Parte do Slide: A poesia: o neossimbolismo
Por: Rodrigo Minn • 5/10/2019 • Seminário • 387 Palavras (2 Páginas) • 991 Visualizações
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A poesia: o neossimbolismo
Cecília Meireles, de modo geral filia-se às tradições da lírica luso-brasileira. No entanto, a escritora evidencia certa inclinação pelo Simbolismo presente nas obras:
Espectros (1919); Nunca mais... e poema dos poemas (1923); e Baladas para El-Rei (1925).
- A frequente presença de elementos como o vento, a água, o mar, o ar, o tempo, o espaço, a solidão e a música dá à poesia de Cecilia Meireles um caráter fluido e estéreo, que confirma a inclusão neossimbolista da autora.
- O espiritualismo e o orientalismo, também se fazem presentes na obra da poetisa, que sempre se interessou pela cultura oriental e foi admiradora e tradutora do poeta hindu Tagore, do chinês Li Po e do japonês Bashô.
- Do ponto de vista formal, a escritura foi cuidadosa em sua seleção vocabular e forte a inclusão para a musicalidade, para o verso curto e para os paralelismos.
Romanceiros da Inconfidência (1953), abre importante espaço para a reflexão sobre questões da natureza política e social, tais como: a liberdade, a justiça, a miséria, a ganância, a traição, o idealismo.
’’Cavalo de La Fayette
saltando vastas fronteiras!
Ó vitórias, festas, flores
das lutas da independência!
Liberdade – essa palavra,
que o sonho humano alimenta:
que não há ninguém que explique,
e ninguém que não entenda!
E a vizinhança não dorme:
murmura, imagina, inventa.
Não fica bandeira escrita,
mas fica escrita a sentença’’.
(De Cecília Meireles)
A efemeridade do tempo
Cecília Meireles cultivou uma poesia reflexiva, que aborda temas como: o amor, o infinito, a natureza, a criação artística. Mas não se deve entender sua atitude reflexiva como postura intelectual, racional.
Ao Reuniu seus escritos para a publicação de Obras poéticas (1958), Cecília Meireles não inclui seus três livros iniciais, por entender que sua verdadeira maturidade poética se iniciara com Viagem (1939). Entre outras, a escritora publicou estas obras poéticas:
Vaga Música (1942); Romanceiros da infância (1953); Solombra (1963); e Cânticos (1981).
Cecília cronista
Como cronista, Cecília Meireles tem sido equiparada aos principais autores do gênero no Brasil, situando-se ao lado de Rubem Braga que possui características marcadas pela linguagem coloquial e por temas simples, como a vida no campo e a natureza; e Paulo Mendes Campos que explorou em suas crônicas temas atemporal e temas do cotidiano.
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