O MICROAGULHAMENTO: INDUÇÃO PERCUTÂNEA DE COLÁGENO
Por: 2436281 • 2/12/2022 • Artigo • 2.740 Palavras (11 Páginas) • 82 Visualizações
MICROAGULHAMENTO: INDUÇÃO PERCUTÂNEA DE COLÁGENO
Acadêmicos[1]
Tutor Externo[2]
RESUMO
Um número crescente de procedimentos estéticos tem sido realizados com objetivos que vão desde a satisfação pessoal, a tratamentos de patologias. Todos os dias são criados novos tratamentos, novos equipamentos de beleza, novas formulações cosméticas e cosmecêuticas com objetivos de manter a pele jovem, sem manchas e saudável. Um dos tratamentos que provou ser muito eficaz nesse sentido é o microagulhamento. A técnica consiste em lesionar as camadas mais superficiais da pele afim de desencadear uma inflamação controlada e promover s liberação de fatores de crescimento. O aumento dessas células ativam a produção de elastina e colágeno que são responsáveis pela firmeza e elasticidade da pele. Assim, o objetivo geral desse estudo é analisar os benefícios do microagulhamento e descrever a técnica detalhando seu mecanismo de ação, o conceito, as indicações e contraindicações. Isso será realizado por meio de uma revisão bibliográfica de artigos online com base científica (Scielo, Google Acadêmico) e livros. Estudos têm demonstrado que o microagulhamentoé uma das tecnologias muito promissora tanto na estética quanto na área farmacêutica, porque pode ser usado para indução de colágeno e entrega de ativos à pele (drug delivery). Portanto, essa tecnologia ainda permite muitas pesquisas e estudos no campo desde seu mecanismo de ação até sua associação com dermocosméticos e fármacos e outras tecnologias.
Palavras-Chave: Microagulhamento, Fatores de Crescimento, Pele
1. INTRODUÇÃO
Atualmente enfrentamos uma tendência para procedimentos minimamente invasivos isolados ou associados a outros tratamentos visando a diminuição no risco de transtornos e regressos mais rápidos as atividades laborais. Por meio de tratamentos de beleza, alimentação, cosméticos e medicamentos, a busca por uma pele perfeita, jovem e saudável ganha a cada dia mais adeptos. O envelhecimento é um processo lento e gradual que assola quem quer ter uma pele impecável. Seus principais sintomas são: rugas, hiperpigmentação, pele seca, diminuição do brilho e flacidez dos tecidos (BUCHIL, 2002). Existem dois tipos de envelhecimento segundo Kede e Sabatovich (2004), um é intrínseco, ou seja, cronológico, e o outro é extrínseco, que também pode ser chamado de fotoenvelhecimento, onde as alterações são de longo prazo e associadas a sobreposições de envelhecimento intrínseco. A teoria mais aceita é que os radicais livres, devido à exposição permanente ou excessiva à radiação UV, bebidas alcoólicas, cigarros e poluição, reduzem as defesas antioxidantes da pele e aceleram o processo de envelhecimento por mau funcionamento ou morte das células (DI MAMBRO et al., 2005). Hoje um dos procedimentos mais procurados é o microagulhamento, que também é conhecido como indução percutânea de colágeno (IPC), é uma técnica que utiliza agulhas e produz micropunções na pele e estimula processos inflamatórios, resultando na produção de colágeno sem danificar completamente a epiderme como fazem outras técnicas de ablação (DODDABALLAPUR, 2009; FABBROCINI et al., 2009; LIMA; LIMA; TAKANO, 2013; NEGRÃO, (DODDABALLAPUR, 2009; 2015). Num breve histórico, três fatos marcaram o desenvolvimento dessa tecnologia. Em 1995, Orentreich e Orentreich descreveram a excisão subcutânea ou microagulhamento dérmico para estimular o colágeno no tratamento de cicatrizes de acne e rugas deprimidas e dois anos posteriormente, Camirand e Doucet relataram que a microdermoabrasão com pistola de tatuagem sem tinta e com agulha também poderia ser usada para tratar cicatrizes atróficas (DODDABALLAPUR, 2009; FABBROCINI et al., 2009; NEGRÃO, 2015). A pele tem sua divisão em camadas: a epiderme é a primeira camada de fora para dentro que é composta por células epiteliais fortemente ligadas, enquanto a derme é uma camada mais profunda composta por tecido conjuntivo denso irregular. Tem várias funções, incluindo proteção. A Epiderme possui quatro camadas: o estrato córneo, o estrato granuloso, a camada espinhosa e a camada basal (HARRIS, 2009). A segunda camada a derme que é considerada um tecido forte e elástico que facilita a resistência física do organismo frente ao ataque mecânico, fornece nutrientes à epiderme e abriga anexos cutâneos, vasos sanguíneos e linfáticos (RIBEIRO, 2010). O colágeno manifestado na derme reticular é o principal componente fibroso, e sua síntese ocorre durante a ação enzimática dos fibroblastos para formar fibras colágenas que conferem elasticidade e firmeza ao tecido conjuntivo (RIBEIRO, 2010; Oliveira, 2010). Existem diversos tratamentos para envelhecimento no mercado, como o microagulhamento. A técnica envolve a aplicação de um pequeno e simples equipamento composto por agulhas finas que estão fixadas em um rolo, que perfuram o estrato córneo sem romper, estimulando a produção de elastina e colágeno (PIATTI, 2013). Portanto, o objetivo deste trabalho é apresentar e a eficácia do microagulhamento na restauração e rejuvenescimento da pele através de dados científicos.
2. MICROAGULHAMENTO
Para Orentreich e Orentreich (1995), o microagulhamento foi citado pela primeira vez com o nome de subcision, o procedimento foi realizado para a correção de cicatrizes deprimidas e rugas utilizando agulhas cirúrgicas para estimular a produção de colágeno. Na definição de Lima (2015. p. 328) microagulhamento é “uma técnica que utiliza um equipamento, chamado roller, é constituído por um rolo de polietileno encravado por agulhas estéreis de aço inoxidável ou titânio, que varia entre 190 e 450 agulhas e o comprimento das agulhas varia de 0,5mm a 2,5mm”.
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