vez que democratizaram o acesso à escola ao custo da massificação do ensino. Algumas pesquisas realizadas têm demonstrado que a incorporação de novos setores sociais à educação, com restrição de recursos, trouxe profundas consequências no desenvolvimento posterior dos sistemas educativos, com efeitos diretos sobre as condições de trabalho e as remunerações dos professores. Essas políticas vieram por meio de reformas do capitalismo que, na realidade, resultaram em reformas ao nível do Estado, alterando as relações entre Estado e sociedade.                                                Os desencontros entre sociedade e Estado poderiam ser explicados pelas muitas crises, golpes de Estado, ditaduras e interrupções de experiências democráticas que assinalam a separação entre as diferenças da sociedade civil e as do Estado. Até agora não se formou o povo como coletividade de cidadãos; como o operário, camponês, empregado e outras categorias, muitas vezes como índio, negro ou branco (pobre), não ingressaram de forma ampla nos espaços da cidadania.                                                                         A oferta pública de educação gerou processos de separação dentro dos sistemas públicos. Isso fez com que surgisse um espaço entre a comunicação dos diferentes setores incorporados à educação, como por exemplo, os setores emergentes. E isso por sua vez levou a uma retirada das chamadas “elites”. Negando assim, desde o princípio, espaços comuns de socialização àqueles que passavam a ter acesso à escola.                                                                Na sociedade capitalista, a escola é determinada pela economia e pela política, isto é, a escola reproduz em seu interior as relações sociais capitalistas por intermédio de sua própria organização, pois “a escola é um local de trabalho capitalista e algumas de suas características se explicam diretamente por este fato”. (SILVA, 1993)                                                         Conforme afirma FRANCO (1991), “a escola, em verdade, desempenha um papel importante no sentido de formar (aprimorar) a força de trabalho, ratificar as desigualdades sociais, inculcar a ideologia dominante, ou seja, no sentido de difundir crenças, ideias, valores, etc., compatíveis com a ordem social vigente.” Neste sentido, podemos afirmar que ao mesmo tempo que a escola é determinada, pode ser determinante, pois, se de um lado contribui para a reprodução da sociedade capitalista, por outro lado, mesmo dentro das limitações das condições econômicas e da tentativa de controle de suas ações por parte dos detentores do monopólio, do poder e do Estado, pode e tem condições, por intermédio de sua função de instrumentalizar a classe trabalhadora com o conhecimento científico, histórico e social, até porque “não é o Estado nem a classe dominante que fazem concretamente a escola.” (NOSELLA, 1987)

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