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Portfólio: A Saúde Capilar

Por:   •  16/1/2018  •  Trabalho acadêmico  •  2.117 Palavras (9 Páginas)  •  273 Visualizações

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INTRODUÇÃO

Sabemos que no mundo em que vivemos hoje, 70% gira em torno da beleza, onde podemos afirmar que essa estatística tanto se aplica pra as mulheres como também para os homens. E com o mercado de trabalho cada vez mais disputado, além da qualificação todos procuram sempre estarem com sua beleza em alta. As mulheres se preocupam mais com esses cuidados, principalmente quando se trata dos cabelos, fazendo uso de produtos químicos os quais irão lhes proporcionar uma satisfação temporária, onde a maioria pouco se importa com os danos causados ou que venham a causar tais químicas usadas.  

Uma das químicas mais usadas são as tinturas, essas tintas de cabelo não são tão inofensivas quanto se pensa, suas substâncias são tão fortes que de uma hora para outra, é possível alterarmos as cores dos cabelos, e nem sempre tudo corre como planejamos ou queremos.

E com isso temos visto cada vez mais pacientes sofrendo com alergias a esses produtos usados para tingir os cabelos. Esta circunstância acaba sendo muito comum nas pessoas que tem uma pele mais sensível e alérgica, mas é muito mais frequente em pessoas que usam esses tipos de produtos já há bastante tempo.

Isso não ocorre porque as colorações estão mais invasivas ou suas formulações estão agravantes, pois devido à procura e a alta comercialização das colorações nos dias de hoje, a indústria cosmética lança constantemente novas fórmulas no mercado, sempre trabalhando para que suas fórmulas fiquem mais refinadas e sua composição cada vez mais seguras, se respaldando assim de total segurança coma fiscalização de seus produtos, fiscalização essa que estão se tornando mais exigentes e rigorosas, o que é muito bom para o consumidor.

Porém devido a esse alto perfil de segurança, alguns profissionais da estética sentem-se aptos a fazerem uso desses produtos sem ao menos ter conhecimentos das substâncias contidas na composição e das possíveis reações alérgicas que podem vim a causar (SANTOS, 2008).

O que advém então, para as alergias sejam mais frequentes  é que nesses produtos existem diversos componentes que podem sensibilizar a pele. Muitos deles provocam na maioria micro irritações a cada vez que o paciente faz uma sessão de coloração, e assim esses componentes vão deixando couro cabeludo cada vez mais sensível e susceptível a desenvolver reações alérgicas ou mesmo lesões por ataque direto dos ingredientes da fórmula no couro cabeludo.

DESENVOLVIMENTO

Procedimentos comuns realizados no decorrer do nosso dia a dia podem ser sérios ocasionadores de alergias. Em contato direto com a pele e como couro cabeludo durante períodos longos, são capazes de causar em determinadas pessoas, irritações e alergias cutâneas.

Os riscos da coloração estão primeiramente em sua composição, a exemplo do chumbo que pode levar não só ao surgimento de problemas neurológicos, como também aos gastrointestinais, musculares, hormonais, surgimentos de câncer, entre outros. Os liberadores de dioxano é um outro componente que compõe uma grande parte das tinturas e são considerados carcinogênicos, podem causar irritação no couro cabeludo, coceira, ardência, desencadear outras alergias, irritação na garganta e nariz através da inalação do produto com as colorações

Podemos somar a isso um conjunto muito vasto de reações cruzadas entre os ingredientes de tinturas de cabelos e produtos que acabamos tendo contato no nosso dia a dia. Chamo de reação cruzada a sensibilização da pele por agentes qu e não necessariamente estão presentes nas colorações capilares, mas que sensibilizam nossos sistema imunológico por conterem substâncias muito parecidas com as presentes nas colorações de cabelo. E por conta disso nosso corpo acaba ficando com o sistema imune alerta a toda e qualquer molécula que seja similar àquela que o sensibilizou.

São exemplos de produtos que podem causar reações cruzadas com cosméticos os corantes de alimentos e os componentes de pigmentação de produtos que temos contato diariamente como, por exemplo, o pigmento do plástico das canetas e dos lápis, produtos químicos presentes nas tintas de parede e até mesmo agentes presentes em outros cosméticos que utilizamos e que acabam sensibilizando nosso sistema imune.  

A primeira medida para quem sofre com a sensibilidade às colorações, seja ela alérgica ou não, é tentar mudar de marca e verificar se a alergia permanece. Se não permanecer será um bom sinal. Mas ainda assim após algum tempo esse novo produto poderá também causar alergia, então o paciente deverá ficar atento a qualquer sinal de irritação no couro cabeludo.

Em segundo lugar, se a nova coloração começar a causar alergia, deve-se substituí-la por um tonalizante e consultar imediatamente um profissional da área médica para verificar o que pode ser feito para melhorar o quadro e evitar futuras alergias. Normalmente o profissional poderá indicar uma coloração menos alergênica para a paciente ou prescreverá condutas preventivas.

Por fim, gostaria de dizer que não vale a pena insistir em utilizar uma coloração que está causando alergia de couro cabeludo, em virtude de alguns casos alérgicos serem passíveis de evoluírem para infecções e complicações maiores para o paciente. O ideal mesmo é procurar ajuda médica para encontrar uma solução paliativa ou definitiva para o caso e evitar riscos maiores

O melasma como já discutido anteriormente é uma doença crônica multifatorial o que faz com que seu desenvolvimento sofra alterações, ainda segundo  Freitag, (2007) podemos definir o melasma como uma doença pigmentar adquirida, bastante prevalente. O fato de ser uma doença adquirida ela pode sofrer alterações o que faz com que as visitas médicas sejam cada vez mais recidivantes fazendo com que o tratamento seja muitas vezes caro e cansativo. Sendo assim o diagnóstico e tratamento quanto mais cedo melhor. O município de Belém esta localizado na região do Brejo paraibano onde desenvolvemos nossa pesquisa que foi aplicada exclusivamente a mulheres, com o objetivo de traçar o perfil das mulheres que desenvolveram melasma na nossa cidade e região.

Começamos levando em conta a idade segundo autores pesquisados como Freitag, (2007) e Mildner, (2015) o melasma começa acometer as mulheres por volta da segunda e terceira década, e através do nosso exposto onde foram entrevistadas 15 mulheres, foi possível observar que a maioria apresenta idade entre 26 e 39 anos, estando 80% inserida no mercado de trabalho são estudantes ou apenas tomam conta do lar. A maioria apresenta um grau de escolaridade mínimo do médio seguido por superior e superior incompleto. Em relação à idade é importante destacar que é nessa faixa etária que a grande maioria começa a fazer uso dos anticoncepcionais ou até mesmo engravidam, num total de 80%, justamente após o uso de anticoncepcionais ou após a gravidez a mulher começa a apresentar essas pigmentações e o fato de estar à maioria inserida no mercado de trabalho pode nos levar a crer que em alguns casos podem ter uma maior exposição contínua aos raios solares. Quando perguntadas se já haviam percebido a presença de manchas ou melasmas a grande maioria das mulheres em torno de 70% a 80% responderam que sim o que mostra que a incidência em nossa região é muito alta, e que é muito pouco difundido seu tratamento ou o próprio conhecimento por parte dessas mulheres que no momento da pesquisa achavam que seria apenas pela exposição excessiva ao sol.

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