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APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA DE ARTE

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Por:   •  19/3/2015  •  1.033 Palavras (5 Páginas)  •  1.189 Visualizações

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A arte é uma constante na vida de todos nós. Ela faz parte da história de todos nós.

O enfoque do ensino de Arte na Educação Básica será nas relações entre arte e sociedade.

No entanto, sabemos que tentar definir esse conjunto complexo do fazer humano, a que chamamos de arte, é extremamente difícil devido a abrangência de fatores que para essa realização concorrem e as infinitas variáveis que nela interferem, tanto na sua criação psíquica quanto na sua execução.

Envolve não apenas uma atividade livre de produção artística, mas também envolve compreender o que se faz e o que os outros fazem, através do desenvolvimento da percepção estética e do conhecimento do contexto histórico em que foi feito.

A arte está presente desde os primórdios da humanidade, sendo uma forma de trabalho criador. O trabalho é uma atividade fundamental do ser humano, por meio dele, o homem transformou a natureza e a si próprio. Ele passou de animal a homem e tornou-se capaz de simbolizar.

Os ancestrais da raça humana pintavam nas paredes de suas cavernas e através de suas imagens expressavam seu cotidiano. A arte foi evoluindo e ocupando um importantíssimo espaço na sociedade.

Para Kandinsky “a obra de arte é filha de seu tempo”. Cada época cria uma arte que lhe é propicia, e cada grupo humano o faz a sua maneira, dentro do conhecimento de mundo que esse grupo venha a ter, bem como de sua capacidade tecnológica, de sua localização geográfica, de seu poder econômico, de seu sistema político, de suas convicções religiosas e das características psicológicas que estruturam tal complexo grupal.

Durante o período colonial, no Brasil os Jesuítas desenvolveram uma educação de tradição religiosa cujos registros revelam o uso pedagógico da arte. Nessas reduções, o trabalho de catequização dos indígenas se dava com os ensinamentos de artes, através da literatura, música, teatro, dança, pintura, escultura e artes manuais.

A semana da Arte Moderna de 1922 foi um importante marco para a arte brasileira, ela aconteceu durante os dias 13, 15 e 17 de fevereiro de 1922, no Teatro Municipal de São Paulo. Tinha como principal objetivo dar ao público a perfeita demonstração do que há em nosso meio em escultura, arquitetura, música e literatura sob ponto de vista rigorosamente atual. O objetivo da semana também era renovar o estagnado ambiente artístico e cultural de São Paulo e do país e descobrir o Brasil, repensando-o de modo a desvinculá-lo, esteticamente, das amarras que ainda o prendiam à Europa.

O desenvolvimento da Arte no Brasil no âmbito escolar passou por muitas mudanças. Desde o período colonial com ensinamentos de Artes e de ofícios, a inclusão nos currículos os estudos do desenho associado à matemática e da harmonia na música, a vinda de artistas franceses encarregados da fundação da Academia de Belas Artes e a Semana de Arte Moderna de 1922.

A LDB n 5.692/71 que estabeleceu a obrigatoriedade da Educação Artística pela primeira vez nas escolas e a mudança ocorrida na LDB 9.394/96 que promoveu mudanças no ensino da arte passando a denominar Ensino de Arte e não mais Educação Artística e os PCNs – arte incluindo a Dança, além da música, teatro e artes visuais lançado em 1997.

No Paraná, no final do século XIX, com a chegada de imigrantes e, entre eles artistas, vieram novas idéias e experiências culturais diversas, como a aplicação da Arte aos meios produtivos e o estudo sobre a importância da Arte para o desenvolvimento da sociedade. O ensino de arte no Paraná relaciona os nomes de Mariano de Lima e Alfredo Andersen no panorama artístico e do ensino das artes visuais do século XIX e século XX. Estes artistas foram pioneiros na formalização de práticas em escolas de arte, na implantação de ateliês e na divulgação de idéias ligadas à arte no nosso estado. Na década de 30 são citados Guido Viaro, Emma Koch e Ricardo Koch como artistas e professores que difundiam idéias sobre a necessidade da arte como forma de expressão.

Assim, a sociedade passou a ter novas características e as necessárias valorizações da realidade local estimularam movimentos a favor da Arte se tornar disciplina escolar.

Em 2008 o estado do Paraná consolida a construção coletiva, edita as Diretrizes Curriculares de Arte, incluindo as quatro áreas de arte. Nos últimos anos o esforço tem sido adequar leis, teorias e práticas artísticas a uma nova realidade cultural, social e política na compreensão da arte como um campo do conhecimento e instrumento de emancipação de classes populares.

A arte é uma área de conhecimento que interage nas diferentes instancias intelectuais, culturais, políticas e econômicas, pois os sujeitos são construções históricas que influem e é influenciado pelo pensar, fazer e fluir arte.

A arte na educação amplia o repertorio cultural do aluno a partir dos conhecimentos estéticos, artísticos e contextualizados, aproximando-o do universo cultural da humanidade nas suas diversas representações.

Muitas pessoas consideram a arte uma coisa supérflua, não compreendendo a subjetividade estética do objeto artístico, que é dar prazer. E, além disso, trabalhar com o desenho, a pintura, a música, a expressão corporal, o teatro e a dança, fazem com que o aluno desenvolva um processo profundo de conhecimento de si próprio, do outro e do mundo em que está inserido.

O ensino da arte, portanto é um processo de articulação da experiência, de significação da relação do indivíduo com o meio e consigo mesmo. O conhecimento artístico tem como características centrais a criação e o trabalho criador. A arte é criação, qualidade distintiva fundamental da dimensão artística,

A educação em arte propicia o desenvolvimento do pensamento artístico e da percepção estética, que caracterizam um modo próprio de ordenar e dar sentida à experiência humana, o aluno desenvolve sua sensibilidade, percepção e imaginação, tanto ao realizar formas artísticas quanto na ação de apreciar e conhecer as formas produzidas por ele e pelos colegas, pela natureza e nas diferentes culturas.

Interagir com materiais, instrumentos e procedimentos variados em artes como artes visuais, dança, música, teatro, experimentando-os e conhecendo-os de modo a utilizá-los nos trabalhos pessoais.

Considerando o olhar como síntese desta cultura, a obra analisa a criatividade como uma das maneiras de codificação das relações culturais em materialidades características das artes visuais.

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