Faces 1860 A 1890
Artigo: Faces 1860 A 1890. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: 1472583690001 • 14/5/2014 • 1.051 Palavras (5 Páginas) • 177 Visualizações
Introdução:
O século XXI nos leva a pensar as concepções e os rumos do
desenvolvimento econômico e social em âmbito nacional. É uma exigência e, ao mesmo tempo, um desafio analisar as condições socioeconômicas das década de 60 a 80. Principalmente por se tratar de um período que acarretou transformações categóricas na área social, econômica, política e cultural.
Portanto, compreender tais transformações significa compreender a crise
capitalista, suas manifestações e mudanças, não apenas na esfera da economia e da política, mas também, a sua repercussão no campo do conhecimento, das ideias e dos valores. Todas essas mudanças induzem a um imperialismo cultural articulado através dos meios de comunicação e da publicidade, onde apontam para o consumismo e para o individualismo.
Em meio a tantas mudanças, impera no país uma cultura fortemente autoritária e centralizadora de bens, a qual vai acompanhar o pensar, o construir e a implementação das políticas sociais. É, assim, nestas condições sociais, políticas e econômicas que o caminho do direito, o qual deve estar posto nas políticas sociais, vai sendo estabelecido expressando o campo de lutas que o usuário enfrenta em seu dia-a-dia para consolidar um dos mecanismos estratégicos centrais da política social, e de difícil execução, que é a
distribuição das riquezas produzidas coletivamente.
Trajetória histórica brasileira: Faces do período de 1960 a 1980 sob o enfoque das políticas sociais e do desenvolvimento do serviço social.
No Brasil, as políticas sociais têm sua origem estreitamente ligada ao
desenvolvimento urbano industrial, no qual o Estado redefiniu suas funções e passou a utilizar mecanismos institucionais de controle, até então fora de sua esfera de intervenção.
Com o processo de desenvolvimento industrial, aliado à expansão urbana,
agravou-se a “questão social”, com grandes aglomerados em torno das cidades, que por sua vez atestam o crescimento da pobreza, do desemprego e da exclusão com privações social, econômica, cultural e política para a classe que vive do trabalho. E, por um outro lado, se têm uma enorme concentração de renda e riqueza para um pequeno grupo, os grandes proprietários.
Diante de tantas mudanças e diferenças o Estado é requisitado para o
enfrentamento das expressões da “questão social”, se reconhece a necessidade de novas formas de enfrentamento dessa desigualdade. Conforme aponta Vieira (1995) o campo das desigualdades sociais não pôde mais ser enfrentada com força policial, teve que ser reconhecida e legitimada como caso de política. Ante tais questionamentos, foram criadas as políticas sociais, entendidas como o “conjunto de programas e ações continuadas no tempo, que afetam simultaneamente várias dimensões das condições básicas de vida da população”. (DRAIBE, 1997, p. 14)
Segundo Galper (1986), a política social na concepção liberal gera a idéia de
intervenção coletiva ou estatal no mercado privado para promover o bem estar individual e social; tem provisão e oferta de serviços sociais; sua técnica social é de caráter compensatório, preventivo ou redistributivo. Para a concepção dialética, as políticas sociais são estratégias governamentais de intervenção nas relações sociais, na manutenção da desigualdade social; estratégias de controle da força de trabalho; regulamentação de direitos sociais passíveis de absorção pelo capitalista.
Nesse sentido, entende-se que as políticas sociais aparecem como projetos e
programas variados, implementados por instituições, objetivando minimizar as
desigualdades sociais e a pobreza decorrentes do modo de produção, com estímulo do poder aquisitivo através de benefícios monetários, durante períodos de desempregos e/ou recessão; reprodução e manutenção direta da força de trabalho; subsídios a salários baixos e irregulares. Também, toma a dimensão de controle social, uma válvula de escape; uma política eleitoral de controle do cotidiano.
A partir do ano de 1964, no período da ditadura militar, a mesma dualidade se repetirá: conhecemos um grande progresso na institucionalização da política social, de que são exemplos da criação do Sistema Nacional da Previdência Social e o BNH, porém essas estruturas
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