Sistema Unico De Saude
Ensaios: Sistema Unico De Saude. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: Vacrochat • 21/8/2013 • 1.482 Palavras (6 Páginas) • 414 Visualizações
Estratégia de Saúde da família
A Estratégia Saúde da Família surgiu entre 1994 e 1993 como iniciativa do Ministério da Saúde para a implementação da atenção primária em saúde e mudança do modelo assistencial vigente no país, alterando o paradigma voltado às doenças, baseado no hospital, para o de promoção de saúde, prevenção de doenças e cuidado às doenças crônicas, baseado no território de abrangência das Unidades Básicas de Saúde
A Saúde da Família é entendida como uma estratégia de reorientação do modelo assistencial, operacionalizada mediante a implantação de equipes multiprofissionais em unidades básicas de saúde. Estas equipes são responsáveis pelo acompanhamento de um número definido de famílias, localizadas em uma área geográfica delimitada. As equipes atuam com ações de promoção da saúde, prevenção, recuperação, reabilitação de doenças e agravos mais freqüentes, e na manutenção da saúde desta comunidade. A responsabilidade pelo acompanhamento das famílias coloca para as equipes saúde da família a necessidade de ultrapassar os limites classicamente definidos para a atenção básica no Brasil, especialmente no contexto do SUS.
Recentemente, foram implantados os Núcleos de Apoio à Saúde da Família (NASF), compostos por assistentes sociais, psicólogos, psiquiatras, nutricionistas, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais e fonoaudiólogos, com o objetivo de compartilhar as práticas em saúde, realizar capacitações e elaborar projetos terapêuticos individualizados e singulares.
. Prestar, na unidade de saúde e no domicílio, assistência
integral, contínua, com resolubilidade e boa qualidade às
necessidades de saúde da população adscrita
. Intervir sobre os fatores de risco aos quais a população está
exposta
. Eleger a família e o seu espaço social como núcleo básico de
abordagem no atendimento à saúde
. Humanizar as práticas de saúde através do estabelecimento
de um vínculo entre os profissionais de saúde e a população.
Proporcionar o estabelecimento de parcerias através do
desenvolvimento de ações intersetoriais
. Contribuir para a democratização do conhecimento do
processo saúde/doença, da organização dos serviços e da
produção social da saúde
. Fazer com que a saúde seja reconhecida como um direito de
cidadania e, portanto, expressão da qualidade de vida.
Estimular a organização da comunidade para o efetivo
exercício do controle social
Foi também implantado o Programa Ambientem Verdes e Saudáveis, com o intuito de capacitar agentes comunitários de saúde e agentes de proteção ambiental quanto às questões socioambientais.
A estratégia de Saúde da Família é um projeto dinamizador do SUS, condicionada pela evolução histórica e organização do sistema de saúde no Brasil. A velocidade de expansão da Saúde da Família comprova a adesão de gestores estaduais e municipais aos seus princípios. Iniciado em 1994, apresentou um crescimento expressivo nos últimos anos. A consolidação dessa estratégia precisa, entretanto, ser sustentada por um processo que permita a real substituição da rede básica de serviços tradicionais no âmbito dos municípios e pela capacidade de produção de resultados positivos nos indicadores de saúde e de qualidade de vida da população assistida.
A Saúde da Família como estratégia estruturante dos sistemas municipais de saúde tem provocado um importante movimento com o intuito de reordenar o modelo de atenção no SUS. Busca maior racionalidade na utilização dos demais níveis assistenciais e tem produzido resultados positivos nos principais indicadores de saúde das populações assistidas às equipes saúde da família.
Equipes de Saúde
As equipes são compostas, no mínimo, por um médico de família, um enfermeiro, um auxiliar de enfermagem e seis agentes comunitários de saúde. Quando ampliada, conta ainda com: um dentista, um auxiliar de consultório dentário e um técnico em higiene dental.
Cada equipe se responsabiliza pelo acompanhamento de cerca de três mil a quatro mil, e estas passam a ter co-responsabilidade no cuidado à saúde. A atuação das equipes ocorre principalmente nas unidades básicas de saúde, nas residências e na mobilização da comunidade, caracterizando-se: como porta de entrada de um sistema hierarquizado e regionalizado de saúde; por ter território definido, com uma população delimitada, sob a sua responsabilidade; por intervir sobre os fatores de risco aos qual a comunidade está exposta; por prestar assistência integral, permanente e de qualidade; por realizar atividades de educação e promoção da saúde.
E, ainda: por estabelecer vínculos de compromisso e de co-responsabilidade com a população; por estimular a organização das comunidades para exercer o controle social das ações e serviços de saúde; por utilizar sistemas de informação para o monitoramento e a tomada de decisões; por atuar de forma intersetorial, por meio de parcerias estabelecidas com diferentes segmentos sociais e institucionais, de forma a intervir em situações que transcendem a especificidade do setor saúde e que têm efeitos determinantes sobre as condições de vida e saúde dos indivíduos- famílias- comunidade.
Agentes Comunitários de Saúde
O Programa de Agentes Comunitários de Saúde é hoje considerado parte da Saúde da Família. Nos municípios onde há somente o PACS, este pode ser considerado um programa de transição para a Saúde da Família. No PACS, as ações dos agentes comunitários de saúde são acompanhadas e orientadas por um enfermeiro/supervisor lotado em uma unidade básica de saúde.
Os agentes comunitários de saúde podem ser encontrados em duas situações distintas em relação à rede do SUS: a) ligados a uma unidade básica de saúde ainda não organizada na lógica da Saúde da Família; e b) ligados a uma unidade básica de Saúde da Família como membro da equipe multiprofissional. Atualmente, encontra-se em atividade no país 204 mil ACS, estando presentes tanto
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