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EXAME FISICO NA CRIANÇA E NO ADOLESCENTE

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Por:   •  19/11/2013  •  1.243 Palavras (5 Páginas)  •  763 Visualizações

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ADOLESCENTES

A consulta com o adolescente de ser feita em duas etapas. Se ele veio acompanhado, ouvir inicialmente a queixa ou as observações do acompanahante e retirar dados de anamnese que sejam necessários (gestação, parto, vacinação, doenças da infância, desenvolvimento neuro-psicomotor, etc..). Depois, a consulta deverá ser feita com o adolescente sozinho, lembrando a ele do sigilo relativo dos fator que forem contados.

EXAME FÍSICO

A observação da criança inicia-se com sua entrada no consultório, momento em que se observam alguns dados: quem traz a criança, a maneira como é carregada e manipulada, seus fácies, padrão respiratório, atitude, atividade, etc.

Fundamentalmente, é necessário não assustar a criança: voz elevada, gestos bruscos, colocá-la subitamente na mesa ou despi-la rapidamente, tocá-la com as mãos frias, etc., com certeza provocarão uma reação negativa. Um bom exame necessita de um ambiente de confiança mútua, de preferência as manipulações (despir, deitar, trocar, segurar, etc.) devem ser realizados pelo acompanhante, o exame pode se iniciar no colo do acompanhante, após de pé, depois sentada e só após, quando estiver a criança estiver acostumada, pede-se que seja deitada. Sempre que possível evite qualquer tipo de contenção. Para diminuir a apreensão da criança deve-se, na medida do possível e de sua compreensão, informar-lhe sobre todas as fases do exame, sem, jamais, enganá-la, não há porque lhe dizer que não utilizará o abaixador de língua e fazê-lo em seguida, ou dizer-lhe que não haverá dor num procedimento doloroso. Isso fará com que se perca totalmente e definitivamente a confiança da criança no médico. Também não se deve aceitar que a mãe ou acompanhante utilize a figura do médico como instrumento disciplinador (ex. se não ficar boazinha o médico vai ficar bravo, ou vai dar uma injeção, etc.).

Os procedimentos de exame que utilizam instrumentos devem ser deixados para realização posterior, principalmente os exames que provocam sensações desagradáveis: exploração da boca e orofaringe, otoscopia, medida de temperatura, exame de regiões dolorosas.

A dinâmica do exame físico dependerá, em parte, da idade do paciente, normalmente recém-nascidos e lactentes no primeiro semestre de vida, se não assustados ou incomodados, reagem bem ao contato com estranhos. Os pacientes a partir do segundo semestre de vida até a idade escolar reagem a estranhos, sendo necessário a utilização de algum objeto que a acalme ou desvie sua atenção. Pacientes maiores possibilitam um exame adequado, porém principalmente na idade escolar e adolescente deve-se respeitar o pudor dos pacientes, optando-se por não deixá-lo completamente despido, sendo nessa faixa etária possível o exame físico nos moldes do paciente adulto.

Sempre que possível o exame físico deve ser realizado seguindo-se uma seqüência ordenada (ver abaixo) para que não se esqueça nenhum ponto essencial. Mas esta ordem pode ser modificada e adaptada conforme as circunstâncias de cada caso.

Normalmente, freqüência cardíaca e respiratória, percussão torácica, ausculta cardíaca, palpação do abdome e pesquisa de rigidez de nuca, que podem ser prejudicados pelo choro e agitação podem ser antecipados enquanto a criança está calma ou mesmo dormindo.

A semiologia pediátrica não comporta regras rígidas.

Para a realização do exame físico é necessária sala isolada e com porta fechada, uma boa iluminação do ambiente, com preferência pela luz natural. Inicia-se com a inspeção geral, em que a certa distância, obtêm-se uma visão de conjunto, após, salvo as particularidades de cada caso, segue-se o roteiro.

Roteiro do exame físico

1. Antropometria

Medida Idade Instrumento Procedimento

Peso < 2 anos Balança até 16 kg, divisões de 10 g Despida, deitada no prato da balança.

> 2 anos Balança adulto Despida, em pé.

Altura / Estatura < 2 anos Régua antropométrica Deitada, com cabeça mantida fixa numa extremidade pela mãe, o médico estende as pernas da criança com uma mão e guia o cursor com a outra.

> 2 anos Régua antropométrica vertical Posição ereta com os calcanhares próximos e a postura alinhada.

Perímetro cefálico Fita métrica A fita deve passar pelas partes mais saliente do frontal e do occipital.

Perímetro torácico < 3 anos

> 3 anos Fita métrica

Deitado

em pé A fita deve passar na altura dos mamilos.

Perímetro abdominal Fita métrica A fita deve passar na altura da cicatriz umbilical.

Temperatura Termômetro Mantido na região axilar, oral ou retal por 3 minutos.

Freqüência cardíaca Contado por 1 minuto

Freqüência respiratória Contado por 1 minuto

Pressão Arterial Esfigmomanômetro Em repouso, com manguito adequado para o tamanho do braço e paciente sentado

Orquidometria Orquímetro de Pradder

1. Exame Físico Geral

• Impressão geral: estado geral, consciência, irritabilidade, postura, tônus, fácies, proporcionalidade, presença de malformações congênitas, atividade, estado nutricional.

• Pele e anexos: cor, textura, turgor. Presença de rash, marcas de nascença, lesões. Anormalidades das unhas, quantidade, textura e distribuição do cabelo. Presença de tatuagens, piercings e em que condições foram realizados.

• Mucosas: coloração, estado de hidratação.

• Tecido celular subcutâneo: presença, espessura, turgor.

• Gânglios: presença de adenomegalias, localização, consistência, tamanho, dor, coalescência, aderência.

1. Exame Físico Especial

• Cabeça:

 Crânio: conformação, simetria e forma, abaulamentos; tamanho, aspecto e tensão da fontanela, tumorações, crepitações.

 Face: expressão, simetria,

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