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A ASCENÇÃO DA MULHER: A PARTICIPAÇÃO DAS MULHERES NOS PARTIDOS POLITICOS BRASILEIROS

Por:   •  2/5/2017  •  Artigo  •  3.716 Palavras (15 Páginas)  •  443 Visualizações

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A ASCENÇÃO DA MULHER: A PARTICIPAÇÃO DAS MULHERES NOS PARTIDOS POLITICOS BRASILEIROS¹

Elizete de Jesus Marques Oliveira²

RESUMO

Apesar de seus direitos a representação feminina na democracia brasileira e um problema devido à desigualdade partidária e politica. A luta das mulheres brasileiras perfaz a nossa história. O desejo de participar, de interagir politicamente esteve presente de forma organizada desde o século XIX e até hoje as conquistas femininas estão atreladas às lutas dessas mulheres pioneiras. Desde os anos 1980 o Brasil assume compromissos internacionais para garantir mais equidade entre homens e mulheres nos espaços de poder e desde o final século XX o país conta com uma política de cotas eleitorais. Tal política se baseou em oferecer vagas às mulheres nas listas de candidatura dos partidos políticos, na intenção de que a partir da presença de mulheres entre os candidatos fosse crescer o número de mulheres eleitas. Entretanto, o aumento não ocorreu da forma esperada. Ainda hoje a porcentagem de mulheres no legislativo federal não passa de 10%, enquanto as mulheres representam 51,3% da população brasileira.

Palavras Chaves: Família, Mulher, Politica, Partido Politico Brasileiro.

ABSTRACT

Despite its rights to female representation in Brazilian democracy and a problem due to partisan and political inequality. The struggle of Brazilian women makes up our story. The desire to participate, to interact politically attended an organized way since the nineteenth century and even today women's achievements are tied to the struggles of these pioneering women. Since the 1980s, Brazil's assume international commitments to ensure greater equity between men and women in positions of power and since the late twentieth century the country has a policy of electoral quotas. This policy is based on offering jobs to women in the lists of candidates of political parties, with the intention that from the presence of women among the candidates would increase the number of women elected. However, the increase did not occur as expected. Today the percentage of women in the federal legislature is only 10%, while women represent 51.3% of the population.

Key Words:
 Women, Politics, Politico Brazilian Party.

______________________________________

¹ Artigo apresentado Instituto Avançado em Pesquisas Educacionais – IAPE, com a finalidade de obter o titulo de Especialização em Filosofia e Sociologia.

² Graduado em Licenciatura em Historia pela Universidade Norte do Paraná UNOPAR polo de Cacoal - RO. Funcionário Público da Educação. Aluno do curso de Pós Graduação do Instituto Avançado em Pesquisas Educacionais Especialização em Filosofia e Sociologia, ministrado no município de Espigão do Oeste – RO.

  1. INTRODUÇÃO

Uma boa maneira de iniciarmos essa reflexão é imaginarmos uma pesquisa com as pessoas mais velhas que estão à nossa volta. O que diriam os mais velhos sobre o papel da mulher na vida familiar do tempo e que eram crianças? Do que será que eles se lembram? Contariam que as famílias eram sustentadas com o rendimento do trabalho do pai, ou do pai e da mãe? Diriam que pais e mães sempre permaneciam casados “até que a morte os separasse”, ou ao contrario, se sentiam livres para se separar se assim o desejasse? Quando se separavam, continuavam a morar na mesma casa, ou continuavam casados morando em casas separadas? As famílias eram sempre constituídas de um homem e uma mulher e seus filhos, Para ter filhos era obrigatório casamento? Havia casos em que a maternidade se dava fora da união estável? Havia famílias formadas só com mães e filhos, ou só com pais e filhos? Casais sem filhos?

As perguntas as cima indica que há vários formatos possíveis de família que hoje não nos causas estranhamento, mas podem ter causado em outros tempos. Em muitos casos as famílias mudaram de formato em comparação com o passado, mas em outros mantiveram as formas tradicionalmente conhecidas. Famílias, portanto, como percebeu Émile Durkhein, são ricos objetos de pesquisa para os que querem entender a vida em sociedade.

Certamente, há muitas resistências aos arranjos pouco usuais, que contrariam os formatos de famílias tradicionais. A vida em sociedade esta cheia de casos que revelam tensões, não só no Brasil como nos demais países. O que uns escolhem ou defendem pode parecer ofensivo a outros. E você vera que isso não acontece apenas com os formatos familiares. Acontece também, por exemplo, com as diferentes manifestações culturais que dão sentido a tribos formadas por jovens, com as diferentes opções religiosas. São comuns as discussões entre os que defendem e os que condenam a legalização do aborto ou a discriminação das drogas. Tudo isso e revelador da vida em sociedade, e nada disso é objetivo de consenso.

  1. REFERENCIAL TEÓRICO

2.1. Situação da mulher na antiguidade

Na Grécia antiga a mulher ocupava posição equivalente à do escravo no sentido de que tão-somente estes executavam trabalhos manuais, extremamente desvalorizados pelo homem livre. Tendo como função primordial a reprodução da espécie humana, a mulher não só gerava, amamentava e criava os filhos, como produzia tudo àquilo que era diretamente ligado a subsistência do homem: fiação, tecelagem, alimentação. Exercia também trabalhos pesados como a extração de minerais e trabalho agrícola.

Bergo (2008) afirma que:

A essa divisão de atividades correspondiam valorizações diversas. O “fora de casa”, onde se desenvolviam as atividades consideradas mais nobres – filosofia, política e artes - era o campo masculino. Ao afirmar que “os Deuses” criaram a mulher para as funções domésticas o homem para todas as outras, Xenofonte, no século IV a C. assim se refere à educação das mulheres: “... que viva sob uma estreita vigilância, veja o menos número de coisas possíveis, ouça o menos numero de coisas possíveis, faça o menos número de perguntas possíveis” (p. 87).

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Estando, assim, limitado o horizonte da mulher, era excluída do mundo do pensamento, do conhecimento, tão valorizado pela civilização grega.  Quanto à civilização romana, no ano de 195 D.C, mulheres dirigiram-se ao Senado Romano protestando contra a exclusão do uso dos transportes públicos – privilegio masculino - e a obrigatoriedade de se locomoverem a pé. Diante deste protesto, assim se manifestou o senador Marco PÓCIO Catão: “Os senhores sabem como são as mulheres: façam-nas suas iguais, e imediatamente elas quererão subir às suas costas para governá-los”.

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