A arte de ser Brasileiro
Seminário: A arte de ser Brasileiro. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: AndreiaBolzan • 2/9/2013 • Seminário • 1.396 Palavras (6 Páginas) • 434 Visualizações
A arte de ser Brasileiro
LIMITAÇÕES DO COMPORTAMENTO ORGANIZACIONAL
Este livro foi escrito a partir de um ponto de vista especializado que enfatiza, primeiro, o fator humano
das organizações e os tipos de benefícios que a atenção a esse aspecto pode trazer. Relatamos continuamente resultados de estudos que indicam suas vantagens nas áreas de absenteísmo, rotatividade, ní-
veis de estresse e desempenho de funcionários. Apesar disso, também reconhecemos as limitações do
comportamento organizacional. Ele não abolirá o confl ito nem a frustração; apenas poderá reduzi-los.
É uma maneira de melhorar, não a resposta absoluta para todos os problemas. Além do mais, trata-se
apenas de uma parte do traje completo que veste uma organização. Podemos discutir o comportamento organizacional como um assunto separado, mas para aplicá-lo, devemos uni-lo à realidade como
um todo. Práticas aperfeiçoadas de comportamento organizacional não poderão (por si só)
resolver o problema do desemprego. O CO não compensará as nossas próprias defi ciências. Ele não
pode ser utilizado como compensação para um planejamento falho, uma organização inepta ou um
controle inadequado. É apenas um de muitos sistemas operando em um sistema social mais amplo.
Esta seção foi elaborada para alertá-lo sobre as três grandes limitações do CO (viés comportamental,
retornos decrescentes e manipulação antiética), bem como sobre outros problemas.
Viés Comportamental
As pessoas que não possuem uma compreensão detalhada acerca do funcionamento dos sistemas, e
que se tornam superfi cialmente infl uenciadas pelo comportamento organizacional, podem desenvolver uma forma de viés comportamental que lhes oferece um ponto de vista restrito, o qual enfatiza
a satisfação das necessidades dos funcionários enquanto ignora o sistema mais amplo da organização
e as relações com todo o seu público. A preocupação com os funcionários pode ser tão exagerada
que o propósito original de reunir pessoas — resultados organizacionais produtivos para a sociedade
— é perdido. Um comportamento organizacional sólido deveria auxiliar a obtenção dos propósitos
organizacionais, não sua substituição. Um indivíduo que ignora as necessidades das pessoas como
consumidores de produtos organizacionais, enquanto valoriza excessivamente as necessidades dos
funcionários, está aplicando equivocadamente as idéias do comportamento organizacional. É um erro
considerar, de forma simples, que o objetivo do CO seja criar uma força de trabalho satisfeita, visto
que esse objetivo não se traduz automaticamente em novos produtos nem na excelência da prestação
de serviços aos consumidores. Por outro lado, a pessoa que enfatiza excessivamente os resultados de
produção, sem considerar as necessidades dos funcionários, também está utilizando erroneamente o
comportamento organizacional. Um comportamento organizacional sólido reconhece a existência de um
sistema social no qual muitas formas de necessidades humanas são satisfeitas de diversas maneiras.
O viés comportamental pode ser aplicado tão equivocadamente que pode prejudicar os funcionários e as organizações. Algumas pessoas, apesar de suas boas intenções, sobrecarregam de
tal forma seus pares com cuidados que esses indivíduos tornam-se emocionalmente subjugados e
são reduzidos a uma dependência — improdutiva — indigna. Eles se tornam contentes, mas não
realizados. Encontram desculpas para seus fracassos, em vez de assumirem a responsabilidade por
seus avanços. Eles carecem de autodisciplina e auto-respeito. Da mesma maneira que ocorreu coma administração científi ca anos atrás, a preocupação com as pessoas pode ser utilizada equivocadamente por partidários apaixonados dessa corrente até que ela se torne prejudicial.
A Lei dos Retornos Decrescentes
A ênfase exagerada em uma prática de comportamento organizacional pode produzir resultados
negativos, conforme indicado pela lei dos retornos decrescentes,
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um fator limitante em comportamento organizacional da mesma forma que é na economia. Na economia, a lei dos retornos
decrescentes refere-se ao declínio da quantidade de unidades adicionais de output quando mais de
um input desejado é adicionado a uma situação econômica específi ca. Após determinado ponto, o
número de unidades adicionais resultantes, em relação às unidades de input acrescentadas, tende a
tornar-se menor. O volume de output obtido adicionalmente pode, eventualmente, alcançar zero e,
até mesmo, continuar a declinar à medida que novas unidades de input são adicionadas.
A lei dos retornos decrescentes funciona no comportamento organizacional de maneira semelhante. Ela afi rma que, em certo ponto, o aumento de uma prática desejada produz resultados decrescentes, eventualmente nenhum resultado, e, até mesmo, resultados decrescentes à proporção
que novos aumentos são realizados. O conceito implica que para cada situação há uma quantidade
ótima de práticas desejáveis, como reconhecimento ou participação. Quando aquele ponto é ultrapassado, ocorre um declínio em relação aos retornos. Em outras palavras, o fato de uma prática ser
desejável não signifi ca necessariamente que uma quantidade maior dela também seja mais desejá-
vel.
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