Comunicação Oral e Escrita
Por: Flavio da Silva • 10/3/2016 • Trabalho acadêmico • 1.023 Palavras (5 Páginas) • 304 Visualizações
Roxo é cor de rico e azul é cor de pobre?
História - Por volta de 330 d.C. no Império Bizantino, as roupas tingidas de roxo eram muito valorizadas. É que esse tom derivava de um pigmento raríssimo (e caro) que só a nobreza teria condições de comprar: a púrpura. Os pobres usavam roupas tingidas de urina. Sim, era o xixi dos tintureiros que gostavam de tomar muita bebida alcoólica e enchiam baldes e mais baldes! A partir da ureia, obtinha-se um corante azul, portanto esta era a cor que designava “pobreza”.
Como eles faziam isso?
Encontramos na saliva substâncias que estão sendo excretadas e que não possuem qualquer função na digestão tais como o sulfocianeto, o nitrito e a ureia. (…) Colocar em tubo de ensaio 1 mL de saliva filtrada, duas gotas de ácido sulfúrico diluído (10%) e duas gotas de iodeto de potássio (10%). Desprende-se iodo que pode ser observado pela adição de 1 mL de goma de amido 1%, levando ao desenvolvimento de cor azul. (Fonte: Guia de Química Fisiológica – Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro)
O pigmento púrpura, usado também na Roma Antiga, extraía-se da secreção mucosa produzida por um molusco do gênero Murex. Essa secreção é incolor e só fica roxa quando exposta ao sol.
A produção consistia em esmagar o molusco inteiro, abri-lo para retirar a glândula que produz a secreção, salgar a massa durante três dias e depois ferver tudo em água por dez dias! A solução concentrada era diluída em água onde o tecido era tingido para depois ganhar cor quando exposto ao sol. Agora dá pra entender porque é cara?
Interessante observar que no século XV, na Europa Medieval, o azul passou a ser uma cor real e da aristocracia. Muito rara e cara, era extraída do lápis lazúli, uma pedra semipreciosa encontrada na China, Pérsia e Tibet. Trazida para a Europa do Afeganistão, entrou no continente por Veneza. Depois do colapso do Império Romano, o roxo caiu em desuso, e o azul ganhou lugar de destaque para a nobreza. A classe trabalhadora passou então a usar principalmente verde e marrom.
http://modamodamoda.com.br/roxo-e-cor-de-rico-e-azul-e-cor-de-pobre/
I. Marque V para as proposições verdadeiras e F para as proposições falsas.
( )Se considerarmos que ‘os atos de comunicação constituem – porque reproduzem, produzindo – a vida social’, temos no relato acima um claro exemplo de como se constroem os sistemas simbólicos ao longo da história.
( )“A linguagem é apreendida a partir da interação social e condicionada por ela”, tal como se vê na expressão das cores e seus usos nos diferentes estratos da sociedade.
( )“Por volta de 330 d.C. no Império Bizantino, as roupas tingidas de roxo eram muito valorizadas. É que esse tom derivava de um pigmento raríssimo (e caro) que só a nobreza teria condições de comprar: a púrpura”. Podemos afirmar quanto ao uso da cor roxa que ela não é um signo, pois não representa algo em ausência nem é algo que está por outra coisa.
( )No contexto bizantino de 330 d.C., temos a representação sígnica verbal nos nomes de cores: roxo e do azul, mas não há a correspondência sígnica não verbal.
( )Podemos dizer que o uso da cor azul ou da cor roxa na vestimenta de um indivíduo no contexto bizantino de 330 d.C. é um índice de sua classe social.
( )Podemos dizer que depois do colapso do Império Romano, o azul torna-se símbolo da nobreza; o verde e o marrom símbolos da classe trabalhadora.
II. Correlacione as declarações aos níveis de linguagem.
( )“Sim, era o xixi dos tintureiros que gostavam de tomar muita bebida alcoólica e enchiam baldes e mais baldes!”
( )“Os pobres usavam roupas tingidas de urina.”
( )“O pigmento púrpura, usado também na Roma Antiga, extraía-se da secreção mucosa produzida por um molusco do
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