Painel Da Cidade De São Paulo

CENTRO UNIVERSITARIO SENAC – Campus Santo Amaro

CURSO DE BACHARELADO EM HOTELARIA

Painel da Cidade de São Paulo

São Paulo

2008

INTRODUÇÃO

Conhecida por acolher diversas culturas e etnias, São Paulo tem hoje a maior população do Brasil, e é considerada uma das maiores cidades do mundo. Além disso, consegue por si só interligar os mais diferentes costumes.

Esse encontro de povos cria um ambiente com as mais variadas formas de hospitalidade, que une o turismo e as diferentes relações sociais.

Graças a essa diversidade, São Paulo se estabelece como uma grande metrópole que reúne diversas estruturas reconhecidas internacionalmente, como por exemplo, a Sala São Paulo.

Construída em um local de única beleza, muitos são os fatores que propiciam a fama de um lugar dessa grandeza, como a hospitalidade sendo vista como forma de completa inserção no ambiente, pois recebem pessoas das mais variadas localidades e classes sociais, para apreciar o contexto que está sendo mostrado.

Escolhemos esse objeto de estudo porque ele apresenta características únicas e extremas, que vai desde o contraste entre as externalidades da sala de concertos com a abastada classe social que freqüenta o local e também os problemas que a região enfrenta, tornando difícil o acesso ao local.

Este estudo está dividido em quatro partes, além desta introdução.

No primeiro capítulo, faremos o levantamento dos aspectos conceituais de hospitalidade, turismo e responsabilidade social na cidade de São Paulo.

No segundo capítulo será feita a contextualização da metrópole paulistana.

No terceiro capítulo será feita a descrição e a análise do local escolhido para ser o nosso objeto de estudo.

Nas considerações finais, retomamos nosso objeto de estudo, apresentamos uma síntese das descobertas e, também, refletimos sobre a experiência cientifica aplicada nesse projeto, além dos desafios do trabalho em equipe.

CÁPITULO 1 – FUNDAMENTAÇÃO TEORICA

1.1 HOSPITALIDADE: HISTÓRICO E LEVANTAMENTO DE ASPECTOS CONCEITUAIS

1.1.1 Histórico:

Segundo Dencker e Bueno (2003) o ato da hospitalidade está em vigor há muitos séculos nas sociedades. Essa palavra abrange tanto aspectos sociais quanto religiosos – tornando-se assim um compromisso com os Deuses. Com um histórico tão profundo esse conceito remonta, atualmente, pesquisadores com um grande interesse que se liga a várias linhas de investigação.

Ainda segundo os autores (op. cit.), diz que o ponto comum entre as todas as definições de hospitalidade é o acolhimento. Acolher pode ser um dever sagrado, moral e social de acordo com a cultura local.

Para os autores Cândido e Vieira (2003), nos tempos de Olympia e Epidauro devem ter ocorrido as primeiras formas de hospedagem, pois as pessoas se deslocavam de suas cidades para comprar e vender produtos. Outros motivos para o deslocamento das pessoas era o desejo de participar de cerimônias religiosas e guerras para conquistar novas terras.

Ainda segundo os autores Cândido e Vieira (2003), os primeiros hospitais fizeram com que novos tipos de hospedagem surgissem originando um tipo de pousada que abrigava religiosos e doentes, essas pousadas eram acomodações semelhantes a de um seminário e de um convento. Essas pousadas e hospedarias religiosas abrigavam pessoas sadias e doentes, com isso havia a propagação de pragas e epidemias comuns naquela época.

De acordo com Walton (2004), a evolução dos meios de hospedagem está associada ás viagens religiosas, transição de pessoas pela Europa e a busca dos negócios. Assim, os locais de descanso para os viajantes foram se transformando ao longo do tempo, buscando cada vez mais inovações.

Como Duarte (2005) lembra:

“Até o final do século XIX, o crescimento da hotelaria foi muito grande, comprometendo a qualidade dos serviços. Havia poucos bons hotéis no país e larga oferta de hotéis pequenos, sem conforto, carentes de normas de serviço, boa alimentação e limpeza, geralmente próximos às estações ferroviárias. A grande massa da população não encontrava satisfação: nos hotéis modestos havia falta do conforto, e nos de luxo a insatisfação vinha dos elevados preços.” (p.14)

1.1.2 Aspectos Conceituais:

Um conceito de hospitalidade, segundo o Doutor em Educação pela Universidade de São Paulo Walter Praxedes (2004), seria a existência de uma relação humana baseada na ação recíproca entre visitantes e anfitriões. Sempre que os humanos se relacionam, mesmo para a realização de atividades práticas ligadas e receber ou visitar alguém ou um local, o relacionamento depende dos valores daqueles que estão interagindo, ou seja, depende dos princípios que orientam as condutas dos indivíduos envolvidos na relação. A discussão sobre a hospitalidade é muito mais do que uma simples difusão de técnicas de bom atendimento na atividade turística, pois depende de uma discussão prévia sobre os valores que devem fundamentar as práticas de recepção aos turistas. Valores novos devem ser propostos e debatidos livremente, mas nunca impostos.

O conceito de hospitalidade é definido por Camargo (2003), como uma ação de caráter doméstico, publico e comercial, abrangendo os atos de recepcionar, hospedar, alimentar e entreter as pessoas que estão longe do seu lugar nativo.

Segundo Guerrier (2000), a hospitalidade é um fenômeno muito mais amplo, que deve considerar o ato de acolher em toda sua amplitude, envolvendo um conjunto de estruturas, serviços e atitudes, que juntos proporcionam bem estar para o hóspede.

Todas essas definições de hospitalidade possuem as mesmas raízes, apesar