O TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA NA EDUCAÇÃO INFANTIL: Um estudo desafiador ou mera possibilidade
Por: Jlrje2000 • 11/5/2020 • Artigo • 6.361 Palavras (26 Páginas) • 307 Visualizações
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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
CURSO DE PEDAGOGIA
CILENE PINHEIRO DUARTE
O TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA NA EDUCAÇÃO INFANTIL:
um estudo desafiador ou mera possibilidade
Rio de Janeiro
2020
CILENE PINHEIRO DUARTE
O TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA NA EDUCAÇÃO INFANTIL:
um estudo desafiador ou mera possibilidade
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à banca examinadora, sob a orientação da Profª. Isolda Cecília Bravim, como requisito parcial para a conclusão da licenciatura em Pedagogia.
Rio de Janeiro
2020
- RESUMO
O presente artigo científico trata de um tema bastante controverso, que compromete vários componentes do âmbito educacional e, principalmente da dedicação e empenho dos seus familiares. Objetivou-se conhecer as conquistas e os impasses dos docentes durante a inclusão dos alunos com Transtorno do Espectro Autista (TEA) dentro da sala de aula, analisando suas noções sobre o processo escolar. Neste contexto, o trabalho de conclusão de curso entendeu que o Transtorno do Espectro Autista (TEA), por apresentar diversas dificuldades no desenvolvimento humano, tornou necessário o trabalho comprometedor de todos os profissionais envolvidos com a educação e fez da escola inclusiva um importante fator para o relacionamento social e desenvolvimento das habilidades de todos. Este modelo do artigo trata-se de uma pesquisa bibliográfica de cunho puramente qualitativo.
Palavras-chave: Artigo científico. Trabalho de conclusão de curso. Modelo do artigo.
- INTRODUÇÃO
O interesse por estudar inclusão de criança com Transtorno de Espectro Autista (TEA) surgiu em 2015 quando comecei a perceber que meu sobrinho, apresentava alguma anormalidade em suas atitudes, ou seja, deparei-me com um ente querido especial, ainda não diagnosticado como autista ou qualquer outra deficiência. Entretanto, com traços visíveis de uma criança especial. Mesmo, os pais resistindo em não admitir a gravidade da deficiência, despertou-me o desejo pelo assunto e a curiosidade de saber mais sobre o tema. As características eram marcantes do autismo por ser um desenvolvimento anormal na forma deste ente interagir socialmente, na comunicação, como também nas restrições nas atividades e interesses. Essas características, com frequência, o levavam a um isolamento dos amiguinhos como também da família. Onde, segundo Camargo,
“Falta de amizades ou dificuldades de se relacionar, provocam o desenvolvimento de problemas emocionais e de socialização nos autistas (CAMARGO; PIMENTEL; BOSA, 2009)”.
Afortunadamente, surgiu-me o interesse em conhecer e debruçar-me nas causas e os principais efeitos que são acometidas as crianças com Transtorno de Espectro Autista e, principalmente, como trabalhar com essas crianças no contexto escolar e educacional. Considerando que os professores, mesmo sem uma capacitação, precisavam trabalhar com essas crianças, no intuito de promoverem a inclusão social destes alunos na escola. Nesse pretexto estudei sobre várias deficiências, inclusive sobre o Transtorno de Espectro Autista na busca de conhecimentos que me levassem a um entendimento qualitativo do problema. E, atualmente, vejo que a inclusão deve ser trabalhada em todos os lugares e ambientes, principalmente no contexto escolar, pois é neste espaço que a criança é preparada para viver em sociedade. Assim, Orrú afirma que:
“... é imprescindível que o educador e qualquer outro profissional que trabalhe junto à pessoa com autismo seja um conhecedor da síndrome e de suas características inerentes. (2003, p.1)”
Então, vemos que a inclusão é muito mais que o simples fato de matricular o aluno na escola, pois é necessário uma preparação tanto do próprio professor quanto da escola, afim de que haja um bom desenvolvimento da criança autista.
A inclusão social é de grande importância para a qualidade de vida dos alunos que são acometidos por qualquer deficiência, inclusive autistas, devido às dificuldades de comunicação que estas crianças com Transtorno de Espectro Autista apresentam, como comportamentos repetitivos e interesses reservados.
Ao Receber o diagnóstico de autismo me pareceu um momento difícil para a família. Ter a sensação de ter um filho, ter expectativas e criar vínculo entre pais e filhos. Desde o momento em que os pais ficam sabendo de uma deficiência, a preocupação com o presente e o futuro da criança aumenta enormemente e isso esta sendo vivido com a família. Ibid é enfático quando diz que:
...essa preocupação do futuro acompanha a família por toda a vida, com maior ou menor intensidade dependendo dos casos, do momento evolutivo da criança, dos recursos pessoais e das condições de vida (Ibid., p. 331).
A ausência do diagnóstico e atendimento precoce e de apoio às famílias e professores que a família passou por motivo de sua moradia no Município de Tabatinga-AM, conduziu ao aparecimento de fatores destrutivos que tenderam a aumentar com o agravamento da falta de informação e formação, levando à instalação de situações de stress que conduzem ao afastamento das atividades sociais, de desporto e lazer, indispensáveis à boa qualidade de vida de pais e filhos. Desta forma, Ibid diz que:
...ao saber do diagnóstico, os pais passam pelas seguintes fases: fase do choque, fase da negação, fase da adaptação e fase de orientação. São fases difíceis, mas que todas as mães de crianças autistas passam e muitas pulam algumas dessas fases ou demoram mais a sair (Ibid., p. 385).
De que forma os pais, professores e responsáveis podem contribuir para a inclusão dos alunos com Transtorno do Espectro Autista - TEA nas salas de aula? A detecção precoce poderá impactar no futuro próspero destes alunos? Para um contestamento mais plausível, coligamos o estudo bibliográfico a uma sugerida intervenção sobre esta realidade escolar, que contribuísse para a instrumentalização de Professores e Pedagogos que estão diretamente envolvidos com a escolarização e inclusão dos alunos com Transtorno do Espectro Autista - TEA.
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