O LUDICO COMO DESENVOLVIMENTO DA APRENDIZAGEM NAS CRIANÇAS COM DEFICIÊNCIA INTELECTUAL
Por: Clea Schelbauer • 29/5/2015 • Projeto de pesquisa • 2.724 Palavras (11 Páginas) • 952 Visualizações
O LUDICO COMO DESENVOLVIMENTO DA APRENDIZAGEM NAS CRIANÇAS COM DEFICIÊNCIA INTELECTUAL
CLÉA SCHELBAUER
ELIZETE JANKOSKI NOGATZ
RITA DE FATIMA MARECK COELHO
RESUMO
O presente artigo apresenta a importância das atividades lúdicas no procedimento de aprendizagem da criança com deficiência intelectual, bem como contribuir para o desenvolvimento não só no aspecto cognitivo da criança, mas também no seu desenvolvimento social, motor e afetivo. A metodologia adotada foi à pesquisa exploratória e bibliográfica. O tema que se trata o estudo é sobre o lúdico como desenvolvimento da aprendizagem em crianças com deficiência intelectual. O objetivo geral da pesquisa foi apontar a importância de se trabalhar o lúdico no desenvolvimento da aprendizagem nas crianças com deficiência intelectual nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental. Mais especificamente o estudo buscou: descrever a importância do lúdico como forma de desenvolver a criança com deficiência intelectual no processo ensino aprendizagem.
Palavras-chaves: Jogos e Brincadeiras, Educador, Inclusão, Deficiência Intelectual.
ABSTRACT
This paper presents the importance of play activities in the learning procedure of the child with intellectual disabilities, as well as contributes to the development not only in the cognitive aspect of the child, but also in their social, motor and affective. The methodology was exploratory and literature. The theme that this study is about as playful learning development in children with intellectual disabilities. The overall objective of the research was to point the importance of working in the playful learning development in children with intellectual disabilities in the first years of elementary school. More specifically, the study sought to: describe the importance of playfulness as a way to develop a child with disabilities in the learning process.
INTRODUÇÃO
Ao longo da história a criança com deficiência intelectual sofreu com o preconceito existente, e com a exclusão de qualquer atividade de integração a sociedade. A criança com deficiência intelectual tem a chance de desenvolvimento social, e inclusão como sujeito pertencente e participar das práticas culturais da sociedade.
O brincar ultrapassa a diversão e o lazer, e se torna essencial para o seu desenvolvimento cognitivo, afetivo e social. Desta forma os jogos e brincadeiras são utilizados na escola como uma importante atividade inserida como um meio pedagógico para auxiliar na construção do processo de desenvolvimento e ensino aprendizagem, pois estimula a socialização, a imaginação e a criatividade.
Esta forma peculiar de se conduzir o processo de ensino aprendizagem pode ser utilizada pelo professor para auxiliar as crianças com deficiência intelectual.
Sendo a brincadeira e o jogo algo inerente à infância, acredita-se que a pode auxiliar de forma bastante significativa nas aprendizagens das competências e habilidades esperadas nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental.
Para operacionalizar os objetivos propostos para o estudo do tema, segundo recomendam Moreira e Caleffe (2006) a pesquisa se caracterizou como sendo exploratória e bibliográfica. A partir do conceito de Andrade (2001), a pesquisa exploratória tem como objetivos fornecer dados de um determinado tema de pesquisa. De outra forma segundo Moreira e Caleffe (2006, p. 74) a pesquisa bibliográfica “é desenvolvida a partir de material já elaborado, constituído principalmente de livros e artigos científicos”.
DEFICIÊNCIA INTELECTUAL E O BRINCAR NO DESENVOLVIMENTO DA APRENDIZAGEM
Segundo o Documento Subsidiário à Política Nacional de Inclusão: “Deficiência Mental é a incapacidade caracterizada por limitações significativas tanto no funcionamento intelectual quanto no comportamento adaptativo expresso em habilidades conceituais, sociais e práticas” (PAULON, 2007, p.13). Neste caso vários debates foram realizados para alteração do nome, a deficiência mental (DM) passou a ser chamada deficiência intelectual (DI).
Os processos de inclusão são ainda questionados por muitos, o direito de igualdade de participar de uma educação inclusiva é de todos independente de sua limitação, isso nos reflete a uma sociedade de mudanças que teve várias discussões e também no ambiente escolar. A inclusão social da pessoa com deficiência intelectual deve ser inserida no contexto das lutas pela conquista da cidadania de todos os cidadãos envolvidos. Para D’ Antino (1997, p. 21):
A inclusão é o resultado de uma longa jornada histórica que vem sendo construída por todos ao longo de milhares de anos de registro histórico da humanidade. É certo que tivemos tempos de integração e até retrocesso, mas a caminhada continua e a perseverança é mãe do tempo.
É necessário para a formação global de qualquer individuo que ele participe do convívio com outros. A inclusão de alunos com deficiência intelectual é de real importância para acelerar o desenvolvimento de suas habilidades. É preciso haver democracia para todos indiscriminadamente oferecendo condições de acesso á informação, conhecimento, formação e autonomia.
De acordo com Sassaki (1997) ao referir-se a inclusão nota-se os processos bilaterais citam-se a minorias excluídas da população que procuram ajuda e parceiras para solucionar os problemas pertinentes a todos. Segundo o mesmo autor a inclusão foi colocada pela Disabled People Internacional (DPI), uma organização não governamental criada por líderes deficientes em sua declaração de Princípios de 1981.
A declaração de Salamanca (UNESCO, 1994) traz como importante conceito de que as crianças com deficiência intelectual podem desenvolver o processo de aprendizagem de forma simples, visto que, respeitar e valorizar a diversidade pode-se desenvolver uma sociedade inclusiva.
Para compreender melhor os direitos que toda criança tem, o Estatuto da Criança e do Adolescente (BRASIL, 1990) em seu artigo quinto, os direitos constitucionais fundamentais da criança, no artigo 54 confere o direito de atendimento especializado aos portadores de deficiência. Na LDB (BRASIL, 1996) em seu artigo 2º tem por finalidade o pleno desenvolvimento do aluno e acesso e permanência na escola e são características principais para se alcançar definitivamente às igualdades a todos no processo ensino aprendizagem. Neste caso o Ministério da Educação tem promovido projetos voltados à inclusão das crianças com deficiência intelectual no qual está quebrando barreiras que ainda existem em relação à exclusão destes alunos.
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