Resumo Psicopatologia da Idade Adulta
Por: suelembrixner037 • 3/12/2020 • Trabalho acadêmico • 4.496 Palavras (18 Páginas) • 283 Visualizações
Psicopatologia da Idade Adulta
1- Transtornos de personalidade:
Personalidade é o conjunto de características psicológicas que determinam os padrões de pensar, sentir e agir, ou seja, a individualidade pessoal e social de alguém. A formação da personalidade é processo gradual, complexo e único a cada indivíduo. O termo é usado em linguagem comum com o sentido de "conjunto das características marcantes de uma pessoa", de forma que se pode dizer que uma pessoa "não tem personalidade"; esse uso no entanto leva em conta um conceito do senso comum e não o conceito científico aqui tratado.
O que é transtorno de personalidade?
Transtornos de personalidade são padrões de pensar, perceber, reagir e se relacionar diferentes dos que são conhecidos e esperados normalmente. As causas ainda são desconhecidas. Mas, acredita-se que a herança genética e as condições do ambiente no qual a pessoa foi criada são grandes influências.
Os sinais do transtorno de personalidade são bem conhecidos e, geralmente, começam a aparecer na adolescência e no começo da vida adulta. Em geral, eles envolvem os seguintes problemas:
Identidade – pessoas com transtorno de personalidade não têm uma imagem clara e estável de si mesmas. Ou seja, a maneira como elas se veem muda dependendo da situação e das pessoas com quem elas estão. Por exemplo, elas podem alternar entre se acharem cruéis ou generosas e são inconsistentes em relação aos seus valores e objetivos. Além disso, a autoestima alterna entre alta e baixa.
Relacionamento – quem tem transtorno de personalidade é, geralmente, incapaz de estabelecer relacionamentos íntimos e estáveis com outras pessoas. A pessoa pode ser insensível, se isolar ou não ter empatia e também pode ter medo de abandono e necessidade de atenção. Familiares e amigos, frequentemente, a acham confusa.
Os tipos de Transtornos de Personalidade
Os transtornos de personalidade são classificados em três subgrupos, conforme o último Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5), unindo aqueles que apresentam características e padrões em comum. Ao todo, são dez transtornos diferentes.
Transtorno de personalidade do GRUPO A:
Transtorno de Personalidade Paranóide 301.0 (F60.0): pessoas com alto grau de desconfiança e suspeita sobre os outros. Podem apresentar medo de perseguição e/ou de serem enganadas.
Transtorno de Personalidade Esquizoide 301.20 (F60.1): costumam apresentar alto grau de desinteresse em outras pessoas e embotamento social.
Transtorno de Personalidade Esquizotípico 301.22 (F21): pessoas com comportamentos e pensamentos excêntricos ou bizarros. Geralmente têm dificuldade em adquirir relacionamentos íntimos.
Transtornos dramáticos ou erráticos: do GRUPO B:
Transtorno de Personalidade Antissocial 301.7 (F60.2): costumam manipular os outros para ganho pessoal, podem ser falsos e irresponsáveis social e afetivamente.
Transtorno de Personalidade Borderline 301.83 (F60.3): alta instabilidade emocional, com intolerância de ficar sozinho e mudanças de atitude súbitas e de forma impulsiva.
Transtorno de Personalidade Histriônico 301.50 (F60.4): pessoas que possuem necessidade excessiva de chamar a atenção.
Transtorno de Personalidade Narcisista 301.81 (F60.81): costumam apresentar autoestima frágil e desregulada, apesar de aparentarem grandiosidade sobre a própria imagem.
Transtornos ansiosos e/ou apreensivos do GRUPO C :
Transtorno de Personalidade Esquivo 301.82 (F60.6): medo de rejeição tão alto que costumam evitar o contato interpessoal de qualquer tipo.
Transtorno de Personalidade Dependente 301.6 (F60.7): costumam apresentar necessidade excessiva de ser cuidado e alto grau de submissão.
Transtorno de Personalidade Obsessivo-Compulsivo (TOC) 301.4 (F60.5): costumam ser pessoas rígidas, perfeccionistas e obstinadas, que apresentam pensamentos ou comportamentos repetitivos que causam prejuízo às suas atividades diárias.
2- Transtorno alimentar:
Os transtornos alimentares são caracterizados por uma perturbação persistente na alimentação ou no comportamento relacionado à alimentação que resulta no consumo ou na absorção alterada de alimentos e que compromete significativamente a saúde física ou o funcionamento psicossocial.
Pica 307.52: A Pica, também conhecida como alotriofagia, é uma rara condição dos seres humanos, caracterizando-se por um apetite por substâncias não nutritivas, como terra, carvão ou tecidos. O termo “Pica” vem da palavra em latim para o pássaro pega-rabuda, um pássaro conhecido por comer praticamente tudo. A característica essencial da Pica é a ingestão de uma ou mais substâncias não nutritivas, não alimentares, de forma persistente durante um período mínimo de um mês. As substâncias típicas ingeridas tendem a variar com a idade, podendo incluir papel, sabão, tecido, cabelo, fios, terra, giz, talco, tinta, cola, metal, pedras, carvão vegetal ou mineral, cinzas, detergente ou gelo. É preciso para o diagnóstico que a ingestão de substâncias não alimentares seja inapropriada ao estádio de desenvolvimento, não seja uma prática cultural, haja a idade mínima de dois anos, podendo estar associada a outras perturbações. Inicialmente, a Pica pode ocorrer na infância, na adolescência ou na idade adulta, embora seja mais frequente na infância.
O transtorno pode ocorrer em crianças com desenvolvimento normal noutras áreas, enquanto nos adultos surgir no contexto de deficiência intelectual ou outros transtornos mentais. A duração desta perturbação pode ser grande e resultar em sérios problemas de saúde, como por exemplo obstrução intestinal, perda de peso ou intoxicação. Não existe nenhum teste ou exame que determine esta patologia, embora tenham surgido casos de deficiências em vitaminas e minerais. No entanto não surgiu uma relação forte entre a falta destes nutrientes e a presença da perturbação.
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