A AUSÊNCIA DE POLITICAS DE EMPREGO E DETERIORAÇÃO DAS CONDIÇÕES DE VIDA
Por: letycia_kbrobo • 4/5/2015 • Dissertação • 1.064 Palavras (5 Páginas) • 221 Visualizações
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Universidade Norte do Paraná
AMÉLIA MARIA DO NASCIMENTO ANGELO
FAMILIA E TRABALHO NA REESTRUTURA PRODUTIVA: AUSÊNCIA DE POLITICAS DE EMPREGO E DETERIORAÇÃO DAS CONDIÇÕES DE VIDA.
Trabalho acadêmico apresentado à Universidade Norte do Paraná, para as disciplina: Ciências Políticas, Fundamentos do Sistema Social, Filosofia e Sociologia. Professores
. Salgueiro - PE 2014 Sumário
Bibliografia......................................................................................................... 08
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- Introdução
A reestruturação produtiva trata-se das sucessivas mudanças ocorridas na empresa e indústrias ao longo dos anos. Teve início nos anos 70 com a crise do capitalismo que acarretou baixos consumos e consequentemente baixa produção que acabou por causar uma alta no desemprego. Com essa reestruturação Produtiva passou a ser exigida da mão de obra mais qualificações, onde o mesmo indivíduo precisa estar apto a desenvolver várias tarefas e não apenas uma como anteriormente. Ou seja, trabalhadores mais integrados e flexíveis.
Devido essas mudanças ocorridas no mercado de trabalho, muitas outras coisas também mudaram. A família por sua vez, teve alterações nas hierarquias, nas distribuições de tarefas, e na contribuição salarial de cada membro. Então buscaremos entender todo esse processo desde o seu início nos anos 70, até os dias atuais.
2. Família e Trabalho na Reestruturação Produtiva: A ausência de política de Emprego e Deterioração das Condições de Vida
A Reestruturação Produtiva, iniciou-se nos anos 70 e foi se intensificando ao longo dos anos trazendo mudanças no modo de produção, que é o trabalho, assim como na família.
A reestruturação produtiva intensificou-se na Região Metropolitana de São Paulo (RMSP) a partir de 1990 e teve por principais conseqüências, até 1994, o aumento do desemprego, a precarização das relações de trabalho, mudanças na inserção dos diferentes componentes da família no mercado de trabalho e deterioração da renda familiar. A não expansão das oportunidades de trabalho levou a que, para enfrentar esse momento de desemprego dos principais mantenedores da família, ocorressem rearranjos familiares de inserção no mercado de trabalho que se diferenciam segundo os tipos de família, construídos com base em sua estruturação e momentos do ciclo vital familiar. Um dos temas privilegiados neste estudo são as alterações na relação família-trabalho relacionadas às transformações das atividades econômicas e a possível influência destas na mudança das relações hierárquicas na família. (MONTALI, 2000)
O aumento de desempregos causados pela crise capitalista, associado à falta de uma política eficiente para lidar com isso, fez com que alterações surgissem na composição familiar, pois as mulheres passaram a desenvolver não só as tarefas de casa, mas a serem inseridas no mercado de trabalho buscando seu espaço. Assim como os filhos. Tirando o foco de “chefe da casa”, que durantes décadas pertencia unicamente ao esposo e pai, que era visto como único provedor para manutenção da casa.
A pequena expansão das oportunidades de trabalho no período, associada ao crescente desemprego dos principais mantenedores da família, levou a que se estabelecessem novos arranjos familiares de inserção no mercado de trabalho para garantir a subsistência. Os rearranjos familiares observados em 1994 — diferenciando-se daqueles encontrados em 1990 e na década de 80 — indicam o deslocamento da responsabilidade pela manutenção da família dos principais mantenedores identificados para cada tipo de família em pesquisa anterior e seu maior partilhamento com outros componentes do grupo familiar. Com a redução dos postos de trabalho, principalmente para ocupações predominantemente masculinas, e diante das maiores dificuldades de absorção encontradas pelos jovens a partir de 1992, a tendência geral verificada, com especificidades nos diversos tipos de família, é a conjugação dos seguintes comportamentos: crescimento da participação da mulher-cônjuge entre os ocupados da família; redução da participação dos filhos, tanto maiores como menores de 18 anos, e redução do peso do chefe masculino. O peso do chefe entre os ocupados da família cresce, por sua vez, nas famílias de chefe feminino sem cônjuge e nas famílias na etapa da "velhice" com a presença de filhos residentes. (MONTELI, 2000)
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