MONOGRAFIA EDUCAÇÃO ESPECIAL

A IMPORTÂNCIA DO LÚDICO NA EDUCAÇÃO INFANTIL

Aline Maris Zuliano Domingos^[1]

RESUMO

Através do brincar sabe-se que é possível ensinar de forma lúdica e prazerosa. Brincar é um momento de autoexpressão e autorrealização. As realizações cognitivas e afetivas da interação lúdica propiciam amadurecimento emocional e a construção da sociabilidade e afetividade. O lúdico proporciona: estimular a criatividade; a curiosidade; a capacidade de compreender; a autoestima; desenvolvimento da aprendizagem, leitura e escrita; desenvolvimento físico, promovendo a afetividade. Os jogos desenvolvem o senso de companheirismo. No jogo a criança aprende a aceitar regras, esperar sua vez, lidar com frustrações e aumentar o nível de motivação. Cabe ao professor criar um ambiente que reúna elementos motivadores em que a criança sinta prazer na realização das atividades. Através da mediação pautada numa acolhedora relação professor-aluno, de um planejamento adequado na organização do trabalho pedagógico, teremos uma aprendizagem significativa para os alunos e com essas mediações adequadas podemos ter crianças melhores preparadas para a alfabetização no ensino fundamental.

Palavras chaves: lúdico, motivação, afetividade, desenvolvimento.

ABSTRACT

Through play is known that can be taught in a fun and enjoyable way to play is a time of self-expression and self-realization. Cognitive and affective achievements of playful interaction provide emotional maturation and construction of sociability and affection. The playful provides: stimulate creativity; curiosity; the ability to understand; self-esteem; enhance learning, reading and writing; physical, promoting affection. The games develop a sense of companionship. In the game children learn to accept rules, wait their turn, deal with frustrations and increase the level of motivation.

teacher has to create an environment that meets motivators in which children find pleasure in performing the activities. Through mediation guided in a friendly teacher-student relationship, proper planning in the organization of the pedagogical work, we will have a significant learning for students and to appropriate these mediations can have better prepared children for literacy in elementary school.

Keywords: playful, motivation, affection, development

INTRODUÇÃO

        O espaço da Educação Infantil é um lugar de gente feliz, onde as crianças brincam livremente com segurança, individualidade e respeito.

        Deve-se proporcionar um espaço onde tudo convida a explorar, a sentir e a experimentar.

        Trabalhar com o lúdico é uma proposta inovadora que tem por objetivo apresentar subsídios ao professor, para que ele se convença de que a criança não é uma máquina de pensar, contar, arquivar na memória, rememorar e mecanicamente seguir passos, mas sim, que garante às crianças a liberdade para desenvolver seu próprio raciocínio, adquirir habilidades de pensar e aprender brincando com independência, inteligência, autoestima, afeto, criatividade e espontaneidade.

        Para isso, é necessário que o professor esteja bem informado, na tentativa de encontrar argumentos, para transformar sua prática tradicional em mudanças sucessivas na sua concepção de como as crianças aprendem.

        A criança constrói seu conhecimento a partir de seu mundo interior. Portanto, é contra censo impor-lhe atividade isolada de fora para dentro.

        Piaget sustenta que as relações estabelecidas pela criança entre os objetos estão baseadas em estruturas mentais, que nada mais são que o conhecimento que ela tem do mundo exterior. Tais estruturas são construídas por etapas, em uma determinada ordem, e a criança aprende a organizá-las. Cabe a nós educadores determinarmos em que nível evolutivo se encontra a criança e conhecer as condições que caracterizam cada nível, estando a ação pedagógica vinculada aos limites de evolução de cada uma. É mais importante formar inteligência através da construção das estruturas lógicas elementares do que promover a memorização. Essas estruturas são a base da aprendizagem com compreensão dos conteúdos.

        As crianças com o brincar fazem a sua própria brincadeira e com suas regras, assim procurando meios para raciocinar e havendo a interação com o outro eles estabelecem trocas que são de grande importância para o convívio escolar e social.

Segundo FERREIRA & COELHO (2001, p.120) no brincar, a criança interpreta variados papéis, assume responsabilidades, estabelece relações, desenvolve atitudes de respeito e de cooperação, aprimorando etapas de desenvolvimento cognitivo, social e psicomotor percebendo-se capaz de vencer desafios ao vivenciar cada papel.

O brincar e o jogo sempre estiveram presentes na vida do homem, dos mais remotos tempos, até os dias de hoje. Nas mais diversas manifestações de sua vida, pois sempre proporcionou ao homem seu autoconhecimento e do mundo.

Através do lúdico, a criança resolve problemas, desenvolve a linguagem e suas reações pessoais.

A escola deve facilitar a aprendizagem, utilizando atividades lúdicas para o desenvolver cognitivo de criança.

A metodologia utilizada nesta pesquisa será a qualitativa, tendo como lócus de estudo dois espaços de Educação Infantil, sendo um da rede municipal de Várzea Grande e outro do ensino particular, que atende crianças de zero a quatro anos, em período integral. Portanto, a abordagem partirá das manifestações infantis nesses dois espaços. Utilizando-se de entrevistas, questionário, observação e conversa com as crianças, pais e profissionais que ali atuam.

1. EDUCAÇÃO INFANTIL

Conforme a lei de diretrizes e bases a educação infantil, primeira etapa da educação básica, tem como finalidade o desenvolvimento integral da criança de até 5 (cinco) anos, em seus aspectos físico, psicológico, intelectual e social, complementando a ação da família e da comunidade. (LDB, Art 29º, Brasil. Redação dada pela Lei nº 12.796, de 2013)

A ideia de infância não existiu sempre, e nem da mesma maneira. Ao contrário, ela aparece com a sociedade capitalista, urbano-industrial, na medida em que mudam a inserção e o papel social da criança na comunidade. Se na sociedade feudal, a criança exercia um papel produtivo direto ("de adulto") assim que ultrapassava o período de alta mortalidade infantil, na sociedade burguesa ela passa a ser alguém que precisa ser cuidada, escolarizada e preparada para uma atuação futura. (KRAMER, 1992, p. 19)