Mapeamento Geológico da borda Oeste do Pantanal Sul-mato-grossense
Por: Mari2311 • 28/9/2015 • Trabalho acadêmico • 1.083 Palavras (5 Páginas) • 390 Visualizações
Mapeamento Geológico da borda Oeste do Pantanal Sul-mato-grossense
Foi realizado um estudo direcionado ao mapeamento geológico da borda oeste do Pantanal sul mato-grossense com o intento da construção de uma base de zoneamento ambiental. Para tanto, como metodologia de pesquisa, foram utilizados fotointerpretações do sensor TM do satélite Landsat-5 somadas a pesquisa de campo e colheita de dados pertinentes.
E essas observações focaram na investigação lógica e sistêmica dos componentes de textura sustentados por Guy (1996), delineando seus elementos texturais de relevo e drenagem, estudados por métodos dedutivos e indutivos, análise de campo aliadas ao referencial teórico, os quais sustentaram os conceitos demonstrados na referente pesquisa.
Foi elaborado um mapa que contempla dados litoestratigráficos, litoestruturais, estruturais (tectônica rúptil e dúctil), geotécnicos e econômicos. Através desses dados, resultaram esboços litoestratigráficos, litológicos-estruturais, a localização das ocorrências minerais e as peculiaridades e determinação dos compostos geotécnicos da região pantaneira.
As rochas do Complexo do Rio Apa foi um dos objeto de estudo, tendo localização no Craton Amazônico e constituídas por rochas límpidas tais como gnaisses, biotitas gnaisses, hornblenda gnaisses dentre outras de similar especificidade (ARAÚJO & MONTALVÃO, 1980). Elas fazem parte da faixa de dobramento Paraguai Araguaia, sendo representadas por Corumbá, Alto Paraguai e Jacadigo onde as unidades geológicas identificadas abarcaram do topo à base respectivamente.
Na estatigrafia os aluviões atuais (Ha) tem um combinado de areias quartzosas, granuladas fina e fina a média, sites, argilas e cascalhos oriundos dos depósitos de planície e inundações fluviais. Sua estratificação é gradacional, granulometricamente decrescente da base ao topo. Fazem parte da parte nordeste e sul da área pesquisada, no caso a do Rio Paraguai e Verde.
Sua Formação Pantanal é rica em sedimentos aluviais extremamente argilosos juntamente a outros componentes oriundos de depósitos de fluviais e lacustres de áreas com índices de constantes inundações (periódicas ou mesmo ocasionais), sendo inclusive observada por Oliveira & Leonardos em meados de 1943, que denominaram as formações pertencentes a Depressão do Rio Paraguai, nas planícies e pantanais sul mato-grossenses. E quando fala-se em definir a formação pantaneira quanto aos seus sedimentos, torna-se um tanto dificultoso diante da não existência de afloramento devido a apresentação de sua topografia. Seus depósitos detríticos demonstram-se em formato de cones de dejeção estando presentes nas áreas pediplanadas da depressão do Rio Paraguai, ao redor das morrarias. Sua classificação merece destaque sendo descontínua, irregular e de forma bem acentuada. Fazendo parte do morro do Urucum, Santa Cruz, Rabichão e Grande, especificamente. Nesses locais observa-se com relevância a existência do minério de ferro.
Sua formação Xaraiés, é descrita segundo Almeida, (1943; 1945) como sendo um depósito remoto de pedimento, tendo origem depois da abertura da depressão do rio Paraguai. Suas áreas concentram-se ao sudeste entre Jacadigo e Córrego dos Morrinhos, a sul do Morro do Zaneti a e leste da Lagoa Negra. E partindo de suas características, suas rochas são normalmente usadas na construção civil, principalmente como cascalhos para calçamento de estradas.
A formação Tamengo tem como formação, calcários calcíferos negros, folhelhos, siltitos, arenitos calcíferos finam laminados e esverdeados dentre outros. Sua constituição rochosa é fina passando pelas cristalinas encontrando-se até alguns cristais milimétricos. Localizam-se a margem do Rio Paraguai, exatamente no canal do Tamengo entre Corumbá e Ladário. Sua formação é prejudicada diante de sua cobertura de solo e de alterações e depósitos recentes. E diante dessa formação as pedreiras acabam explotando o calcário. Têm-se fortes indícios da ocorrência de chumbo e zinco de calcários, veios de calcita e dolomitica e lentes de fosfato nos termos argilo-carbonatados.
Traçando agora a Bocaina, Almeida, 1945, descreve a mesma com predominância de calcários dolomíticos na região de Corumbá. E durante a análise realizada de fotointerpretação, observou-se nessa área a individualização de amostras com características únicas (mediante suas propriedades físicoquímica-mecânicas) aplicadas. Enquanto na pesquisa de campo observou-se variações litológicas ligadas a essas áreas, tendo como principal
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