Cultura e pesquisa organizacional
Por: moacirph • 18/10/2015 • Trabalho acadêmico • 6.026 Palavras (25 Páginas) • 436 Visualizações
CULTURA E PESQUISA DE CLIMA ORGANIZACIONAL
MOACIR LUCHTENBERG (FMP)
RESUMO:
Este estudo pretende mostrar que ao levarem-se em consideração os novos conceitos de administração e de gestão participativa, pode-se afirmar que o grande diferencial das organizações corresponde ao seu potencial humano. Por isso, é fundamental que as organizações busquem manter níveis de satisfação nobres entre as pessoas, para que seja possível obter o necessário comprometimento destas com os objetivos organizacionais. Neste sentido, obtém-se o gerenciamento de um clima organizacional que irá de fato atender às necessidades dos colaboradores, tornando-se mais eficiente e direcionando o comportamento motivado para a busca dos objetivos da organização. O clima de uma organização é considerado propício quando melhora o moral interno, satisfazendo as necessidades pessoais dos seus colaboradores e proporcionando um sentimento de bem-estar no ambiente de trabalho. Para se efetivar como uma organização que se preocupa com o bem-estar dos colaboradores no trabalho, faz-se necessário manter atitudes favoráveis para medir e trabalhar o nível de satisfação dos colaboradores, através de mecanismos regulares, avaliar se a cultura é favorável à introdução de novos conceitos e principalmente se os colaboradores apresentam condições de acompanhar as mudanças. Buscamos nos estudos dos autores Bennis (1996), Campello (2004), Chiavenato (1994), De Geus (1998), a compreensão para fundamentar este.
PALAVRAS-CHAVE: CLIMA ORGANIZACIONAL; CULTURA ORGANIZACIONAL; SATISFAÇÃO.
INTRODUÇÃO
Este estudo pretende mostrar que com a evolução da teoria administrativa é possível que, a partir de determinado estágio, as organizações podem ser comparadas a organismos vivos, flexíveis e susceptíveis a variáveis internas e externas, neste sentido, considerando esse aspecto, a análise da pesquisa de clima organizacional torna-se indispensável para gerir tais ambientes.
Pelo fato destes ambientes apresentarem mudanças constantes, para que haja o desenvolvimento integral, as organizações devem não somente centralizar os esforços na satisfação do cliente externo, mas também no cliente interno, ou seja, o colaborador, pois sua satisfação trará como conseqüência, a satisfação do cliente externo, contribuindo para os resultados das empresas.
A cultura organizacional é outro aspecto a ser analisado. É necessário avaliar se a cultura é favorável à introdução de novos conceitos e se os colaboradores têm condições de compreender e acompanhar as mudanças organizacionais.
Pode-se observar que as pessoas emocionalmente equilibradas elevam seu grau de profissionalismo e eficiência no trabalho, podendo estar sempre melhorando a qualidade das relações entre os membros de uma organização. É preciso identificar quais os fatores que afetam a atitude ou os sentimentos do homem em relação ao seu trabalho e os impactos na produtividade e competitividade das organizações.
O homem é muito mais do que um composto mecânico. Muitas vezes referido como um fator de produção, ele possui muitos outros atributos, os quais afetam significativamente seu desempenho. Ele tem variações diversas em relação ao seu estado psicológico devido às mudanças que ocorrem no seu cotidiano, podendo dessa forma interferir no seu local de trabalho. Em algumas situações, as pessoas podem estar emocionalmente confusas por suas relações pessoais. Nesses aspectos, o comprometimento com a qualidade de seus serviços poderá ser afetado.
CULTURA ORGANIZACIONAL
Para Moura (2003, p.39-40):
A cultura é um sistema de crenças (como as coisas funcionam) e valores (o que é importante) compartilhados (vivenciado por todos) e que interagem com (penetrações nos sistemas e subsistemas) as pessoas, as estruturas e mecanismos de controle para produzir (efeitos) as normas de comportamento características daquela organização (como fazemos as coisas por aqui).
E ainda:
A Cultura organizacional é o conjunto de pressupostos básicos que um grupo inventou, descobriu ou desenvolveu ao aprender como lidar com os problemas de adaptação externa e integração interna e que funciona bem o suficiente para serem considerados válidos e ensinados a novos membros como a forma correta de perceber, pensar e sentir em relação a esses problemas.
Entende-se neste sentido, Cultura Organizacional como o conjunto de atributos físicos e psicossociais de uma organização que caracteriza o seu modo de ser e determina sua identidade. Podemos destacar:
- Valores: Definidos como a importância que as organizações dão pra determinadas coisas dentro da empresa, os valores demonstram as prioridades e o que vai sustentar suas ações. É necessário que os valores descritos estejam coerentes com a prática nas organizações.
- Ritos/Rituais: Definidos como as cerimônias que acontecem dentro das organizações, que podem envolver desde as comemorações, até ações como a integração de novos colaboradores.
- Mitos: Definidos como as figuras imaginárias usadas para reforçar algumas crenças organizacionais.
- Tabus: Estão voltados para as questões proibidas pela organização, nem sempre muito explícitas, mas são presentes.
- Figuras da Cultura: Marco Antonio Oliveira em seu livro Cultura Organizacional apresenta algumas figuras encontradas nas culturas das organizações; são elas:
- Cânones: são preceitos eclesiásticos, alguns exemplos são a missão, visão, regulamentos.
- Herói: figura freqüentemente citada pelos funcionários como um exemplo. Pode ser o fundador, um gerente marcante, entre outros;
- Valores e Crenças: que interferem no que as pessoas pensam;
- Etiqueta: o que é de “bom tom” dentro da empresa. Exemplo são algumas pessoas que querem se chamadas de doutor, etc.
A cultura organizacional influencia as percepções, os valores e os sentimentos, tornando os comportamentos das pessoas mais semelhantes entre si. Visualizar a empresa na dimensão de sua forma ou configuração organizacional ajuda a identificar aspectos de sua estrutura, da natureza do trabalho executado dentro dela e outras particularidades. Mas, ainda que este enfoque seja da maior importância para a compreensão dos fenômenos organizacionais, não devemos esquecer que a organização é constituída de pessoas que se comportam.
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