Violencia No Brasil: Uma Questão Social
Pesquisas Acadêmicas: Violencia No Brasil: Uma Questão Social. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: josenialeitao • 15/5/2014 • 1.579 Palavras (7 Páginas) • 1.010 Visualizações
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 03
DESENVOLVIMENTO 04
CONCLUSÃO 06
REFERÊNCIAS 07
1 INTRODUÇÃO
A violência, em seus mais variados contornos, é um fenômeno histórico na constituição da sociedade brasileira. A escravidão (primeiro com os índios e depois, e especialmente, com a mão de obra africana), a colonização mercantilista, o coronelismo, as oligarquias antes e depois da independência, somados a um Estado caracterizado pelo autoritarismo burocrático, contribuíram enormemente para o aumento da violência que atravessa a história do Brasil.
Embora o Brasil tenha avançado na área social nos últimos anos, ainda persistem muitos problemas que afetam a vida dos brasileiros. A violência é um deles, e está crescendo a cada dia, principalmente nas grandes cidades brasileiras. Os crimes estão cada vez mais presentes no cotidiano das pessoas. Nos jornais, rádios e televisões presenciamos cenas de assaltos, crimes e agressões físicas. A falta de um rigor maior no cumprimento das leis aliada as injustiças sociais possa, em parte, explicar a intensificação destes problemas em nosso país.
No entanto, a violência no Brasil é fruto das desigualdades sociais promovidas pelo modelo capitalista de produção – a “Questão Social” -, que atinge principalmente os indivíduos que são enquadrados nos altos índices de pobreza e consequentemente de exclusão social, que encontram na criminalidade e na violência, a saída para sua “reinserção” no modo de produção capitalista, ou seja, alternativa de sobrevivência.
O presente artigo tem por objetivo analisar a relação entre a problemática da violência no brasileira como questão social.
DESENVOLVIMENTO
2.1 A questão social: a violência brasileira dentro do modelo capitalista.
Podemos ressaltar o significado de exclusão social vivenciadas por estes indivíduos, onde no Brasil, apesar de que desde a década de 30, o país tenha passado a reconhecer o conceito da cidadania, como igualdade para todos, o que observamos a realidade é o aumento massivo da subalternidade – esta como não só exploração, mas como também, dominação econômica e exclusão das políticas públicas, onde estas por sua vez, são marcadas pela descentralização, clientelismo – e da estratificação social.
Segundo Netto (1998), o conceito de questão social surge para dar contado fenômeno da pauperização oriundo da industrialização, iniciada na Inglaterra no último quartel no século XVIII. “Pela primeira vez na história registrada, a pobreza crescia na razão direta em que aumentava a capacidade social de produzir riqueza” (Netto,1998, p.42)
Portanto, não significa que antes não havia desigualdade social, apenas torna-se mais notório as problemáticas sociais em virtude dos antagonismos instituídos entre as classes sociais capitalistas. A pobreza deixa de ser vista como um fato natural, pela classe trabalhadora, que percebe que a questão social está colocada à sociedade burguesa. Porém, por outro lado, no mesmo período, os pensadores laicos, definem as problemáticas sociais como o desdobramento de toda e qualquer ordem social e que a solução pra tal fim seria apenas a intervenção de políticas limitadas, de forma a reformar a moral do homem e da sociedade.
Nas sociedades anteriores, as desigualdades e problemáticas sociais decorriam de uma escassez que o baixo nível de desenvolvimento das forças produtivas não poderia suprimir, porém na ordem burguesa instituída, decorrem de uma escassez produzida socialmente que resulta necessariamente da contradição entre as forças produtivas e as relações de produção. Dentro de tal contexto temos a questão da institucionalização da violência como a expressão desta questão social, no sistema de produção capitalista fica a margem da dinâmica social.
Diversos fatores colaboram para aumentar a violência, tais como a urbanização acelerada, que traz um grande fluxo de pessoas para as áreas urbanas e assim contribui para um crescimento desordenado e desorganizado das cidades. Colaboram também para o aumento da violência as fortes aspirações de consumo, em parte frustradas pelas dificuldades de inserção no mercado de trabalho.
As causas da violência são associadas, em parte, a problemas sociais como miséria, fome, desemprego. Mas nem todos os tipos de criminalidade derivam das condições econômicas. Além disso, um Estado ineficiente e sem programas de políticas públicas de segurança, contribui para aumentar a sensação de injustiça e impunidade, que é, talvez, a principal causa da violência.
2.2 A violência na contemporaneidade e a questão social.
A violência é uma marca da sociedade contemporânea. Ela acompanha o homem desde tempos imemoriais, mas, a cada tempo, ela se manifesta de formas e em circunstâncias diferentes. Não há quem não identifique uma ação ou situação violenta, porém conceituar violência é muito difícil visto que a ação geradora ou sentimento relativo à violência pode ter significados múltiplos e diferentes dependentes da cultura, momento e condições nas quais elas ocorrem.
A violência se apresenta nas mais diversas configurações e pode ser caracterizada como violência contra a mulher, a criança, o idoso, violência sexual, política, violência psicológica, física, verbal, dentre outras. Em um Estado democrático, a repressão controlada e a polícia têm um papel crucial no controle da criminalidade. Porém, essa repressão controlada deve ser simultaneamente apoiada e vigiada pela sociedade civil. Os autores Pinheiro e Almeida (2003, p. 16) ao buscarem a definição da Organização Mundial da Saúde sobre violência, a definem como:
[...] o uso intencional da força física ou do poder, real ou potencial, contra si próprio, contra outras pessoas ou contra um grupo ou uma comunidade, que resulte ou tenha possibilidade de resultar em lesão, morte, dano psicológico, deficiência de desenvolvimento ou privação.
Então a questão social no Brasil é moldada de acordo com os interesses
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