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Ações que integrem ainda mais o psicólogo nos serviços de saúde

Por:   •  20/6/2015  •  Dissertação  •  1.854 Palavras (8 Páginas)  •  145 Visualizações

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 Ações que integrem ainda mais o psicólogo nos serviços de saúde

e no contexto hospitalar.

A inserção do Psicólogo na área da atenção primária tem contribuído muito considerando a dificuldade de atuação e da promoção à saúde nas ações coletivas.

O foco dos profissionais de Psicologia de antigamente era para o individual, não trabalhavam em hospitais, só em clínicas, a realidade hoje é diferente as ampliações são através de ações que profissionais vem realizando e isso está abrindo  portas para esse atendimento coletivo.                          

 Para a promoção de profissionais de Psicologia é necessário que este profissional esteja disposto a trabalhar em equipe, utilizando ações coletivas nas unidades de saúde, trabalhando não só com os indivíduos em questão como também com a ajuda de outros profissionais e estar preparados profissionalmente para exercer essa atuação. O foco dos profissionais de Psicologia de antigamente era para o individual, não trabalhavam em hospitais, só em clínicas, a realidade hoje é diferente as ampliações são através de ações que profissionais vem realizando e isso está abrindo  portas para esse atendimento coletivo.                          

 A Psicologia como profissão no Brasil é recente. Foi regulamentada na década de 1960, e somente atuava nas áreas clínica, escolar, industrial e o magistério, com o passar do tempo essas áreas foram se ampliando. Em 1980 foi criado oficialmente o cargo dos Psicólogos em unidades públicas de saúde, devido à atuação do Psicólogo não ser mais voltada apenas para o atendimento individual, como clínicas aos poucos se tornando coletivo. Foram inúmeras as dificuldades dessa inserção e atuação dos psicólogos nos serviços públicos de saúde. Entre elas está a formação do profissional, isso porque muitos cursos de Psicologia continuam centrados no ensino de técnicas psicoterápicas, nos modelos tradicionais da clínica, nos atendimentos individuais. “Os currículos espelham e produzem um modelo hegemônico de atuação profissional da Psicologia e definições extremamente limitadas do que seja atuar na Saúde Pública, sendo a graduação, muitas vezes, insuficiente [...]” (RUTSATZ; CAMARA, 2006,p. 60). Como resultado, esses cursos acabam formando profissionais despreparados para atuar nesses setor. Esse pouco preparo acarretou, em seus primeiros anos, a transposição pura e simples desses modelos tradicionais aprendidos durante a graduação para o setor público, independentemente dos objetivos e da população nele atendida, gerando uma prática inadequada, descontextualizada (SILVA, 1992; DIMENSTEIN, 1998, 1999; BERNARDES, 2006) e desvinculada dos princípios do SUS.

Por fim, percebesse-se que, apesar das dificuldades ainda encontradas quanto à formação e atuação dos profissionais psicólogos na saúde pública, em especial das UBS, essas não impedem a inovadoras práticas coletivas.

Quanto à atuação dos psicólogos nas ações de promoção à saúde, os dados demonstram que os profissionais têm atuado em práticas coletivas e promotoras de saúde, apontando para uma mudança na prática desse profissional que anteriormente se restringia à clínica psicológica tradicional voltada para o atendimento individual (BASSANI; 1995;ANDRADE, 2007).

A prática de promoção à saúde necessita de ações com foco na mudança dos estilos de vida e com o objetivo atividade voltadas ao coletivo e ambiente físico, social, político, econômico e cultural. Elas são realizadas principalmente nas unidades básicas de saúde (UBS), e, muitas vezes, os profissionais psicólogos participam dessas ações.    

Através de pesquisas foi constatado diferenciação conceitual entre ações de promoção à saúde e prevenção de doenças. Mostraram também que os psicólogos das UBS de um dos municípios têm atuado em práticas coletivas e promotoras de saúde, o que representa uma mudança na prática desses profissionais que, anteriormente, se restringia ao atendimento clínico individual. A ênfase do município em propostas de ações coletivas na área da saúde parece ter sido importante para impulsionar essa mudança.

Apesar de o Brasil ser considerado um país que oferece serviços e programas sociais. A busca pela transformação social tem sido constante, porém a realidade social ainda exige maiores estudos e recursos para se atinja um trabalho que possa oferecer resultados dignos em relação à sociedade.

Promover à saúde como as ações de prevenção de doenças é de suma importância nas  ações de saúde. Não se trata de hierarquizar ou excluí-las, no entanto é preciso clareza da diferença entre elas para que se possa avançar em sua construção, e, certamente, exercício da reflexão é o primeiro passo para mudanças das práticas em saúde (CZERESNIA, 2003).

Os estudos a respeito identificam que o entendimento entre as ações de caráter curativo e preventivo foram denominado erroneamente de ações de promoção à saúde Os resultados apresentados condizem com a literatura trazida pelos autores de que há um grande desafio na efetivação das ações de promoção à saúde com caráter coletivo e abrangente (CARVALHO, 2004; CZERESNIA, 2003; BUSS, 2000). Vale ainda salientar o “limite setorial” dessas demandas, justamente porque dizem respeito a carências das condições básicas de vida, não se restringem ao setor saúde. Mediante esse fato, pode-se apontar a necessidade de “trabalhos Inter setoriais” e da “mobilização da população”. A compreensão dessa realidade por parte dos entrevistados indicou um passo para sua problematização, fato que pode se desdobrar na busca de caminhos alternativos para ações mais amplas de promoção à saúde. No entanto, para uma avaliação mais aprofundada da realidade, faz-se necessário verificar, na prática, como essas ações vêm ocorrendo e qual o impacto que elas têm obtido junto à comunidade. Quanto à atuação dos psicólogos nas ações de promoção à saúde, os dados demonstram que os profissionais têm atuado em práticas coletivas e promotoras de saúde, apontando para uma mudança na prática desse profissional que anteriormente se restringia à clínica psicológica tradicional voltada para o atendimento individual (BASSANI; 1995ANDRADE, 2007). No entanto, pelo conjunto das dificuldades aponta para de respeito à falta de apoio institucional nos mostram que essa forma de trabalho ainda é tratada como “diferente do esperado”. Além disso, boa parte dos profissionais tem menos de dois anos de atuação. Dessa forma, cumpre acompanhar esse processo de mudança verificando sua pertinência como atividade reconhecida como prioritária na atenção primária do SUS. Os obstáculos são os que dizem respeito à formação e às dificuldades do trabalho interdisciplinar. E, como nos diz Andrade (2007, p. 38), esses obstáculos refletem a própria história da Psicologia e a sua inserção na saúde pública, marcada por práticas chamadas, normativas, com “valores acadêmicos disciplinares, externos e morais”. Vale resaltar que esses profissionais têm se mostrado comprometidos com a transformação das práticas e com o papel que desempenham nas UBS. Não ficando exclusivamente no lugar do saber especialista, ao contrário, lutam diariamente para desconstruir esse lugar, colocando-se como um facilitador nas atividades em que participam. Nesse sentido, buscam parcerias com outros profissionais. No entanto, não é um caminho facil a ser percorrido, principalmente no que diz respeito aos pacientes com transtornos mentais, vistos, pelos demais profissionais, como responsabilidade privativa dos psicólogos.

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