Os conflitos nas organizações
Tese: Os conflitos nas organizações. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: kardec • 22/9/2013 • Tese • 2.274 Palavras (10 Páginas) • 437 Visualizações
O comportamento organizacional é o estudo do comportamento humano em ambientes organizacionais da interface entre o comportamento humano e a organização e da organização em si. Em vista disso, sabe-se que em toda organização existem no seu dia-a-dia, situações que geram conflitos das mais diversas formas que comprometem sobremaneira o seu desempenho.
A gestão eficaz deve, portanto, ter a capacidade de liderança e buscar influenciar a equipe para que sejam superadas as questões que causam esse gargalo no cotidiano empresarial.
O verdadeiro líder deve se dispor a proporcionar um relacionamento interpessoal que possibilite um clima agradável das equipes e sua interação para que possa alcançar os objetivos e metas propostos.
Surge, portanto, o seguinte questionamento: de que forma é possível executar estratégias eficazes que proponham a valorização humana através do bom relacionamento garantindo uma satisfação mútua entre os ativos humanos das organizações com vistas a superar os conflitos existentes?
Para responder essa questão problemática, esse trabalho tem como objetivo conceituar liderança, bem como expor as estratégias necessárias que possa proporcionar um clima organizacional favorável através do relacionamento interpessoal. Para tal, buscou-se como metodologia a pesquisa bibliográfica através de análise em livros e artigos virtuais.
2 DESENVOLVIMENTO
2.1 Os conflitos nas organizações
Os conflitos são comuns em qualquer ambiente, pois é a partir deles que se apresentam as soluções para determinados assuntos que se apresentam no cotidiano organizacional. Em alguns casos são inevitáveis, mas necessitam ser administrados e compreendidos de forma eficaz, para que não resultem em problemas sérios. As pessoas devem estar abertas ao autoconhecimento e compreender que as organizações não esperam indefinidamente por mudanças pessoais.
Bom Sucesso (1998, p. 48) diz que “Reduz-se cada vez mais, a tolerância com atitudes destrutivas e posturas que estimulam conflitos, tornam o ambiente interno tóxico e com baixa qualidade de vida”. É importante então que os setores responsáveis pela gestão de pessoas deem especial atenção às relações entre os participantes e entre as equipes sempre procurando, da melhor maneira possível, a resolução dos conflitos comuns em todo e qualquer ambiente.
Todas as pessoas têm suas expectativas, seus interesses, seus sonhos. Muitas vezes o processo do conhecimento e das informações, conduz a uma ação lógica, induzindo o ser humano a fazer o que se acredita, que lhe convém ou que lhe interessa não necessariamente ao que é legal, ético e saudável.
Portanto, o essencial que falta para assegurar tal atitude ou comportamento, é a avaliação das consequências das ações para o outro, colegas de trabalho, a empresa, isto é fundamental para um alto questionamento que sobrepõe às conveniências pessoais. Deve-se aprender a conciliar os interesses pessoais com interesses organizacionais.
De acordo com Moscovici (2003, p. 06) “Suas consequências poderão ser positivas ou negativas, construtivas ou destrutivas, em decorrência do grau de intensidade, da duração, do contexto, da oportunidade e do modo como ele é enfrentando e administrado”. Sendo assim, cabe aos lideres, que conduzem a força estratégica, comandando e estimulando as pessoas do mesmo grupo ou da mesma organização para que se unam usarem o sentido cooperativo, em função das ameaças, simbolizadas pelas forças competitivas que normalmente se canalizam para fora das empresas ou dos grupos.
Para Moscovici (2003, p. 47), “O relacionamento interpessoal entre o líder e os membros do grupo é um dos fatores mais relevantes na facilitação ou obstância de um clima de confiança, respeito que possibilite relações de harmonia e cooperação”. Porém, quando uma pessoa coloca-se no lugar da outra a comunicação fica mais fácil à comunicação. Dentro da organização, os projetos setoriais precisam ser conhecidos por todos. Sendo assim, este estilo de liderança previne conflitos e impede que a rede informal determine o clima e a motivação das pessoas, fazendo com que o ambiente de trabalho torne-se mais harmonioso e rentável.
Segundo Moscovici (2003, p. 12), “Os conflitos são inerentes à vida em grupo. A escassez de recursos para satisfazer necessidades e desejos individuais, principalmente de poder e afetividade, gera conflitos interpessoais, entre os membros do grupo”. Diante disto, dentro de uma organização a liderança deve harmonizar os interesses pessoais com os da empresa, pois todas as pessoas no íntimo desejam algo. Multiplicando competências, crescimento e bem estar dividem-se sentimentos, pessoas e equipe. Certamente o gestor terá colaboradores muito mais comprometidos, motivados, felizes e, consequentemente, mais produtivos.
A figura humana, o colaborador com suas necessidades, restrições e bem estar, na era da modernidade, é enquadrada pela competitividade, produtividade e lucratividade. Mesmo hoje, quando se pratica a gestão de pessoas, ainda existem empresas que utilizam gestão de recursos subumanos, com funcionários sujeitos a mais de dez horas de trabalho diário e péssimas condições do trabalho (DI LASCIO, 2001).
Nos dias atuais é difícil ter uma vida com qualidade, devido o mundo estar cheio de violência e intranquilidade, dominado pela fadiga e tensão. O ser humano permanece mais tempo no ambiente de trabalho do que em seus lares, e mesmo assim não se conscientizou de como é importante estar em um ambiente saudável, e o quanto isto depende de cada um. Relacionar-se é dar e receber ao mesmo tempo, ou seja, é estar aberto para o novo. É a capacidade de escolher, de desenvolver uma visão para nós mesmos, reescrevendo nossa vida, iniciando um novo hábito.
2.1 Liderança
Em toda organização, os conflitos existem e são necessários, cabe então ao líder saber superar, garantindo uma convivência em que, para o alcance dos objetivos ele tenha a capacidade de coordenar os seus subordinados.
Sobre essa afirmação Srour (1998, p. 28) comenta que:
[...] enquanto o mando, em última instância, opera com meios físicos para obter apoios e obediências, e acena sempre com o espantalho da imposição, a influência opera com meios cognitivos para obter adesões e conformidade, e corresponde à persuasão e ao convencimento. Assim, a influência depende sempre do consentimento dos outros.
Nota-se, nesse sentido, que influenciar pessoas é uma atividade
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