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Aspectos Da Educação Especial

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Por:   •  7/1/2015  •  3.613 Palavras (15 Páginas)  •  1.218 Visualizações

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FICHAMENTO

Aspectos históricos da apreensão e da educação dos considerados deficientes

Lucídio Bianchetti

P. 23

“Tese 1: No decorrer da história da humanidade, a forma como os homens e as mulheres tratam e continuam tratando o corpo revestiu-se e reveste-se de uma quase total irracionalidade.”

“Tese 2: esta irracionalidade revela-se numa certa padronização, estabelecida por diferentes critérios em diferentes momentos da história.”

P. 24

“Tese 3: só poderemos entender a história da humanidade se conseguirmos apreender como, nos diferentes momentos históricos, os homens foram atendendo suas necessidades básicas, isto é, como foram construindo sua existência.”

P.25

[...], “a explicitação da essencial diferença entre a forma como historicamente os homens e as mulheres e os outros animais constroem a existência fundamental em que permite se diferencie aquilo que é considerado “natural” do socialmente construído, bem como da atuação consciente, decidida, daquela institiva: [...]”

Manifestações o chamado mundo primitivo

P. 26

Tese 4: “A diferença e a conseqüente criação da necessidade de educação para os portadores dessa diferença só podem ser entendidas como uma produção histórica de um determinado período.[...], a diferença só será compreendida se inserida no amplo aspecto do processo histórico de como os homens e as mulheres vieram atendendo a suas necessidades básicas e, por decorrência, como vieram construindo sua existência.”

P. 27

[...] “No afã histórico de construir sua existência, os indivíduos, como afirma Marx (1977, p. 24), vão estabelecendo relações “... determinadas, necessárias independentes da sua vontade, relações de produção, que correspondem a um determinado grau de desenvolvimento das forças produtivas materiais”.

P. 28

“È evidente que alguém que não se enquadra no padrão social e historicamente considerado normal, quer seja decorrente do seu processo de concepção e nascimento ou impingindo na luta pela sobrevivência, acaba se tornando um empecilho, um peso morto, fato que o leva a ser relegado , abandonado, sem que isso cause os chamados sentimentos de culpa característicos da nossa fase histórica.”

A apreensão da diferença no período escravista

“Na sociedade grega, com seus desdobramentos sociais, onde um de seus estratos, os escravos, garantia a infra-estrutura necessária para que os homens livres praticassem o ócio, definido por Platão como o “estar livre da necessidade de estar ocupado” (Carmo 1992, p. 19), ironicamente, pela primeira vez os homens começam a ter a possibilidade concreta de pensar de forma sistematizada.”

P. 29

“[...] Na medida em que esses gregos se dedicavam predominantemente á guerra, valorizando a ginástica, a dança, a estética, a perfeição o corpo, a beleza e a força acabaram se transformando num grande objetivo. Se, ao nascer, a criança apresentasse qualquer manifestação que pudesse atentar contra o ideal prevalecente, era eliminada. [...]”

“Quanto a sociedade espartana, deve-se ressaltar um detalhe: entre as sociedades patriarcais, nenhuma valorizou tanto a mulher como essa: partia-se da convicção de que a mulher bela e forte era a precondição para gerar guerreiro, esse paradigma, predominantemente, foi adotado por Roma em séculos posteriores.”

“Outro paradigma é o ateniense. A preferência pela agitada vida da polis, a filosofia, a retórica, a boa argumentação, a contemplação vão moldar uma concepção de corpo e de sociedade. [...]”

A apreensão da diferença no período feudal

“O indivíduo que não se enquadra no padrão considerado normal ganha o direito á vida, porém, passa a ser estigmatizado, pois, para o moralismo cristão/ católico, a diferença passa a ser um sinônimo de pecado.”

P. 31

“Á medida que a Idade Média avança, a relação da diferença física com o pecado ou perversidade é algo que vai recrudescendo, embora a origem dessa concepção remonte há muito tempo antes,[...]”

P. 33

A apreensão da diferença no modo de produção capitalista

“A transição do feudalismo ao capitalismo vai trazer mudanças profundas que vão repercutir em todas as direções e esferas sociais.”

P. 34

[...], nenhuma classe social, e muito menos a burguesia, passa de dominante á hegemônica se não conseguir se apossar de todos os aparatos que compõem uma sociedade e lhe dar sua direção. É assim que, a partir do século XVI, a burguesia, como classe em processo de hegemonia, vai permeabilizar e impregnar tudo o que a cerca com o seu ideário, batizado de liberalismo.

P. 35

“[...] O que vai ficando claro na práxis dos homens e das mulheres é que o teocentrismo vai cedendo espaço ao antropocentrismo porém, devemos lembrar que a Igreja Católica e a nobreza não saíram de cena gratuita e facilmente.[...], os homens e as a mulheres passam para o centro do palco, procurando escrever, encenar e dirigir o processo de construção da sua existência, não aceitando mais o papel de meros figurantes.”

[...]

[...]. “O experimentalismo e o indutivismo ganham espaço com a nova forma de produzir conhecimento científico, transformando-se no seu principal caminho ( método).”

P. 36

[...], “se na idade média a diferença estava associada a pecado, agora passa a ser relacionada á disfuncionalidade.”

P. 37

“nada está no intelecto que antes não tenha estado nos sentidos”- da tabula rasa, que no fundo é a idéia de igualdade, um dos cincos pilares do liberalismo consagrado pela revolução Francesa, que são: individualismo, liberdade, propriedade e democracia, somando á igualdade.”

P. 38

“Dentre os princípios do taylorismo, o mais destacado é aquele que determina a separação entre planejamento, excussão e avaliação, traduzindo na fórmula: tudo o que se relaciona ao planejamento é função do

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