O projeto "Farmácia Popular"

Desde 2004, o cidadão brasileiro pode comprar medicamentos a preço de custo nas farmácias populares. O projeto Farmácia Popular foi criado para ampliar o acesso dos brasileiros a medicamentos essenciais. A questão do copagamento é um assunto muito debatido na reforma dos sistemas nacionais de saúde.

“ Esta é uma iniciativa que poderia ser adotada em situações de grandes heterogeneidades, como é o caso do Brasil, entretanto, utilizando- se de alguns critérios seletivos, como o que diz respeito á renda da população, por exemplo.”(VIANNA 14, apud SANTOS-PINTO, COSTA2, OSORIO-DE-CASTRO, 2011)

Segundo Santos-Pinto (2011), no Brasil, já havia acesso á medicamentosos em alguns estados com iniciativas do copagamento,porém o Programa Farmácia Popular em 2004, pensando na população que não utiliza o SUS, mas que não tem condições financeiras de seguir com tratamentos medicamentosos, lançou a primeira iniciativa federal de copagamento, focando nesse objetivo.Porém, há uma falha na disponibilidade de certos medicamentos em casos de certas doenças.

No que tange aos tratamentos, o uso do medicamento pode ser conjunto, no caso de captopril e hidroclorotiazida, e desses com um dos dois hipoglicemiantes. Combinações entre hipoglicemiantes orais são usualmente evitadas, por mais risco de hipoglicemia sintomática e de mortalidade. Sendo desejável a disponibilidade de ambos os medicamentos e considerada adequada a disponibilidade de 100%, pode-se afirmar apenas que parece haver menor disponibilidade de medicamentos para diabetes que para hipertensão no setor público. (SANTOS-PINTO et al, 2011)

É necessário maior disponibilidade de medicamentos para tratamentos devido a estimação de consumo e demanda realizadas pelos gestores públicos, levando em conta a prevalência dessas doenças na população. O Ministério da Saúde lançou o Programa Hipertensão e Diabetes, que disponibilizam medicamentos para tais doenças, mas ainda assim há baixa disponibilidade do setor público.

Milhões de atendimentos foram feitos na Farmácia Popular do Brasil desde sua criação, mas ao longo dos anos, o objetivo de atender a população de baixa renda, não está sendo realizada como deveria, por conta do número alto de pessoas que utiliza o programa, falhando a distribuição e a disponibilidade de medicamentos gratuitos.

“Outra disponibilidade é a migração para o setor privado, no qual a despesa poderá impedir o controle da condição da morbidade, em especial no caso de enfermidades crônicas.” (SANTOS-PINTO et al , 2011 )