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Mercantilização da Educação Brasileira

Por:   •  25/1/2017  •  Resenha  •  684 Palavras (3 Páginas)  •  189 Visualizações

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- Mercantilização da Educação Brasileira

        Para começarmos a discussão sobre a mercantilização do ensino ou da educação é necessário sabermos primeiro o conceito de mercantilização. Mercantilização no dicionário expressa efeito ou ação de mercantilizar; transformar algo em mercadoria. Mercantilização do ensino superior se refere então ao processo de desenvolvimento dos fins e dos meios de educação superior seja esta no âmbito estatal ou no privado, na qual gradativamente e progressivamente perde seu status de bem público passando a ser um serviço comercial e que gera lucros aos seus “governantes”.

        A educação brasileira acompanha o movimento da economia capitalista, o capital defendido cria um mercado educacional no país com a mercantilização do ensino, alunos e fundos públicos estão passando para a rede privada por meio de parcerias na educação básica e na superior através de programas educativos criados pelo governo como FIES e PROUNI. O Plano Nacional de Educação consagra cada vez mais a mercantilização da educação em nosso país.

        Na área educacional, a configuração dos sistemas de ensino beneficiou os interesses privados, principalmente os interessados no ensino superior e suas instituições particulares, o empreendedorismo e a internacionalização invadiu o cenário da educação ganhando forma material nos acordos de livre comércio entre estas instituições. Além da busca incessante pelo lucro este processo é marcado pela colaboração entre as instituições de ensino superior privada, a educação que deveria ser vista como um bem público e dever do Estado passa a ser além de uma mercadoria, privatista e muitas vezes a educação tem conduzido a formação do indivíduo rumo a lógica da ideologia mercantil.

        Na última década a mercantilização da educação teve um aumento drástico, principalmente no ensino superior, seja pela consolidação de empresas que exploram a educação como mercadoria ou seja pela transposição de lógica empresarial para as instituições de ensino, deixando assim uma grande lacuna entre dois pensamentos divergentes o primeiro trata-se de ter a educação como um direito garantido a toda e qualquer pessoa, e o segundo que visa os lucros e a exploração comercial.

        Com a ascensão das empresas privadas dominando (literalmente) a educação, alunos e professores passam a sofrer com decisões tomadas como as demissões de professores, a redução de aulas presenciais para que houvesse a implantação do sistema virtual. O mais interessante nisso tudo é a parceria com o governo, as próprias empresas apontam o Financiamento Estudantil por exemplo, como um fator importante para o aumento de alunos a frequentar faculdades privadas, ou seja, o lucro vem em primeiro lugar, a qualidade do ensino ou qualquer outro compromisso com o cidadão passa a ser segundo plano.

        É preciso garantir o direito a educação e impedir que a mesma seja tratada como um produto comercial, e para isso é preciso a criação de políticas públicas que retomem os investimentos aplicados as instituições de ensino superior privadas e repassem para ao ensino público para que possa acontecer uma expansão com qualidade no ensino e que seja ao mesmo tempo gratuito e estatal, garantindo as condições e estruturas necessárias a uma formação de qualidade. Estas mesmas instituições que se adequam aos cursos superiores, ao ensino a distância preenchem suas salas com alunos apenas para garantir o lucro da empresa (pois foi isso que a educação brasileira se tornou) com cursos de baixa qualidade.

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