CRIANÇAS ABANDOBADAS NO BRASIL: UM PROBLEMA SOCIAL OU POLÍTICO?
Pesquisas Acadêmicas: CRIANÇAS ABANDOBADAS NO BRASIL: UM PROBLEMA SOCIAL OU POLÍTICO?. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: xyzk6162 • 4/10/2013 • 1.222 Palavras (5 Páginas) • 640 Visualizações
CRIANÇAS ABANDOBADAS NO BRASIL: UM PROBLEMA SOCIAL OU POLÍTICO?
SUMÁRIO
Resumo.....................................................................................................................3
INTRODUÇÃO...........................................................................................................4
DESENVOLVIMENTO................................................................................................5
CONCLUSÃO 7
REFERÊNCIAS 8
RESUMO
Este trabalho tem como objetivo compreender os elementos sociais e políticos envolvidos no processo de abandono de crianças no Brasil e buscar identificar a concepção de criança no
Enfoque Histórico-Cultural. Para dimensionar o significado dessa concepção,
buscou-se inicialmente identificar as políticas e os programas educacionais
voltados para a criança no Brasil desde o final do século XIX, com a educação
dirigida para as crianças das classes economicamente menos favorecidas. Essa
educação esteve apoiada em concepções marcadas pela assistência e o
protecionismo. A imposição, o autoritarismo e uma educação da subordinação
também marcaram as primeiras iniciativas de instituições dedicadas à criança
no Brasil, neste período. Durante o século XX até o presente, políticas
educacionais continuaram a preconizar uma concepção assistencialista. Na
primeira parte desta tese, buscamos identificar, de um modo geral, essas
práticas e políticas educativas orientadas para a criança pequena no Brasil com
o objetivo de identificar a concepção de criança que as subsidia. Num segundo
momento, buscamos os princípios que revelam a concepção de criança presente
no Enfoque Histórico-Cultural uma vez que este compreende o ser humano
como um ser histórico e cultural que apreende sua humanidade por meio de
sua atividade no mundo, e se apropria das qualidades humanas histórica e
socialmente construídas por meio das inter-relações com seu entorno - as
pessoas e os objetos da cultura – e constitui, por essa via, novas formações
psíquicas. Nessa perspectiva, fundamentada por esta nova concepção de
criança que vemos emergir do Enfoque Histórico-Cultural, a escola infantil
adquire uma dimensão intencional na apropriação de saberes, onde o educador
tem sua função marcada pela intencionalidade cujo papel é criar na criança os
motivos para a apropriação das qualidades humanas.
INTRODUÇÃO
A história da infância e adolescência brasileira, as mudanças de conteúdo,
método e gestão6 na área de proteção à criança e ao adolescente são situações que
merecem ser compreendidas para o planejamento das políticas públicas municipais. a
criança deixava os cueiros, passava a usar roupas de adultos de sua condição7,
sendo que, no Brasil, a criança escrava, a partir dos sete anos de idade, já passava
a exercer serviços regulares de aprendiz para ressarcir as despesas que ocasionava
ao seu senhor, o que não inibia de receber castigos corporais, indispensáveis no
sistema escravista8. Diante da dificuldade da Câmara Municipal, surge a Lei dos Municípios
(1828), iniciando um processo de centralização das ações de assistência à criança e
ao adolescente – que segue até a Constituição de 1988 -, que retira poderes da
municipalidade e das confrarias de leigos – poder local –, oficia as Rodas nas
Misericórdias e coloca-as a serviço do Estado, e exime as Câmaras das suas
obrigações, que passam às Assembléias Legislativas Provinciais. Com a Lei, o
objetivo era liberar as municipalidades, incentivando a iniciativa particular a assumir
a tarefa de criar crianças abandonadas, dentro de um novo espírito filantrópico de
utilitarista. “Mesmo que as assembléias provinciais passassem a subsidiar esse
trabalho, as verbas dotadas foram sempre muito aquém das necessidades e muitas
vezes nem elas chegavam regularmente aos destinatários (...) Perdia-se, assim, o
caráter caritativo da assistência, para inaugurar-se sua fase filantrópica”20. Sem espaço para atuar durante o regime da ditadura militar, o movimento
social na proteção da criança e do adolescente é “ator recente no palco das lutas
sociais no Brasil”45, forçando o Poder Público a deixar de atuar sozinho nesta área.
Sob a vigência do autoritarismo, a participação da sociedade se limitava à
cooperação e execução das ações de atendimento, uma vez que a luta pela
promoção e defesa
...