Qualidade
Por: ReisQuintino • 26/9/2015 • Resenha • 1.738 Palavras (7 Páginas) • 242 Visualizações
Controle de qualidade – introdução
Discutir inicialmente o conceito de qualidade, suas definições, seu histórico e desenvolvimento, o foco das empresas sobre o assunto e a opinião dos principais especialistas.
O termo "qualidade", constantemente mencionado no vocabulário empresarial e na mídia, não se trata de modismo passageiro que logo desaparecerá.
O assunto qualidade sempre acompanhou o ser humano em sua história neste planeta. Obviamente não discutido com os termos que utilizamos hoje, mas intrínsecos à funcionalidade dos objetos, utensílios e ferramentas que desenvolvia para facilitar suas atividades diárias.
Intrínseco porque qualquer objeto fabricado pelo homem deveria atender a um desejo ou padrão que facilitasse suas atividades. Por exemplo, se houvesse a necessidade de transportar água por um longo período para consumo posterior, o recipiente fabricado de nada serviria se permitisse o vazamento de líquidos.
Logicamente, o conceito atual é bem diferente e bem mais complexo do que foi exposto anteriormente, este evoluiu com o ser humano, possuindo hoje um significado bem amplo e genérico, convivendo em todos os campos da atividade humana.
Especialmente após as duas guerras mundiais (1914-1919 e 1939-1945), os esforços das nações se voltaram principalmente para a reconstrução dos seus países, além da necessidade de proporcionar empregos e alimentos à população. Uma parte do problema foi resolvida pela conquista de novos mercados, pois permitiram a troca e o escoamento dos produtos fabricados.
No entanto, as guerras também trouxeram avanços tecnológicos no conhecimento humano, e esses avanços também influenciaram o modo como os produtos eram projetados, desenvolvidos e fabricados. Desta forma, rapidamente se percebeu que este avanço tecnológico se constituiria em um diferencial importante no momento de oferecer o produto aos consumidores desses novos mercados. Na troca entre produtos, ficou evidenciada a diferença de qualidade entre um produto bem desenvolvido e um produto de qualidade mediana (BALLESTERO-ALVAREZ, 2001).
Desde então, vimos crescer a competição acirrada entre os países, as atividades de pesquisa e desenvolvimento e a busca de vantagens competitivas.
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A globalização acirrou a disputa entre as empresas no mercado mundial.
Recentemente, por causa do avanço tecnológico na área da comunicação, vivemos hoje em uma aldeia global, com comércio internacional praticado em tempo real entre empresas situadas em continentes diferentes.
Assim, esta corrida desenfreada pela busca da preferência entre os mercados elevaram o patamar do conceito de qualidade, que teve de se adequar às exigências de cada mercado em particular.
Histórico moderno
No início do século passado, nos Estados Unidos, surgem as primeiras ações reais em relação ao tema qualidade. Por exemplo, em 1922, G. S. Radford publica "The Control Quality in Manufacturing", que aborda alguns dos princípios da qualidade, mas com foco na inspeção.
Em 1924, a Western Electric forma o Departamento de Engenharia e Inspeção, que se tornaria depois o Departamento de Garantia da Qualidade dos Laboratórios Bell.
Em 1931, W. A. Shewhart publica "Economic Control of Quality of Manufactured Product", conferindo pela primeira vez cunho científico aos estudos da qualidade e expondo conceitos sobre qualidade do produto que estão em uso até os dias atuais.
Nos anos 1950, os estudos se voltam para preocupação com o padrão estabelecido, atendendo aos requisitos da produção em massa que se desenvolve na época. Assim, populariza-se a padronização do processo produtivo, o controle estatístico do processo, a normalização e os trabalhos de inspeção desenvolvidos no chão de fábrica, para que o produto possa atender ao padrão instituído em projeto. Porém, a ênfase maior é no controle do produto.
A partir dos anos 1960, o consumidor passa a ditar as regras da qualidade, por isso as informações provenientes da pesquisa de mercado se tornam relevantes. Desta forma, o produto final deve atender sua proposta de utilização, de acordo com o desejo do consumidor. Desenvolve-se então nesta época a pesquisa de mercado, que tenta descobrir os desejos do consumidor. Mas ainda assim o foco é o controle do produto (BALLESTERO-ALVAREZ, 2001).
Nos anos 1970, o dinheiro se torna escasso no mundo em virtude da crise do petróleo, e as empresas passam a se preocupar com a adequação do produto a custos de fabricação cada vez menores (porém sem reduzir o padrão de qualidade atingido), para que os preços praticados na comercialização conseguissem ser competitivos.
Nesta década surge o movimento pelo controle total da qualidade, trazendo consigo os círculos de controle da qualidade e as famosas sete ferramentas da qualidade. A espionagem industrial começa a fazer parte da estratégia empresarial e entra em foco o controle também do processo, não apenas do produto.
Os anos 1980 marcaram a formação de blocos econômicos fortes, com consumidores mais exigentes. O surgimento de polos industriais propícios ao investimento exterior, nações que se apresentaram como fornecedoras de mão de obra barata e regiões que proporcionaram condições irrecusáveis de comércio fizeram com que as empresas se preocupassem em "adivinhar" qual a próxima necessidade do consumidor. Assim, a palavra de ordem era a antecipação da necessidade e do desejo dos consumidores (antes desse desejo ser explicitado nas pesquisas ou ser de conhecimento dos concorrentes), pela aproximação e convivência com os clientes.
Os anos 1990 foram marcados pela acentuação do quadro social, político, econômico e financeiro e também trouxeram a popularização da técnica e da tecnologia através do uso do computador. O avanço nas telecomunicações (e a internet) transformou a noção de espaço e tempo. Os consumidores, clientes, fornecedores, acionistas e investidores passaram a ser vistos como parceiros decisivos (por meio do reconhecimento do valor do produto) na tarefa de conquistar mercados, e não mais como ameaça. Assim, a qualidade passa a fazer parte da estratégia do negócio, participando do planejamento e da gestão empresarial.
Hoje em dia vivemos em um campo de batalha em que não é possível cometer erros, estes saem caros demais para uma empresa. Por isso, nunca as pessoas foram tão fundamentais para o sucesso de uma empresa do que nos dias atuais. Essas pessoas devem estar atentas para as tendências e modificações de mercado, que estejam à frente da concorrência e que se transformem e transformem a empresa na qual trabalham (BALLESTERO-ALVAREZ, 2001).
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As pessoas são o capital mais valioso da empresa.
Precursores da qualidade
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