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A Educação Parental

Por:   •  27/4/2024  •  Relatório de pesquisa  •  2.762 Palavras (12 Páginas)  •  54 Visualizações

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INSTITUTO EDUQUE BEM

CERTIFICAÇÃO INTERNACIONAL E NACIONAL EM DISCIPLINA CONSCIENTE NA SAÚDE DA FAMÍLIA

CRISTIANE DA SILVA DINIZ PROCÓPIO

A IMPORTÂNCIA DO PAPEL DO EDUCADOR PARENTAL

NA SAÚDE DA FAMÍLIA

ESMERALDAS/MG

2023

CRISTIANE DA SILVA DINIZ PROCÓPIO

A IMPORTÂNCIA DO PAPEL DO EDUCADOR PARENTAL

NA SAÚDE DA FAMÍLIA

PARTE 1

APLICAÇÃO E ANÁLISE DE INSTRUMENTO DE PESQUISA

APLICADO A FAMILIAS

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Instituto Eduque Bem como requisito para obtenção da Certificação em Educador e Orientador Parental em Disciplina Consciente na Saúde da Família.

Orientadoras: Michelle Viegas Bottrel e Sarah Mendonça.

ESMERALDAS/MG

2023

RELATÓRIO DE ANÁLISE DE DADOS DO QUESTIONÁRIO

A INFLUÊNCIA DO ESTILO PARENTAL NO COMPORTAMENTO DOS FILHOS

Para este trabalho de conclusão de curso, elaborei um instrumento de pesquisa com perguntas voltadas para aspectos da relação familiar entre pais e filhos. O objetivo principal foi o de analisar se os pais compreendem os impactos dos tipos de estilos parentais na criação de seus filhos e por consequência no comportamento das crianças.

Foram aplicados 15 questionários e abaixo explano a análise dos dados coletados. A maioria dos que responderam ao questionário, cerca de 45,5% dos entrevistados, tem filhos que pertencem à faixa etária de 03 a 06 anos de idade, seguido por 27,3% de pais de crianças com idade entre 07 a 10 anos.

No que se refere à relação conjugal, uma maioria esmagadora, a saber, 90,9% informaram que moram com o pai/mãe da criança dentre estes mais de 70,0% declarou que ambos, pai e mãe são cuidadores principais, o que pode ser um ponto importante para levar em conta ao longo das análises realizadas no decorrer do trabalho. Esse dado é importante, mas independente de como é configuração familiar, para Mendonça (2021), para o melhor desenvolvimento e crescimento da criança ela precisa viver em um lar propício e saudável, ou seja, é fundamental haver respeito mútuo, compartilhamento da família, tarefas divididas dentro do melhor acordo entre as partes.

Quando perguntados sobre ter ou não rotina para seus filhos, 63,6% afirmaram que seguem uma rotina, pois acreditam que ela é de suma importância para as crianças. Mas a informação que chama mais a atenção é a de que mais de 30,0% dos entrevistados não conseguem manter uma rotina, podemos apreender que para esses casos, aplicar e manter uma rotina para seus filhos pode acabar se tornando um peso para o dia-a-dia.

Esse dado chama a atenção tendo em vista a importância e os impactos positivos de uma rotina estruturada na vida das crianças e das famílias que mantém rotinas no dia-a-dia. Avaliando a rotina apenas com os olhos voltados para as necessidades dos adultos, podemos cair no erro de acreditar que ter uma rotina estruturada beneficia apenas as crianças. Entretanto, é notório que a manutenção de uma rotina é benéfica para todos os membros da família, não é algo fácil de implantar e mais difícil ainda de manter, mas quando se torna hábito, os frutos são duradouros e valiosos.

Rotina muitas das vezes pressupõe repetição e marasmo, mas ao contrário, o que ela proporciona é segurança, estabilidade e previsibilidade. As crianças precisam saber o que vai acontecer ao longo do dia e se sentem mais preparadas para o que está por vir em seu dia. Essa estabilidade no entanto não deve ser focada somente no que diz respeito às atividades diárias e horários para realizar os afazeres, é de fundamental importância que o sono de qualidade de acordo com a faixa etária seja praticado pelas famílias pensando não somente nas crianças mas no núcleo familiar como um todo. Vale ressaltar que rotina aliada a acordos familiares faz com que as crianças consigam, com maior facilidade, compreender, executar e assimilar as regras da família.  

Como exposto acima, uma rotina bem estruturada e firme, produz frutos para a criança até a vida adulta, e podemos esperar que esse comportamento será reproduzido em todos os espaços ocupados por este ser humano.

Vale ressaltar que rotina pode proporcionar aos cuidadores maior possibilidade de ter conhecer melhor seus filhos e suas preferências, o que por conseguinte pode facilitar a existência de tempo de qualidade nas relações entre pais e filhos. Boa parte dos entrevistados afirmaram que possuem esse tempo com seus filhos pois acreditam ser de suma importância essa experiência e memória.  

Vale destacar que tempo de qualidade não significa necessariamente alto gasto financeiro, uma vez que a qualidade não possui ligação com dinheiro, mas com a prioridade e disponibilidade dispensados para aquele que desejamos estar próximo criando memórias.

Dentre as perguntas realizadas, destaco aquela relacionada ao tempo reservado para proporcionar no lar momentos de conversa, refeições ou brincadeiras em família com todos juntos, quase 10,0% informaram que não conseguem encontrar tempo para esse tipo de atividade. O que é preocupante tendo em vista que nesses lares estão crianças que precisam criar laços seguros com os membros de suas famílias.

É importante sinalizar também que esses mesmos 10,0% dos entrevistados não conhecem as brincadeiras que seus filhos gostam, pois, a paciência acaba logo, não compreendendo a importância do brincar junto.

Quase 30,0% dos entrevistados afirmam que as crianças não participam das atividades domésticas sendo que só as realizam quando tem vontade, o que pode prejudicar a vida social desta criança uma vez que não aprende a ser cooperativa e cuidadosa com aquilo que é seu e é coletivo. Diretamente ligado a isto, 54,5% dos que responderam ao questionário disseram que é comum realizar barganhas com o filho em troca de bom comportamento, pois cansam com muita facilidade em tentar convencer o seu filho a fazer o que é correto.

Quando perguntados sobre a reação do adulto diante de um eventual acidente como a quebra de um copo em casa, a metade exata afirmou que respira fundo e tenta racionalizar o acontecimento sendo acolhedor com a criança. Entretanto, mais de 40,0% já corrigiram seu filho com punição ou agressão física e 33,3% não sentem dificuldade em disciplinar seu filho em público, uma vez que sempre agem da maneira que costumam fazer em casa.

Conversar sobre os sentimentos é fundamental para o desenvolvimento social da criança. É uma maneira de fazer com que ela se conheça mais e, assim, possa controlar suas reações ao que acontece em torno de si. Além de ajudar a entender e a identificar as próprias emoções, desenvolve o autocontrole, que faz diferença no convívio social.

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