RELATÓRIO DE VIVÊNCIA: O TRANSTORNO OPOSITIVO DESAFIADOR (TOD) NA ADOLESCÊNCIA E O DESAFIO DO PSICÓLOGO
Por: Al-Samir Ismail • 25/8/2019 • Trabalho acadêmico • 971 Palavras (4 Páginas) • 8.043 Visualizações
UNIVERSIDADE POTIGUAR – UNP
PRO-REITORIA ACADÊMICA
ESCOLA DA SAÚDE
CURSO DE PSICOLOGIA
BARTOLOMEU DOS ANJOS
RELATÓRIO DE VIVÊNCIA: O TRANSTORNO OPOSITIVO DESAFIADOR (TOD) NA ADOLESCÊNCIA E O DESAFIO DO PSICÓLOGO
MOSSORÓ/RN
2019
BARTOLOMEU DOS ANJOS
RELATÓRIO DE VIVÊNCIA: O TRANSTORNO OPOSITIVO DESAFIADOR (TOD) NA ADOLESCÊNCIA E O DESAFIO DO PSICÓLOGO
Trabalho apresentado por exigência da disciplina Processos Psicopatológicos da Infância e Adolescência do curso de graduação em psicologia da Universidade Potiguar-UNP.
Orientador: Prof. Esp. Makcion Muller Rodrigues Leite
MOSSORÓ/RN
2019
RELATÓRIO DE VIVÊNCIA: O TRANSTORNO OPOSITIVO DESAFIADOR (TOD) NA ADOLESCÊNCIA E O DESAFIO DO PSICÓLOGO
O DSM-5 (2014, p. 462) interpreta o TOD como “um padrão de humor raivoso/irritável, de comportamento questionador/desafiante ou índole vingativa com duração de pelo menos seis meses”. A CID-10, na classificação F91.3, define o TOD como um:
Transtorno de conduta, manifestando-se habitualmente em crianças jovens, caracterizado essencialmente por um comportamento provocador, desobediente ou perturbador e não acompanhado de comportamentos delituosos ou de condutas agressivas ou dissociais graves (CID-10, 2012, p. 372).
O Transtorno Opositivo Desafiador (TOD) traduz em um transtorno psicológico determinado, sobretudo, por comportamentos manifestados na finalidade de agir contrariamente aquilo que se pede ou se espera dela. Inúmeros comportamentos evidenciam o problema: Conforme mencionado por Kaplan et al. (2003, p.995, “o Transtorno opositivo desafiador consiste em um padrão persistente de comportamentos negativistas, hostis e desafiadores na ausência de sérias violações de normas sociais ou direitos alheios”.
Conforme encontrado na bibliografia de Kaplan e Sadock (2007), a simulação demonstrou inúmeros comportamentos que evidenciaram o TOD da adolescente, sobretudo no sentido de comportar-se contrariamente ao solicitado pela psicóloga. A adolescente apresentou constantemente irritada, rancorosa, e se aborreceu facilmente, apresentando descontrole emocional e teimosia persistente. A adolescente desafiou solicitações e regras impostas pela psicóloga, inclinando acentuadamente em desentender com ela intencionalmente.
Nas observações comportamentais da adolescente Eduarda, de 17 anos, constatou-se a provocação dos limites da psicóloga para conseguir o que desejava naquele momento, e para se livrar das provocações, a psicóloga findou realizando o que adolescente almejava, a sua ausência da sessão de psicoterapia. Anteriormente, a psicóloga percebeu que a ausência de regras e limites transcendia o limite do aceitável.
No atendimento com a adolescente, a preocupação inicial da psicóloga era o estabelecimento do vínculo e acolhimento, devido a sua importância durante o processo terapêutico. O determinado evento comportamental pela adolescente dependeria do vínculo formado com a psicóloga, e desta forma a profissional não conduziu o vínculo no processo terapêutico.
Diante da simulação realizada com a adolescente com TOD, é interessante admitir que essa observação possibilitou uma análise ampla a respeito das dificuldades do adolescente em geral com TOD e colaborou para a percepção da responsabilidade do profissional de psicologia.
No decorrer da sessão, a adolescente rejeitou as regras, compromissos e intencionalmente se irritou com a insistência das perguntas realizada pela psicóloga, provocando-a e acusando por não se sentir confortável naquele local. A adolescente aceitou o convite da sua mãe em comparecer na sessão de psicoterapia após uma proposta de compensação e, no decorrer da psicoterapia perdeu o controle facilmente, ficou irritada mesmo com perguntas simples e apresentou um comportamento vingativo.
A adolescente ao desobedecer facilmente, não respeitou as regras, demonstrou querer ser o centro das atenções. Ela demonstrou ser incapaz de participar de qualquer situação se não estivesse no comando, que demonstrou uma atitude arrogante com a psicóloga, que muitas vezes apresentou comportamento desafiador.
A adolescente aparentou segura de si mesma, mas na realidade a sua atitude demonstrou viver o sofrimento e a solidão.
Assim, compreendo que a psicóloga deveria respeitar e aprender a proporcionar melhores caminhos de escuta sensível com a adolescente naquele momento na sessão de psicoterapia. Nesse sentido, a profissional psicologia deveria possuir uma escuta sensível, conforme menciona Orrú:
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